Pós-Zumbis 2ª temporada(6)


Para ler os anteriores CLIQUE AQUI!
--------------------------------------------------------
Problem?

Estamos a caminho, essa era a preocupante mensagem escrita na tela do celular, que logo “piscou”. A mensagem sumiu. No seu lugar apareceu a seguinte mensagem: Você vai mesmo continuar usando esta porcaria ultrapassada? Já é hora de trocar esse seu museu de mão por um Super novo celular, as funções são as mesmas, mas o design é tão mais empolgante... Monquei nem quis ler o resto. Em vez disso chamou Fronrel e Japonês:
_Temos uma situação problemática aqui.
O verme ria irritantemente, sua arcada amarela se expondo com tamanha intensidade que mais parecia uma ofensa do que um riso. Um riso estridentemente desconfortável. Fronrel sacou o revolver, que carregava desde a casa de seus pais, pressionou-o com tanta força na cabeça do Verme, que ele deu um pequeno gemido de dor, interrompendo a grotesca risada; feito isso sussurrou baixinho no ouvido do Verme, em tom ameaçador e de forma tão baixa que só os mais próximos e atentos conseguiram ouvir:

Sem título assim como o resto devia ser


Eu era bem mais menino – podia até dizer mais novo, mas menino carrega um ar de pureza intocada, de inconsciente vontade de viver – quando me dei conta de que não queria mais ser jogador de futebol, cosmonauta ou corretor de imóveis: era a primeira sementinha da desilusão brotando. Foi mais ou menos nessa época que li um conto do Mário de Andrade e pensei que fosse sobre dois garotos gays simplesmente. Hoje, relendo o conto, eu sei bem que não é só isso, as coisas vão muito além do que um menino julga ver, onde eu via apenas uma desconcertante aproximação homossexual, vejo a dor de ter que repelir os seus próprios sentimentos para evitar que os meninos, os outros, julguem ver; vejo a maior vergonha de todas, que é a de sentir-se errado, terrivelmente errado. Porque esse é o verdadeiro problema da ignorância, dar valor demais a coisas que não mereciam nenhum, importar-se demais com os outros, esquecendo, dessa forma, que o outro também é você, e que se você se importa demais com as coisas de um outro ainda, se vê obrigado a cuidar para tornar-se aquilo que exige, e isso não finda, é o moto-perpétuo da ignorância, e ela fica por aí à espreita, esperando para ser posta como antônima da inteligência, quando, na verdade, nem isso merecia. Mário de Andrade foi modernista, mas isso não interessa, Frederico Paciência que o diga, o que interessa é que eu também morro de vontade de levantar a minha camisolinha e mostrar as minhas vergonhas para a santa, mas não sou moderno, os meus distúrbios são os mesmos desde os remotos tempos em que o meu rosto era liso, o tempo do rosto liso. E isso também me faz lembrar daquela velha história, sempre presente nos mais baratos discursos otimistas e motivacionais, que diz “você deve mirar a lua e, se errar, ao menos acertará uma estrela”; podemos até levar em conta que o autor dessa ilustre máxima não era muito conhecedor da mais simples astronomia, ou talvez até seja muito antigo para poder ter conhecimento do tal ramo da ciência que trata da constituição, da posição relativa e dos movimentos dos astros; porque, convenhamos, a construção da frase nos faz pensar que é mais fácil acertar estrelas do que a lua, quem dera fosse assim com o resto das coisas, que pudéssemos dizer “tente viver, quem sabe até morra”. Mas e o tempo do rosto liso, ah, esse era o tempo em que eu acreditava que a lua era maior que as estrelas pelo simples fato de ela parecer maior.

Iniciação - Caio Fernando Abreu

          Foi numa dessas manhãs sem sol que percebi o quanto já estava dentro do que não suspeitava. E a tal ponto que tive a certeza súbita que não conseguiria mais sair. Não sabia até que ponto isso seria bom ou mau — mas de qualquer forma não conseguia definir o que se fez quando comecei a perceber as lembranças espatifadas pelo quarto.Não que houvesse fotografias ou qualquer coisa de muito concreto — certamente havia o concreto em algumas roupas, uma escova de dentes, alguns discos, um livro: as miudezas se amontoavam pelos cantos. Mas o que marcava e pesava mais era o intangível.
          Lembro que naquela manhã abri os olhos de repente para um teto claro e minha mão tocou um espaço vazio a meu lado sobre a cama, e não encontrando procurou um cigarro no maço sobre a mesa e virou o despertador de frente para a parede e depois buscou um fósforo e uma chama e fumei fumei fumei: os olhos fixos naquele teto claro. Chovia e os jornais alardeavam enchentes. Os carros eram carregados pelas águas, os ônibus caíam das pontes e nas praias o mar explodia alto respingando pessoas amedrontadas. A minha mão direita conduzia espaçadamente um cigarro até minha boca: minha boca sugava uma fumaça áspera para dentro dos pulmões escurecidos: meus pulmões escurecidos lançavam pela boca e pelas narinas um fio de fumaça em direção ao teto claro onde meus olhos permaneciam fixos. E minha mão esquerda tocava uma ausência sobre a cama.
          Tudo isso me perturbava porque eu pensara até então que, de certa forma, toda minha evolução conduzira lentamente a uma espécie de não-precisar-de-ninguém. Até então aceitara todas as ausências e dizia muitas vezes para os outros que me sentia um pouco como um álbum de retratos. Carregava centenas de fotografias amarelecidas em páginas que folheava detidamente durante a insônia e dentro dos ônibus olhando pelas janelas e nos elevadores de edifícios altos e em todos os lugares onde de repente ficava sozinho comigo mesmo. Virava as páginas lentamente, há muito tempo antes, e não me surpreendia nem me atemorizava pensar que muito tempo depois estaria da mesma forma de mãos dadas com um outro eu amortecido — da mesma forma — revendo antigas fotografias. Mas o que me doía, agora, era um passado próximo.
          Não conseguia compreender como conseguira penetrar naquilo sem ter consciência e sem o menor policiamento: logo eu, que confiava nos meus processos, e que dizia sempre saber de tudo quanto fazia ou dizia. A vida era lenta e eu podia comandá-la. Essa crença fácil tinha me alimentado até o momento em que, deitado ali, no meio da manhã sem sol, olhos fixos no teto claro, suportava um cigarro na mão direita e uma ausência na mão esquerda. Seria sem sentido chorar, então chorei enquanto a chuva caía porque estava tão sozinho que o melhor a ser feito era qualquer coisa sem sentido. Durante algum tempo fiz coisas antigas como chorar e sentir saudade da maneira mais humana possível: fiz coisas antigas e humanas como se elas me solucionassem. Não solucionaram. Então fui penetrando de leve numa região esverdeada em direção a qualquer coisa como uma lembrança depois da qual não haveria depois. Era talvez uma coisa tão antiga e tão humana quanto qualquer outra, mas não tentei defini-la. Deixei que o verde se espalhasse e os olhos quase fechados e os ouvidos separassem do som dos pingos da chuva batendo sobre os telhados de zinco uma voz que crescia numa história contada devagar como se eu ainda fosse menino e ainda houvesse tias solteironas pelos corredores contando histórias em dias de chuva e sonhos fritos em açúcar e canela e manteiga.

Não sei que Diabos escreví

     Lá estava eu, em uma aula extremamente desinteressante, e resolvi escrever algo, mas não tinha nenhuma ideia fixa então simplismente fui colocando algumas palavras e escrevi isso que sirvo-lhes logo abaixo. Não sei se é exatamente um poema, pois meus conhecimentos estéticos e estruturais sobre tal estilo não são muito vastos, mas acho que é quase isso.
-----------------------------------------------------
O céu está cinza, como sempre foi, aliás
A motivação que me fez enxergá-lo azul
Agora ela não existe mais
Foi sempre assim?
Ou foi só uma atípica e voraz sacanagem da vida?

O céu continua cinza, não me sinto muito bem
Antes era cinza mas não importava
Agora parece muito desconcertante, irônico, grotesco
Será que era uma maquiagem muito bela?
Ou estou simplesmente deprimido?

O céu permanece cinza, espero por uma mudança
Ela não vem.
Será muita ingenuidade?
É, céu, tamanha sua perversidade
Mostrar-se azul para depois lançar-me no apático opaco do séu cinza.

O céu firma-se cinza, eu choro
Nada mais de Azul, nem abraço, nem juras
Nem sequer lamúrias
Agora não tem mais “Eu e você”, não mais “amores”, não mais ternura
O céu cinza congelou meu coração, e hoje eu me sinto muito bem
Glandulas lacrimais nem sequer existem mais,
Se fosse chorar choraria sangue, mas nem chorar quero mais,

Acabou. O céu É cinza.

Então ele pisca *
                                        Azul
Ainda há esperança.
----------------------------------------------------------------
Ps: Já estamos bolando um segundo vlog, bem mais legal...
PPs: Gift for you, readers:

Wouldn’t you miss me?


A vida é demasiado importante para cruzarmos os braços e esperá-la passar à porta; e o que dizer, então, de, não só vê-la escorrer por entre os dedos, mas amolecer as palmas e dar cabo a ela, à vida?
Acho que é consenso dizer que a vida é importante, salvo nas concepções cheias de pessimismo falacioso, porque, até para os religiosos mais criativos e de dogmas extremos, há uma espécie de valor todo singular para a vida. Não é preciso nem dizer, seguindo essa linha, da consideração que nós, ateus, reservamos a ela. Posto isso, respeitar em absoluto o direito e a oportunidade de viver é um daqueles postulados quase físicos e quase sobrenaturais.
Exatamente por isso, e por nada mais, nem por medo da retaliação divina, vejo o suicídio como inacreditável. Simples assim: não acredito em suicídios. Não digo que acho impossível que alguém seja capaz de cometê-los, só não consigo fazer com que me entre na cabeça. É que nem pensar sobre aquelas estrelas de tamanhos mais gigantescos que os do sol, tudo bem, elas devem mesmo existir, mas só as percebemos depois de tratar de pô-las numa boa escala.
Usando palavras de outro, quão desesperado devia estar o sujeito, nos momentos que antecederam o seu fim? Quão abandonado, frustrado e furioso devia estar para ser capaz de dar o último passo, aquele passo imediatamente antes do nada, de estar e já não estar mais? Não acredito.

Esteja aí para o que for, responsabilize-se por seus cativados, faça dos seus ouvidos a cura para os males, a panaceia para os diabos da alma – não acredite. 

Pós-Zumbis 2ª temporada(5)


Para ler os anteriores CLIQUE AQUI!

Agora chega de enrolação, né?

                E finalmente eles chegam ao Oscar Niemeyer, o centro cultura, mas não são só eles, caros leitores, nós também, que os acompanhamos nesta epopéia. Sim, caros leitores, eu também acompanho essa saga. É curiosa a forma de pensamento de leitores e geral, a de que o Escritor cria as estórias (e histórias) que escreve, quando, na verdade, o processo é bem diferente. Tem-se o estalo, mas depois de dado momento, esse estalo simplesmente lhe usa para ser expresso, é autocriativo, a estória é viva. Devaneei, onde é que eu estava mesmo? A sim! O Oscar Niemeyer. Monquei e R. em um carro, Fronrel em outro lá chegaram. Ao descer do carro Fronrel teve o “estalo”, agora se lembrava:

A respeito das inspirações


Das várias vezes que tudo se esvaiu na minha frente, e por tudo digo as disposições e os contentamentos, não sei nem a mais ínfima parte dos motivos. Assim sempre foi e que me refresque a memória aquele que mais dentro da minha cabeça esteve nessas ocasiões de marasmo que cria pernas para vir e braços para me abraçar.
No último destes, tive vontade de ser nada; ou só de deixar de ser o que sou, o que se tornaria, paradoxalmente, a antítese da primeira possibilidade, visto que nada sou, e não se pode passar a ser nada se nada já é em primeiro lugar. Mas crises existenciais são coisas das quais deveriam apenas se ocupar as mentes muito mais vividas do que a minha, aquelas que realmente jogaram os dados para se desiludirem com os resultados, não as pequeninas e medíocres e ensimesmadas.
Queria que você pudesse me entender do jeito que eu me julgo capaz de entender os livros que leio. Que pudesse identificar cada sutil sinal, prever o desfecho, ou até não, se a história se mostrar complexa demais, e me ajudar a levar à outra margem o fardo pesado onde meto as minhas vergonhas.
Embora seja triste admitir o óbvio, ninguém pode viver a esperar. De esperar me fiz amargo, de amargo me fiz calado, e calado fico a pensar em ser nada e no paradoxo shakesperiano de ser e não ser. Porque, se a verdade devesse ser posta à mesa, eu comeria a minha língua para não morrer de fome. Que a língua me desça pois pela garganta apertada.
Mas escusado seja o meu milésimo discurso de mau agouro; eu espero, assim como sei que você também espera, que o próximo dos discursos já venha a ser uma carta de suicídio, o que poupar-nos-ia do tédio e da chateação.
Consegue apreender a patética grandiosidade da minha problemática causa mortis diária? Se sim, um psicanalista de garagem desses tantos que há por aí deviam enciumar-se da sua capacidade freudiana de interpretação (de coisas fúteis, diga-se de passagem).
Os que se mantiveram atentos durante todos os meus já referidos discursos, saberão, ainda que nem concordem, mas saberão que Saudade é o nome que a morte chama desesperadamente quando a chuva cai. Aqui não é a morte propriamente dita, aquela que se escreve com maiúscula, mas a morte de um hábito: já comemorei um ano, se me lembro bem, do aniversário de óbito desse pedaço de costume meu. Mas a chuva cai, alguém grita desesperadamente aqui dentro e a chuva cai. Não?
Da difícil arte de escrever para alguém, não sei nem a mais desprezível parcela das técnicas. Refresque a minha memória e escreva-me. 

Tópico Tecnico

       Ao falar sobre Karl Marx e Lênin logo pensam, ou deveriam pensar, em socialismo; e ao falar de socialismo, muitos relacionam a palavra comunismo, e infelizmente a grande maioria associa, também, como sendo algo negativo, ruim e fracassado...


Bem, como o título promete, esta vai ser uma postagem mais técnica que falará, conceitualmente, os ideais básicos² socialistas, comunistas, anarquistas e, consequentemente, um pouco de capitalismo...


       Já pensou um mundo sem guerras? Um mundo sem ditaduras, repressão ou terrorismo. Onde todos respeitassem as diferenças, sendo elas religiosas, cor de pele, escolha sexual ou outra qualquer. Um lugar 

A rua do arroz


Nossa rua do arroz
É uma rua de feira
Lá tem alguns bois
E uma vaca leiteira

E na rua do arroz,
Menina matreira,
Tem bancos pra dois
Pra não dar canseira

Sim, a rua do arroz
Fica bem na beira
Do rio e depois
De uma vida inteira

Bem na rua do arroz
Encontro a madeira
Que faz sonhos, pois
À alegria ela cheira

Quero a rua do arroz,
Mesmo tão caseira,
Garotos que sois:
Descendo a ladeira!

Marco Faleiro

Yekun / Parte 2

Veja o anterior clicando aqui —>

       Nukey andou o restante do caminho na marcha leve, o que o frustrou no final das contas, pois se cansou muito mais, pedalando mais e demorando mais ainda. Mas por algum motivo chegará ao seu trabalho sem nenhuma gota de suor, o que foi algo extremamente estranho para tais circunstancias, sem contar que a sensação térmica estava aos 30ºC naquele início de manhã.
       Apesar de sofrer muito com temperaturas elevadas, suando muito, nenhum fluido se encontrava presente em sua pele, tirando o cuspe que recebera de um moleque do 8º andar de um prédio azul durante seu percurso.
       Achou estranho. Mas nada além disto. Poderia estar doente, mas não tinha tempo pra ficar doente, então apenas sentiu-se aliviado de não precisar trocar de roupa que trouxera em sua mochila, porém tirou desta sua toalha para limpar aquela saliva.
       Olhou no relógio com indiferença, pois "adiantado", "na hora" ou "atrasado" eram coisas sem relevâncias para ele, já que era funcionário público. Foi até o banheiro. Se limpou. Subiu. Trabalhou. Fingiu que trabalhou. Na verdade nem fingiu. Mas leu o jornal. A parte de piadas e quadrinhos, lógico! Depois realmente trabalhou. Por meia hora, mas trabalhou.
       Na hora do almoço tinha a sensação de dever cumprido (até cogitou a ideia de não trabalhar naquela tarde...).
       Enquanto se decidia o que faria com o resto do dia, foi almoçar com os colegas no restaurante que se tinha lá perto. Erroneamente sentou na ponta da mesa. Nenhum piu. Reparou que todos haviam colocado verduras em seus pratos e não conversavam sobre futebol. Apostou numa sobremesa aquele dia e pegou um pavê. Achou gostoso e recomendou o pavê para os amigos. Percebeu imediatamente que cometera outro erro... Alguns responderam que já estavam cheios, mas novamente, nenhum piu.
       Despediu de todos e foi embora. Precisava de um tempo!
       — Como assim, nenhuma piada idiota sobre 'quem senta na ponta da mesa paga a conta' ou 'é para ver /pavê/ ou para comer'; e nenhum comentário dos jogos que ocorreram no final de semana. O que está acontecendo? — Falou para si mesmo em voz alta, mas ninguém ouvira.
       Nukey então resolve voltar e pegar sua bicicleta e voltar para casa, mas de repente, sem passar mal ou sentir qualquer outra coisa, simplesmente vomita. Vomita mais do que ele mesmo tinha comido. Não sente azia nem nada, só o gosto ruim do vômito.
       — WTF ?
       Pessoas passam por ele indiferentemente. Ele já não está entendendo mais nada e por impulso incompreensível corre para pegar sua bicicleta desesperadamente sem saber porque para chegar o mais rápido possível em sua casa.
       Corre!
       AU! Não é nada, apenas mais um cover do Michael Jackson.
      Continua a correr...
65!

To be continued...

E se Jesus viesse hoje?


                Pensem comigo, sacros leitores, mentalizem Jesus, mas não nos aspectos teológicos ou “féoticos”, pense em Cristo de maneira histórica. Em essência, o que Cristo foi? Um Revolucionário. E, afinal, é muito bonito né? A gente olha pra história de cristo e a primeira coisa que diz é “Romanos Desgraçados”, mas... e nós? Será que faríamos diferente? Ou será que estaríamos escarrando na cara de Cristo enquanto ele carregava o peso do seu último fardo? O que, em essência, Jesus fez? Ele não chegou dizendo que era Filho do Homem, simplesmente, ele lutou por mudanças, clamou por igualdade, destruiu vendas em frente à Igreja... Você realmente ficaria do lado de cristo? Mesmo com toda a pressão ao seu redor? Mesmo com a possibilidade dele ter sido apenas um “louco” muito influente? [Sim, existe essa possibilidade]. Eu acho muita pretensão afirmar isso nos dias de hoje.
                Vocês se lembram do que ele falava aos dicípulos? “Largue tudo e me siga”. Você, menininha maquiadinha e bonitinha que vai à Igreja num carro com ar condicionado todo domingo, largaria tudo isso pra seguir um barbudão? Eu acho que não. E não confunda as coisas, caro leitor, não estou atacando cristo, estou atacando nós, os viventes do hoje. Você, playboyzinho que se diz crente em Deus, mas que quando recebe troco a mais finge não perceber, você largaria a academia que frequenta, o clubezinho de sábado, a domingueira e o baile funk, pra seguir Cristo? Acho que não. Mas não só esses grupos (que, a meu humilde modo de ver, são a futilidade transposta). Você, intelectual que crê na existência de Deus, largaria os livros que anda lendo, o computador, as pesquisas sobre o universo e a masturbação diária para seguir Cristo? Há de lembrar que estes também são pecadores, pois masturbação é pecado (Embora isso não tenha nada a ver com Cristo, e sim com a Igreja, que, como todos sabem, é o instrumento de Satã na terra).
                A questão é essa, Jesus lutou (“lutou” pois estou considerando ele enquanto “vivo”) pela mudança de costumes, pela mudança de moral. você acha mesmo, caro pastor ou padre, que ele seria contra o homossexualismo? Você acha, caro burguês que vai à igreja mas destrata o empregado negro, que cristo vê com bons olhos seus atos? A religião é uma convenção que todo mundo decidiu seguir por achar bonitinho, mas que seguem sem nem saber qual é o nome do primeiro livro eclesiástico. É curioso, pois as pessoas só lembram que os olhos de Deus pairam sobre elas quando fazem bons atos, mas quando fazem merda, é como se não importasse. VOCÊ, MARIDO HIPÓCRITA, que vai à igreja pagar o dízimo e rezar o terço, mas olha pra primeira mulher que passa na sua frente como se fosse um pedaço de bife... NÃO TRAIRÁS!(sétimo mandamento) Mas por que isso não é, na cabeça dessas pessoas, errado? Por quê é costume. Agora deixa eu te falar uma coisa, EM ROMA ERA COSTUME VENDER COISAS NA FRENTE DA IGREJA, JESUS FOI CONTRA, JESUS ERA CONTRA OS COSTUMES DA ÉPOCA, e isso não seria diferente se ele viesse hoje.
                Tenho CERTEZA, se Jesus voltasse hoje (o verdadeiro, não o Inri), NOVENTA POR CENTO desse pessoal que se diz religioso, seguidor dos bons costumes e bom samaritano, iria pagar pela chance de esbofetear o rosto do bom e velho Cristo. E APOSTO! EU APOSTO! Que no início dessas filas estariam 95% dos padres, pastores, bispos e figuras ‘santas’ que temos por aqui. Quer um exemplo? FESTA DE TRINDADE, um evento de uma semana que ocorre na “sacra” cidade de TRINDADE-GO, onde feirantes montam suas barraquinhas de vendas diversas aos pés da Igreja de Trindade. Você acha que Cristo aprovaria? E aí eu te pergunto, se ele repetisse o feito de sair quebrando o pau como ele fez em Roma, eles diriam “Oh! Senhor Jesus, desculpas” e se ajoelhariam perante o esperado filho de Deus? Eles iriam fazer um linchamento público.
                Se Jesus voltasse não seria bem aceito, assim como não foi na época em que veio. E não seria bem aceito por um simples e único motivo, por que não era hipócrita, não aceitava os costumes da época e falava mesmo, lutava em prol de um ideal e, ÓBVIO, as pessoas não gostam disso, talvez por “invejinha” daquela determinação toda, talvez por não conseguirem se desprender da “moral” de hoje (que Jesus definitivamente não apoiaria) ou talvez simplesmente por não acreditarem nele. Mas de Jesus e sua vinda, nada temos senão histórias.
-------------------------------------------------------
Ps: Algo me diz que esse assunto vai dar merd*.

COMENTEM!

Pós-Zumbis 2ª temporada(4)


PARA LER OS ANTERIORES CLIQUE AQUI!

Até no fim do mundo se encontra amor...

                A crise pseudodepreciva de Fronrel já havia passado, era hora de ir. Os três entraram em seus respectivos veículos e seguiram viajem, Monquei e R. em um, Fronrel em outro. O que esses três singulares personagens nunca vão saber é que, simultaneamente, ao entrarem nos carros, pensaram a mesma coisa: Que puta sorte. Ligaram os motores. Então R. quebra o silêncio:
                _ E o que ele estava fazendo ali?
                _ Quando tiver a oportunidade, perguntarei.
                Ambos se olharam, trocaram um sorriso discreto e se deram as mãos.
                Muito embora a maioria dos escritores use artifícios como “Deux Ex Machina” quando seus personagens estão em perigo, eu posso afirmar que não faço esse tipo de coisa. “Ah, Ian, mas como é que você explica o Monquei estar ali bem no momento em que Fronrel iria morrer?”. Bem, caros leitores, peço que prestem atenção, pois é agora que as coisas ficam... “Complicadas”. Eis aqui, o relato do “Resgate de R.” e a sua ligação com esse salvamento mirabolante.

--- Algum tempo atrás...

Quando chegam as sete na catedral


Quando chegaram as sete na catedral, havia uma estrela sozinha e límpida no céu cor de rosa, um navio lançou um adeus desconsolado, e senti na garganta o nó de todos os amores que poderiam ter sido e não foram. Não suportei mais.
Gabriel García Márquez em “Memorias de mis putas tristes”.

O que é a vida, senão um conjunto de todas as coisas que você deixou passar para poder agarrar umas outras poucas, que poderiam muito bem ser expressas numa proporção de dez para um? Ela é apenas isso: o resultado daquilo que você não fez. E, no caso dos que muito fizeram e se eternizaram, pode-se muito bem dizer que isso se deve única e exclusivamente à frustração daqueles que nada fizeram.
Mas, já que essa é a única vida que tenho, não vou passá-la toda resmungando por isso e aquilo e protelando uma grande guinada para a minha próxima década. Porque nós nunca imaginamos que morreremos uma morte violenta, abrupta e que chega logo nos primeiros anos; se pensamos em morrer, a única imagem formada é a de um velhinho sorridente, sentado numa espreguiçadeira, sem óculos, dentaduras, bengalas ou perucas, que é tocado pelo ceifador enquanto dorme a sesta sob uma brisa fresca. É assim que quero morrer, também, em paz com os meus cancros e outras partes moles.
E morrer não é de todo ruim. Existe um grande mistério ao redor de últimos suspiros e é até uma forma de ser lembrado depois de anos envoltos pelas teias das aranhas do esquecimento. Porque todos os seus amigos se vão, uma hora ou outra, todo o seu mundo vai ruindo e dando lugar a outro novo. E não dá para simplesmente permanecer num lugar sem ao menos pertencer a ele. Todos temos que, invariavelmente, dar lugar a alguém que fará bom uso do carbono que confinamos por uma vida inteira dentro dos nossos sacos de carne em eterna decomposição.
O fantástico Gabito, que citei lá em cima, disse algo (o que eu realmente tinha intenção de citar, mas, por forças maiores, foi antecipado pelo personagem de noventa anos e cercado de putas) que considero da maior valia: “Sorria a todo o momento, mesmo nas horas mais difíceis, porque nunca se sabe quando é que alguém vai se enamorar pelo seu sorriso”.
Eu jamais saberei dar apoio a alguém com palavras tão bem quanto o colombiano. Mas não custa nada usar dele como intermediário. Sorrir é algo de extrema urgência. Não só arreganhar os lábios e mostrar os dentes amarelados, mas sim esforçar-se para ver a graça da vida, aquela que passa no vento roçando a sua pele e o seu cabelo todos os dias da sua vida e é sempre tão despercebida...
Que alguém faça por você o favor de sorrir genuinamente essa semana.

Silencioso Eco

                Desde 1992, após o Eco Rio 92, começou a brotar por todos os cantos pessoas ecologicamente corretas, vegetarianos, defensores do verde, empregos ambientalistas, ONGs para ampliar a preservação ambiental e a ideia de desenvolvimento urbano sustentável, o qual esta última vem ganhando um certo espaço, ideologicamente, na cabeça do povo.
                A partir disso começamos a ter uma educação ecológica desde a educação infantil, nas escolas, virando quase uma neurose coisas como reciclagem, aquecimento global/resfriamento global, desmatamento florestal/reflorestamento entre outros. Mas a realidade é que pouco destes projetos ecológicos entraram em prática, devido ao fator econômico. Enquanto ecologia não for algo lucrativo, pouco se fará.
                 Podemos ver claramente a relação entre lucro, comodismo e ecologia na nossa realidade quando falamos de desenvolvimento urbano sustentável.
                As pessoas reclamam diariamente sobre o transito caótico das cidades e da poluição gerada por esses veículos e sonham com um transito mais brando e com um ar mais limpo, mas ninguém larga mão de andar em seus carros para se utilizarem de ônibus, taxis e outros transportes alternativos, como bicicletas. Uma realidade tão presente, que “todos” querem tirar suas carteiras de motorista o mais breve possível e aos 18 anos mesmo ganharem seu primeiro carro.
No Brasil o desenvolvimento urbano sustentável é para as pessoas como dinheiro, todos acham bom, mas ninguém quer trabalhar para tê-lo. Ninguém quer abrir mão de sua parte, se sacrificar para ter.
                Podemos ver o comodismo e o lucro se sobrepondo novamente ao vermos a construção de um condomínio de luxo exatamente onde era uma reserva florestal e ficar por isso mesmo e a construção de um Shopping Center onde era a nascente de um rio. Ambos os casos de uma das cidades mais ecológicas do Brasil: Goiânia, Goiás. E o povo novamente não passou de mera platéia.
                Mas apesar disso tudo e de ninguém fazer praticamente nada em prol disto, a idéia de um desenvolvimento urbano sustentável existe, é uma necessidade para que o planeta e a raça humana sobrevivam.

----------------------------------------
                Perspectiva geral das pessoas sobre árvores antes de 92 como simplesmente: coisa verde que ocupa espaço, que serve de matéria-prima para determinadas coisas e que dificulta o crescimento urbano. Depois de 1992: seres vivos que fazem a manutenção da vida através da fotossíntese, que devem ser preservados e assim ajudaremos a diminuir o aquecimento global, catástrofes ambientais etc.

 ----------------------------------------

                Recomendação:  Blogs do além  — publicados em Carta Capital (escrito por Vitor Knijnik)

Pós-Zumbis 2ª temporada(3)

 Para ler os anteriores CLIQUE AQUI!
 Até quando?

                E por fim eles chegaram à Biblioteca.
                _ Você realmente não fica? – Perguntou Fronrel
                _Well, você sabe como essas coisas são, é mais prático se o grupo for menor, aliás, fica a dica, o seu é um pouco grande.
                _ Tem razão, duro é ter que dizer isso a eles.
                E assim foi. Não precisaram nem dizer “adeus”, talvez por dois singulares motivos: O primeiro era por que, no fundo, sabiam que se veriam novamente, e muito em breve; o segundo pois não precisavam deste tipo de formalidade, eram amigos a muito tempo. Fronrel entrou.
                Mas o que viu foi desolador. O local estava tremendamente bagunçado, livros rasgados, estantes destroçadas, sofás com espuma saindo do estofado. E um bilhete. Fronrel o leu.
                “Fronrel, não lhe esperamos por força das circunstâncias, em meio ao ataque eu rabisquei esse bilhete para que você pudesse nos achar, fomos para um local que possivelmente é seguro, encontre-nos no Oscar Niemeyer...”
                _ Como assim? O Arquiteto?
                “Não, seu idiota, o Centro Cultural. Até lá”
                As coisas estavam um pouco complicadas, era dia e ele tinha um arsenal de armas em suas mãos, como sair com isso sem ser visto? As coisas eram definitivamente muito estranhas, porque não podia ser uma invasão zumbi como qualquer outra? Onde as pessoas viravam zumbis, tudo pegava fogo, explodia e você tinha de lutar para sobreviver? Aqui ele tinha de lutar para sobreviver enquanto as pessoas continuavam a abrir seus mercados, continuavam a fabricar tênis, continuavam a comer fast-food e continuavam a perguntar a psicólogos qual era o sentido da vida. Era difícil. O que torna ainda mais curioso o cenário até agora descrito. A sorte, que pode ser adjetivada como LOTÉRICA, que Fronrel tem tido, a fuga da prisão, as inúmeras escapadas da morte, o arsenal em suas mãos, não saberia até quando isso ia durar... Era melhor esperar a noite, afinal “o seguro morreu de velho.”
                E a noite vem. Fronrel sai. Como pesavam aquelas mochilas. É curiosos pensar nisso, pois quando Fronrel roubou aquela caminhonete, o que já fazia um tempinho, ele sentiu uma culpa terrível, mas agora não se importava, pelo contrário, estava louco que algum carro de bobeira chegasse à sua percepção. Claro, não apontaria a arma na cara de ninguém para tomar o carro, mas se visse um dando bobeira em algum estacionamento... E não é que a sorte continua do seu lado... pois lá está o tal carro, ele nem precisou andar muito, na verdade andou apenas uma quadra. Havia um bar/restaurante nas redondezas da Biblioteca, seu estacionamento era um lote baldio sem iluminação, o guarda? Velho e sonolento. Ele pega o carro e sai.
                _Agora vejamos... Pra chegar ao Oscar Niemeyer é mais prático pegar a BR.
                Para chegar à BR ele passava pela porta da sua casa. As luzes estavam acesas. Fronrel freia o carro. Ao entrar na casa encontra seus pais.
                _ Pai! Mãe!...
                _ Não se aproxime! Criminoso! Assassino! Bandido! Suma dessa casa, você MATOU SEU IRMÃO!
                _ Ei! Calma ai! Estou sendo perseguido, o Sefode havia tentado me MATAR, eu só me defen...
                _ VÁ EMBORA! SUMA! OU CHAMO A POLÍCIA! Filho Imundo! Bastardo!
                E Fronrel sofre, sofre pois só vê medo no olhar de seus pais, não vê amor, não vê apoio, e isso lhe faz lembrar do que o policial de alta patente havia lhe dito. Argumentar é inútil, é melhor ir embora, ao menos pode ver que eles estão “bem”, “bem” com o peso de um filho “criminoso” nas costas. E Fronrel segue seu caminho. Chora em silêncio. Começa a chover. Fronrel retira a cabeça para fora do carro e grita, grita como se o ar de seus pulmões fosse uma toxina que não pudesse ficar dentro do corpo por muito tempo... Nunca mais partidas de sinuca com o pai, nunca mais conversas sobre namoro com a mãe, nunca mais sessões de filmes Cult aos domingos. Será que havia motivo para continuar tentando? Porquê resistir? Porquê não se entregar aos malditos e deixar que eles lhe fizessem só mais um zumbi? Pra quê aguentar isso tudo? Fronrel para o carro, Fronrel liga o som – Goodbye Cruel World – Pink Floyd – Fronrel desce em meio à chuva, Fronrel puxa seu revolver, Fronrel dispara Dois tiros pro alto.
Goodbye cruel world, I'm leaving you today, Goodbye, Goodbye, Goodbye”
Eles aparecem, um bando, tamanho médio, uns 15 zumbis.
Goodbye all you people, There's nothing you can say
_ Foi uma bela história, pena que eu não tenho mais forças para continuar... – Pensa, em voz alta, Fronrel.
Ele abaixa a cabeça, fecha os olhos e espera pacientemente o seu fim. Espera aquele filminho da “sua vida em um segundo” que todo mundo diz passar diante dos seus olhos enquanto você está próximo do toque da foice.
To make me change My mind...”
                Eles se aproximavam, já abriam as bocas. Aquele olhar hipnotizado, aquela fronte sedenta.


Goodbye.


                _F-R-O-N-R-E-L!!!!!
                Fronrel já havia se desligado do espaço, já havia esvaziado sua mente, mas aquele grito lhe trouxe à tona. Fronrel entendeu com um misto de vergonha e ódio de si mesmo que não podia ter se entregado, que não seria agora. O carro passou a toda velocidade e atropelou alguns. Fronrel sacou o revolver.
                PORQUE NÃO SERIA AGORA
                Dois zumbis caíram, dois tiros exatamente entre os olhos.
                PORQUE NÃO SE ENTREGARIA
                Recarregou os tambores vazios, sacou a Katana. Uma cabeça decepada.
                PORQUE O ATO IMPENSADO DE AGORA POUCO FOI UM MOMENTO QUE NUNCA MAIS SE REPETIRÁ
                Três tiros, um na perna, um no peito, um na testa.
                PORQUE AGORA SE LEMBRAVA DE ALGUMAS PESSOAS QUE AINDA ACREDITAVAM NELE
                E eis que ele vê quem lhe salvou: Monquei. Ele não estava sozinho, mas a pessoa que o acompanhava não desceu do carro. Ele veio ajudar, sacou uma pistola e um facão. Dois tiros, alguns cortes e vários caem. E assim, um a um eles são derrubados... Até que nenhum resta.
                E ai fica aquele clima. O Silêncio...
                _ QUE MER-DA VOCÊ TAVA FA-ZEN-DO!? – Indaga Monquei
                _ Bem... Well... tava tomando um ar... dai eles apareceram...
                _ VAI TOMAR NO C*, VOCÊ QUASE FOI MORTO, E AINDA ME FEZ FICAR TODO MOLHADO!
                _ Well, isso não importa mais – Fronrel suspirou aliviado, balançando seu casaco para tentar retirar um pouco da umidade, e esboçou um pequeno sorriso – E quem é que está com você afinal?
                Monquei simplesmente na fala, seu rosto cora, seu sorriso aumenta e seus olhos brilham. Ela desce. Era R.
-------------------------------------------------------
E é isso ai pessoal! Espero que tenham gostado, me certifiquei que não ocorrerão mais atrasos na série e é isso ai!
Ps: Estou triste pois não tive comentários no meu Post de Quarta T.T e pelo Podcast, que pouca gente ouviu T.T².

20.000 views \õ/

Gostaria de agradecer a todos que nos ajudaram a alcançar os 20 mil views! Em especial aos 155 seguidores do blog (além dos 250 que nos seguem pelo dihitt) e aos comentaristas.
\õ/

KOETE

Reminiscências ao redor do relógio de parede


Às oito da manhã, acordo tão disposto quanto aqueles bichos peludos e acinzentados que levam o nome daquela coisa que dizem matar (bicho-preguiça, para os desavisados). Olhando no espelho, vejo que meu cabelo parece um turbante, de grande e antiquado: hora de ir à barbearia.
Antes de sair, observo que tenho, mais ou menos, vinte cartões de uma promoção que garante um corte gratuito a cada quatro pagos. Mas nunca tenho coragem para fazer uso dos meus cinco bônus. O barbeiro é um sujeito tão simpático que me parece absurda a ideia de ocupá-lo por meia hora sem ganho algum. Não consigo gastar estes meu bônus (assim como vários outros, nos mais conotativos significados) e acho que nunca serei capaz.
Às três da tarde, me ponho à mesa, com um caderninho velho estirado a poucos centímetros da minha cara. E me lembro de um pensamento de um autor consagrado – que, na hora, pensei ser Machado, mas era Sabino – sobre a inspiração. Diz que ela é como quando se quer saber as horas: nesse instante, não se deve desmontar o relógio para entender como funciona, éramos eu e o papel. E eu deitei a mão no seu lombo.
Às quatro, o ilustre senhor fundador da Academia Brasileira de Letras ainda não queria se retirar da minha vespertina cabeça. Foi então que me lembrei de Simão Bacamarte e me compadeci uma vez mais com sua situação no introdutório capítulo do livro onde é protagonista, O alienista. Não era de se admirar o seu desarranjo mental. Casou-se apenas porque a mulher, apesar de “não bonita e nem simpática”, “reunia condições fisiológicas e anatômicas de primeira ordem, digeria com facilidade, dormia regularmente, tinha bom pulso e excelente vista”. Mas não pôde gerar os filhos do doutor. (Apesar, não) além de não bonita e nem simpática...
Ás quatro e meia, cinco páginas estavam escritas no tal caderninho. Mas elas eram tão minhas que nem vale a pena citá-las.

Às cinco horas da tarde, a cidade já parece começar a escurecer. Talvez todo o mundo escureça às cinco, mas eu não consigo olhar para os dois lados do planeta ovalado e azul celeste (na mais literal celestialidade) ao mesmo tempo, não importa o quanto eu tente. E é bom pensar que todos dormimos ao mesmo tempo, porque não ia ser legal se os chineses ficassem sabendo das notícias internacionais antes de nós.
Às seis e meia, um homem termina seu trabalho na construção. Como várias vezes antes, amaldiçoa baixinho por voltar para casa tão tarde. Embora estarrecido, sabe, bem lá no fundo, que não devia tratar o horário do almoço como um feriado estendido. Os chineses não demoram mais do que cinco minutos para almoçar (e ainda precisam lutar para manusear os antipáticos chopsticks). Somando-se isso à sua possível antecipação na hora de ler as notícias no jornal matinal, que chance temos numa entrevista de emprego?
À meia noite, posto no blog. E, para finalmente esquecer de Machados (tanto Assis quanto Eugênio), ouço música ocidental de boa qualidade. 

Um relato do homem da terra que arde.


                Vivi, e vivi como quis. Regalias, prazeres, luxo, gastos, custos, ganhos e perdas. Morte Lenta. E morte lenta não pelos que citei acima, mas simplesmente porque viver É morrer lentamente. A cada segundo, mesmo agora enquanto lê este texto, caro leitor, suas células oxidam, oxidam pelo contato, inevitável à vida, do oxigênio, o que é irônico, o gás necessário à vida ser o responsável pela inevitável morte, claro está que falo da morte por envelhecimento, pois o oxigênio nada tem a ver com uma morte por atropelamento, por exemplo.
                Do lado de cá não posso dizer que estou insatisfeito, poderia até dizer que é entediante, mas viver no inferno, principalmente após conseguir algumas regalias, não é de todo ruim. Disseram em meu julgamento que vim pra cá por não merecer Deus. E que fiz para tal? Dei dez centavos a menos de esmola? Não paguei uns tais 10% que um cidadão de terno e microfone na mão me pedia aos berros? Esse último caso não deve ser, pois, imaginem minha surpresa, encontrei-o vagando por estas bandas ontem.
                Vim. Não sei por quê. Mas como disse ainda pouco, só que agora em palavras diferentes, “quem paga o cigarro do carcereiro ganha algumas regalias”. Já faz um certo tempo que estou aqui. Depois de um certo tempo se esquece de como era do outro lado, mas isso é irrelevante, não tinha família, não tinha amigos, tinha o dia, a noite, mulheres, um violão e incontáveis garrafas de bebida, todas vazias. Ao menos disso posso me orgulhar, não sobraram garrafas pela metade para serem jogadas fora. O importante é que minha “artimanha” me seguiu até aqui. Quando cheguei, reclamei do calor, mandaram me virar e quase me execraram, mas ano passado, por fim, e me lembro como se fosse ainda ontem, mandei instalar um ar condicionado, depois disso o Inferno não me pareceu tão ruim.
                Pouco depois disso me vieram uns quantos seres brancos com asas e disseram que haviam cometido um erro de julgamento, que eu estava no lugar errado. Obviamente que me recusei a ir com eles, horas, logo após ter conseguido meu ar condicionado? Não senhor, pra ter que começar tudo de novo em outro lugar? Não sei se tenho esperança do céu ser melhor que isto. Afinal de contas, pare pra pensar um pouquinho: Deus criou o cidadão que reje do Inferno, e olha o jeito que o lugar é; daí Deus criou o Homem, sua imagem e semelhança, e olhe só a merda COMPLETA que é a terra, como querem que eu olhe com bons olhos a perspectiva de morar na “casa” do criador da coisa toda? Definitivamente não me parece uma boa jogada. Ainda disseram algo sobre uma guerra entre bem e mal, coisas assim, daí perguntei qual era o sentido, disseram que era algo sobre o domínio sobre a humanidade... então fiquei pensando, onde é que o livre arbítrio entra? Deve funcionar igual aquele jogo de estratégia, WAR, só que os dois lados tiraram o mesmo objetivo.  Bem, aqueles sujeitos me pareceram suspeitos, não respondiam as perguntas com clareza; para algumas diziam não ter as respostas, para outras diziam ser o desígnio divino, diziam só estar cumprindo ordens, como vi que eram bons nisso, e não em argumentar, ordenei que voltassem para onde quer que fosse e me deixassem em paz.
                Hoje eu penso que, se, como dizem, tudo é criação de Deus, inclusive o Inferno, talvez ele não tenha errado tanto neste último, a terra é muito pior, no meu humilde modo de ver, é tudo tomado pela hipocrisia e pela falsa moral. Sim, caro leitor, pode acreditar que é. Já aqui, se você souber agir, não é tão ruim assim, é uma versão da terra sem a falsa moral, sem os costumes de rebanho, a feiúra é exposta sem o menor pudor, talvez porque o Inferno seja só a eliminação deste paliativo filtro, que na verdade só é uma mascara, e muito ruim, por sinal, que tem diversos nomes ai na terra. Porquê é um “uniforme” que todo mundo veste mesmo sabendo que não cobre a feiúra dos seus pensamentos, que todo mundo utiliza embora saiba EXATAMENTE como as coisas funcionam por debaixo dos panos. Mas não, a aparência deve ser mantida, TEM DE SER MANTIDA.  E só por isso, só por essa diferença impar,caro leitor , o inferno, em comparação com a Terra, torna-se o paraíso.

----------------------------------------------------------------
*O que foi dito representa a opinião do personagem, que não é, necessariamente, a minha.
Ps: Leitores, hoje era dia de Pós-zumbis, mas não consegui finalizar o episódio de hoje a tempo, trabalhos escolares e outras coisas... Sábado ta na mão.
PPs: Ouçam o nosso podcast, pessoal! Ele ficou mto mto lecal :D *-*... CLIKE AQUI!
--------------------------------------------------------------
Enquanto isso... Na cidade Centro-Oéstica:
Um Help pro people das três raças...

COMENTEM!

Imprensa cor de rosa e as mentiras dos politicamente corretos (Parte 2)



Mais um jogo entre Goiás e Vila Nova – o chamado maior clássico do centro-oeste, dessa vez pelo campeonato brasileiro da série B. A diferença entre esse, que se deu no sábado, e os anteriores, é que a propaganda negativa nunca foi tão grande em toda a história do futebol goiano. Durante toda a semana, era um show de horrores o que se anunciava na televisão e em outras mídias. Todos consideraram suicídio colocar os pés no Serra-dourada ou nas imediações até que o domingo trouxesse outra semana. E o resultado foi o pequeno público pagante.
Mas quem é que pode ser culpado por isso? A imprensa que fez exatamente o seu trabalho ao divulgar as atrocidades que rondam o evento? Não, não. Dessa vez, há que se isentar e até dar mérito à mídia de forma geral. Não foram a publicidade contrária e a transmissão em canal aberto do jogo o que afastou os torcedores das arquibancadas. Mas sim a inevitável verdade: os tais “torcedores organizados” continuam se matando e, ocasionalmente, levam “desorganizados” consigo.
Não sei se é a droga ou se essas pessoas são simplesmente vítimas do nosso sistema, mas isso já passou do vandalismo e agora é assassinato. Tudo bem, isso é um problema de ordem social e suas soluções vão muito além de truculência policial, cadeia, maus-tratos e anti-reforma criminal. É difícil até propor alguma solução, talvez só mesmo o lento e gradual desenvolvimento das condições de vida. Mas existem, sim, coisas que podem ser feitas para que o “cidadão de bem” tenha liberdade para ir aos jogos do seu time. E a mais importante delas, na minha opinião, é a reestruturação do estádio que sedia o evento.
Há muito que se fazer por ali. A começar pelo estacionamento que é completamente dominado por flanelinhas. E para escapar desses “duvidosos profissionais que podem muito bem arranhar a lataria do seu carro por dois reais”, muitos preferem pagar caro por uma vaga num lugar mais afastado do estádio, o que cria o gigante e perigoso êxodo até os carros depois do jogo.
Outro problema é a segurança em si. É impressionante como se fala em estratégia e em números estratosféricos de contingente policial. Mas quando chega a hora, não conseguem conter a baderna absolutamente nunca!
É uma pena que o mundo inteiro seja refém da imbecilidade de algumas “vítimas” sociais e da inoperância dos administradores. A violência das torcidas organizadas só pode e só vai ser combatida quando pensarem em medidas sérias para acabar com o tráfico de drogas e com a marginalização de menores. O que falta não é capacidade para enxergar o problema, mas sim dedicação para acabar com ele.

Estereograma

No século XX descobriu-se o efeito 3D e a capacidade de se fazer estereogramas...
       Muitos não conhecem, mas estereogramas foi algo até famoso, na segunda metade do século vinte e que chama a atenção de alguns até hoje. Para quem não sabe, estereograma é uma espécie de imagem aparentemente sem lógica e sem sentido que porta uma imagem tridimensional oculta.
       Veja o estereograma a seguir:


       Aparentemente uma imagem e nada mais! Porém, se você desfocar um pouco sua visão (ficar um pouco vesgo) uma imagem tridimensional surgirá na tela.

       Realmente não é algo fácil. Poucos conseguem de primeira; e se você é uma destas pessoa que não conseguiu, não desista ainda. Saiba que nessa imagem possue um circulo ao centro tridimensionalmente, mas não tente procurar um circulo no que está desenhado, pois os desenho de fundo é o que menos importa! Em outras palavras, ele não está "desenhado".
       Eu tive muita dificuldade também para ver meu primeiro estereograma, mas fiquei muito feliz também quando consegui ver ele pela primeira vez, e por isso vou passar algumas dicas:
         • Deixe a imagem o maior tamanho possivel em sua tela, de forma que apareça ela toda (não corte a imagem). Se necessário use o comando Ctrl +
         • É dificil determinar "o quão vesgo" você deve ficar... Piscar ajuda neste processo.
         • Para quem não tem prática ainda, fazer isso com o rosto próximo a tela ajuda, pois o principio do estereograma é seu olho ver partes de imagem bidimensional e formar uma tridimensional,(e só depois afastar-se da tela).
         • Eu escolhi a imagem acima pois o desenho bidimensional ajuda: Veja que acima das luzes amarelas há seis cruzes roxas, as mesmas que aparecem entres as luzes. Tente ficar vesgo de forma a colocar as duas cruzes do meio no mesmo lugar [uma em cima da outra], fazendo você ver, assim, sete cruzes. Depois ainda vesgo tente focar a visão (ainda vesgo !), pisque e/ou arregale os olhos até achar a borda da imagem 3D.

       Espero que muitos até este ponto tenha conseguido ver a imagem "oculta", e quem não conseguiu ainda tente mais um pouco.

       A seguir vou colocar o primeiro estereograma que eu consegui ver. É um coração!



       Abaixo um outro muito fácil:


       Este último é para tirar a prova real. Se você conseguir ler toda a mensagem deste, você já está expert no assunto e provavelmente consiguirá ver todos. Aliás o mais interessante dos estereogramas, pelo menos pra mim, são as frases e não desenhos, pois me sinto um próprio espião visualisando uma mensagem oculta o qual poucos conseguirião visualisar. uahuashusahauhuashsa

T*** C****** C******* L** I***

Espero que tenham gostado. Qualquer dúvida ou curiosidade deixe a pergunta nos comentários. ^^

Again N' Again N' Again... PODCAST!

Sim! Sim! SIM! Pessoal, estamos aqui novamente, e dessa vez com um podcast digno do nome que carrega. Como somos especialistas em fazer as coisas prestarem a partir da segunda tentativa, eis que lhes trago um podcast Phenomenal!
Neste podcast, Eu, Marco & Alisson esticamos o tapete vermelho, vestimos os trajes de gala e destilamos toda sabedoria sobre Adaptações para o Cinema (Filmes feitos a partir de livros ou Hq's).
Se não quiser ouvir o podcast no blog, para baixá-lo basta clicar no link embaixo do player.



[DOWNLOAD]

PONTUAÇÃO, da menor para a maior nota:

Comentado no Podcast:

Desenho Super-foda que nosso amigo André fez para a série pós-zumbis [CLIQUE AQUI] para ver!

Imagem dos Personagens De Watchmen (Filme)

Filmes comentados neste podcast:

Laranja Mecânica (Livro)
V de Vingança (Hq)
Quer ser um convidado do Podcast? Envie-nos um E-mail!

COMENTEM! VLW!

Enquanto isso, na cidade do pecado


“O ministro da Defesa, Nelson Jobim (PMDB), entregou sua carta de demissão à presidente Dilma Rousseff no dia 4 de agosto. Sua situação se tornou insustentável no governo após declarações dadas à revista Piauí em que teria considerado a ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, "muito fraquinha" e dito que a ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, "sequer conhece Brasília". Jobim negou ter feito as críticas e disse que as informações seriam "parte de um jogo de intrigas". Mas, segundo fontes, Dilma já havia decidido demitir o ministro caso ele não abandonasse o cargo por conta própria. Para seu lugar, a presidente escolheu o ex-ministro das Relações Exteriores Celso Amorim.” ¹
Pois bem, mais uma polêmica envolvendo ministros da nossa ilustre presidente Dilma. Parece que não querem dar sossego pra mulher! Como foi divulgado por aí, o ex-ministro da defesa pediu para sair antes que fosse convidado a se retirar.
O primeiro cargo político para o qual a referida Gleisi foi eleita veio chegar só no ano passado, quando ganhou uma eleição para o senado – muito bem votada, diga-se de passagem. Mas a questão é que, como podemos observar, o ministro não disse uma mentira nem um pouco escandalosa: Gleisi nem conhece Brasília.
O que é fácil de se perceber é que um político não sofre viés nenhum se tiver uma conduta, digamos, suspeita. Mas se abrir um pouquinho a boca para falar, com sinceridade, o que pensa, a politicagem trata logo de engoli-lo. E foi exatamente isso o que aconteceu com Nelson Jobim.
Em diversas ocasiões, ele soltou declarações desagradáveis para um ou outro. Disse até que votou no Serra nas últimas eleições à presidência.
Mas e aí? Enquanto os políticos continuarem caindo por causa de picuinhas e não por causa de pura bandidagem, não sairemos do lugar...

Spoiler

       Neste domingo sai mais um podcast!
       Poderão ver que estamos evoluindo e estamos fazendo esta bagaça cada vez melhor!
       Ouçam e acompanhem! =P


Deve ser legal, né? Filhos da puta


                Como pode ter tanta gente escrota no mundo? “Lá vem o Ian de novo com esse papo...”. Sim, caro leitor, só que, como disse o capitão Nascimento, “Agora é pessoal”. Eis que acordo segunda-feira (01/08) para ir ao colégio, nada de mais, exceto pelo fato de não haver aula, as aulas começavam no dia 02 e eu havia me esquecido. Mas ok, volto pra casa, isso não era algo que arruinaria meu dia. O me irritou profundamente se mostrou quando cheguei em casa. Eu havia acordado para ir à aula e não tinha visto meu gato, algo que não é tão incomum assim, já que gatos vivem andando por ai, só o vi depois que cheguei em casa, a cena foi extremamente... Eu não sei a palavra, mas é um misto de ódio e urgência. Em um dos “passeios” do meu gato, algum filho da puta que não tinha o que fazer em casa, pois a mãe estava sendo arrombada lá, havia pego ele e encheu o pelo dele de ÓLEO DE MOTOR. Agora eu te pergunto, caro leitor: QUEM MOTIVOS O FDP TERIA PARA ENCHARCAR UM GATO COM ÓLEO DE MOTOR A NÃO SER PURO SADISMO? Se bem que dever ser legal né? Eu quero experimentar um dia, pegar esse tipo de gente e ligar uma mangueira de óleo na boca dela(s) até começar a vazar pelo c*.
Peguei o gato e levei até um pet-shop próximo aqui de casa. Pra variar um pouco minha sorte, eles não davam banho em gatos, então me contentei em comprar um desintoxicante (já que gatos lambem o pelo com muita freqüência) e voltei pra casa. Well, eu mesmo dei banho nele, e vocês devem ter uma noção da calma que gatos têm para tomar banho. Depois dei o desintoxicante e agora ele está ali deitado, até ontem eu ainda estava um pouco preocupado, mas acho que está tudo certo.
                E é ai que fica a dúvida: Porquê existem pessoas tão filhas da puta? Será que não param NEM POR DOIS SEGUNDOS pra pensar antes de fazer as coisas? Será que sou eu que busco sentido de mais nas coisas? Não, acho que não.  Definitivamente, esse tipo de gente merece o pior dos castigos. Fazer mal a um animal sem a menor capacidade de defesa por mero sadismo? E o pior é que esse tipo de gente está espalhada aos quilos por ai, tanto os sádicos quanto aqueles que não pensam no que fazem, estão espalhados como um vírus.
                É igual aquele pessoal escroto que fica, por exemplo, passando uma vareta nas pernas de uma rã pra ver quantas vezes ela consegue pular, ai esta pessoa, insatisfeita com o sucesso da rã, resolve passar duas vezes muito rápido, só pra machucar a coitada da rã. Vá tomar no c*, que merda de pessoa é essa? Se existe alguma justiça nas coisas, esse tipo de gente tinha que ser acorrentada e chicoteada. Deve ser o mesmo tipo de gente que ri das Video-cassetadas dos programas de Domingo. Existe humor mais retardado e apelativo? Vamos supor, por exemplo, que meu gato tivesse “merecido” o castigo, vamos dizer que ele tenha tentado roubar um pedaço de carne. A pessoa bater no gato para afugentá-lo é uma coisa, agora imobilizá-lo (esqueci de mencionar umas marcas que ficaram nas pernas dele, aparentemente amarraram as pernas dele, ou coisa assim) e encharcá-lo de óleo? Qual o Sentido?
-------------------------------------------------------------
Ps: Este post era um mero desabafo.
PPs: Agora temos Google+ pessoal! Para acessarem ele, cliquem no balãozinho do G ali em cima. Entrem tbm nas nossas outras ramificações Around the Web.

Pós-Zumbis 2ª temporada(2)

Para ler os anteriores CLIQUE AQUI!

Será que as coisas já chegaram a ser diferentes?

                Eles saíram da lan-house. A garrafa de Jack Daniel’s já estava vazia.
                _ E então? – Perguntou Choreilargado
                _ Bem... Não sei... – Fronrel estava pensando nos seus pais, havia muito tempo que não os via, nem sequer sabia se estavam vivos. – Você tem telefone ai?
                _ Perdi o meu algum tempo atrás.
                _Bem... então acho que é isso, me dá uma carona até o meu pessoal?
                Voltaram ao carro. Seguiram viagem.
                _ Eai, como tem sido a vida? – Perguntou Fronrel
                _ Uae, man, sabe como é, muito trabalho, pouco sexo. Tirando o fato de que agora eu posso morrer “trabalhando”, continua a mesma coisa.
                _ Uhn... Faz sen...
                _ Se bem que eu já podia morrer trabalhando, na verdade a gente ta sujeito à morte a todo tempo. É, no fundo não mudou muita coisa. E pra você?
                _ De certa forma está melhor.
                _ Melhor?
                _ O mundo era um saco, nada de novo acontecia, sabe como é? Iamos estudar, trabalhar, comer pizza no domingo, jogar uma cantada naquela menina mais ou menos bonita e mais ou menos interessante que morava na quadra de cima. A vida não tinha emoção. Agora é diferente, temos objetivo, temos reais temores, temos razão para tentar continuar vivendo. Já pensou nisso? Todo santo dia fazer as coisas por ser mandado, por ser “condicionado”, agora não.
                _ É um ponto de vista interessante.
                _ Por mais que seja, não muda a maneiras como as pessoas, que “sobreviveram”, por exemplo, se sentem. Um “estilo de vida” foi partido ao meio e sem aviso prévio, as pessoas não encaram esse tipo de mudança positivamente, independente da mudança em si, não é a “qualidade da mudança”, é simplesmente o fato de ser uma.
                _ Mas então você não quer que as coisas mudem?
                _ Acho que a questão não é bem essa. O ponto é que agora temos a chance, se as coisas estiverem tão ruins como eu penso, e de certa forma até gostaria que estivessem, de reescrevermos a história, de fazer a coisa do nosso jeito. Ou não né, dependendo de quem esteja vivo isso pode ser um problema.
                A rua estava praticamente deserta, até que, em um cruzamento, um ônibus com um monte de sirenes e alarmes disparados passou pelo carro onde estavam. Quase os acertou, inclusive. O ônibus entrou com tudo em uma construção e explodiu, ateando fogo ao prédio. De repente ficou aquele silêncio, tanto entre eles quanto no ambiente, até que eles apareceram, e eram muitos. Muitos. MU-I-TOS mesmo. Eles se olharam, não os “muitos”, os protagonistas, tensos. Eles poderiam ter virado o carro com rapidez e ido embora pelo exato caminho pelo qual vieram, mas não fazia o estilo deles, e alem disso o carro era supostamente “preparado” pra esse tipo de situação, era hora de por à prova aquela obra peculiar de engenharia automobilística.
                É importante fazer agora o que, por descuido, não foi feito anteriormente: A descrição um pouco mais detalhada deste veículo. Era um carro tipo Gol GTS, abriram um teto solar na sua lataria, aonde foi fixada uma metralhadora; o capô do motor foi retirado, na frente do carro colocaram uma armação metálica em formato de seta (>) assim qualquer objeto atropelado seria jogado para as laterais. Na lateral foi desenhada, à tinta, uma inchada e, por fim, foi adicionado um dispositivo que joga óleo na pista, a partir do porta-malas do carro, não se sabe bem pra que, mas fez-se.
                _ Certo, Fronrel, sobe no banco e firma na metralhadora, não economize.
                Choreilargado abriu uma segunda garrafa de Jack Daniel’s, bebeu um gole prolongado direto da garrafa. Ligou o som do carro. Brain Damage – Pink Floyd. Acelerou.
“The lunatic is on the grass...The lunatic is on the grass.”
                Os zumbis perceberam as presenças. Deixaram de seguir para o prédio no qual o ônibus havia entrado e vieram em direção ao carro. Fronrel começou a disparar, disparava sem parar. E gritava como um louco.
“Remembering games and daisy chains and laughs.Got to keep the loonies on the path.”
                Um, dois, três, quinze, vinte foram caído, uns atropelados, outros massacrados pelas rodas do carro e alguns pela metralhadora que não descansava. Quando entraram na “nuvem” de zumbis, Choreilargado abriu as comportas de óleo.
“And if the dam breaks open many years too soon And if there is no room upon the Hill”
                Foram abrindo caminho entre os zumbis, tal qual Moisés e o mar vermelho, mas em vez de um cajado e a ajuda do bom e velho Deus, usavam um carro e uma maquina que cuspia pólvora, barulho e chumbo. Ao saírem da nuvem de zumbis a “passagem” se fechou, Choreilargado fechou as comportas de óleo. “Agora saca só”, ele disse. Choreilargado parou o carro, pegou um cigarro e o acendeu, deu um único trago para a que a brasa pegasse consistência e o atirou no óleo... Aquela expectativa, aquele momento delinearmente cinematográfico do cigarro girando levemente no ar até encontrar seu destino, aquele momento que não dura mais que dois segundos, mas que, pela expectativa, parece demorar pelo menos alguns minutos. E... O óleo não pegou fogo.
                _ What?!
                _ Oh droga, CORRE!
                E assim, Choreilargado voltou pro carro.
“And if your head explodes with dark forebodings tôo I'll see you on the dark side of the moon.”
                Tentou dar partida, uma, duas vezes. O carro não ligava.
                _ FUDEOO! – disseram em uníssono
                Desceram do carro, pegaram as malas, o Jack Daniel’s e, no mais poético dos termos bélicos, bateram em retirada.

I can't think of anything to say except...I think it's marvellous! HaHaHa!”
----------
-----------------------------------------------------------------
Ps:Já viu o nosso vlog?
PPs: Pode não significar nada pra muita gente, mas para os músicos com certeza foi uma grande vitória! Não é mais obrigatório ter um registro na OMB!
PPPs: Em função de uma mudança de "turnos" aqui na Administração do blog, as postagens de pós-zumbis sairão, a partir de agora, às quartas-feiras. 
Comentem! Vlw!
-------------------------------------------------------------------
PARA VEREM UMA IMAGEM DESTE EPISÓDIO, BASTA "ENTRAREM" NO POST.