by William Shakespeare

"      Depois de algum tempo, você aprende a diferença, a sutil diferença, entre dar a mão e acorrentar uma alma. E você aprende que amar não significa apoiar-se, e que companhia nem sempre significa segurança. E começa a aprender que beijos não são contratos e presentes não são promessas. E começa a aceitar suas derrotas com a cabeça erguida e olhos adiante, com a graça de um adulto e não com a tristeza de uma criança.
       E aprende a construir todas as suas estradas no hoje, porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos, e o futuro tem o costume de cair em meio ao vão. Depois de um tempo você aprende que o sol queima se ficar exposto por muito tempo. E aprende que não importa o quanto você se importe, algumas pessoas simplesmente não se importam... E aceita que não importa quão boa seja uma pessoa, ela vai feri-lo de vez em quando e você precisa perdoá-la, por isso. Aprende que falar pode aliviar dores emocionais.
       Descobre que se levam anos para se construir confiança e apenas segundos para destruí-la, e que você pode fazer coisas em um instante das quais se arrependerá pelo resto da vida. Aprende que verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distâncias. E o que importa não é o que você tem na vida, mas quem você tem na vida. E que bons amigos são a família que nos permitiram escolher. Aprende que não temos que mudar de amigos se compreendemos que os amigos mudam, percebe que seu melhor amigo e você podem fazer qualquer coisa, ou nada, e terem bons momentos juntos.
       Descobre que as pessoas com quem você mais se importa na vida são tomadas de você muito depressa, por isso sempre devemos deixar as pessoas que amamos com palavras amorosas, pode ser a última vez que as vejamos. Aprende que as circunstâncias e os ambientes tem influência sobre nós, mas nós somos responsáveis por nós mesmos. Começa a aprender que não se deve comparar com os outros, mas com o melhor que pode ser. Descobre que se leva muito tempo para se tornar a pessoa que quer ser, e que o tempo é curto. Aprende que não importa onde já chegou, mas onde está indo, mas se você não sabe para onde está indo, qualquer lugar serve. Aprende que, ou você controla seus atos ou eles o controlarão, e que ser flexível não significa ser fraco ou não ter personalidade, pois não importa quão delicada e frágil seja uma situação, sempre existem dois lados.
       Aprende que heróis são pessoas que fizeram o que era necessário fazer, enfrentando as conseqüências. Aprende que paciência requer muita prática. Descobre que algumas vezes a pessoa que você espera que o chute quando você cai é uma das poucas que o ajudam a levantar-se.
       Aprende que maturidade tem mais a ver com os tipos de experiência que se teve e o que você aprendeu com elas do que com quantos aniversários você celebrou. Aprende que há mais dos seus pais em você do que você supunha. Aprende que nunca se deve dizer a uma criança que sonhos são bobagens, poucas coisas são tão humilhantes e seria uma tragédia se ela acreditasse nisso.
       Aprende que quando está com raiva tem o direito de estar com raiva, mas isso não te dá o direito de ser cruel. Descobre que só porque alguém não o ama do jeito que você quer que ame, não significa que esse alguém não o ama, contudo o que pode, pois existem pessoas que nos amam, mas simplesmente não sabem como demonstrar ou viver isso.
       Aprende que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém, algumas vezes você tem que aprender a perdoar-se a si mesmo. Aprende que com a mesma severidade com que julga, você será em algum momento condenado. Aprende que não importa em quantos pedaços seu coração foi partido, o mundo não pára para que você o conserte. Aprende que o tempo não é algo que possa voltar para trás.
       Portanto... plante seu jardim e decore sua alma, ao invés de esperar que alguém lhe traga flores. E você aprende que realmente pode suportar... que realmente é forte, e que pode ir muito mais longe depois de pensar que não se pode mais. Descobre que realmente a vida tem valor e que você tem valor diante da vida!
       Nossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder o bem que poderíamos conquistar, se não fosse o medo de tentar.      "

So you think you can tell.

Este domingo é dedicado a uma das bandas mais relevantes e revolucionárias do Rock: 

As letras amargas, a premasia instrumental, as concepções experimentais, a inovação nos palcos.
Tudo, simplesmente tudo.
Pink Floyd é um evento singular dentro do universo, não se verá tão cedo uma junção de quatro indivíduos que faça tanto como estes fizeram.
A guitarra melódica de David Gilmour.
As letras e o baixo de Roger Waters.
As teclas expressivas de Rick Wright.
A bateria explosiva de Nick Mason.
São elementos que deixaram um gigante legado e seu som com certeza ecoará por gerações e gerações.

Não Consigo


Por mais que eu tente, você vem.
Como o fantasma do natal passado, volta a me assolar a cabeça.
Volta a se mostrar na cândida figura de outrora.
Porque faz isso comigo?
Que foi que fiz para merecer tal castigo?
Porque não me abandona a cabeça de uma vez e some.
VAI-TE, POR OBSÉQUIO!
Não quero ter de remoer essa agonia por mais tempo.
Consternado estou.
Relembro seu sorriso feito a pincel,
Hand made daqueles que não se encontra duas vezes nessa terra
Mais consternado fico.
Saio. Procuro distrações, nenhuma me agrada, nenhuma me convence.
Pego o violão, tento escrever alguma música, nada sai.
Estou bloqueado.
A única música que me vêm à cabeça é o som da sua voz
A única música da qual me orgulho foi aquela que escrevi para ti.
Aquela que fala de uma tal aposta.
Parece que a perdi.
A você
E a aposta.
Mordo os lábios até quase sangrarem, na aflição de não ter o controle da situação
É raro algo assim fugir de minha alçada.
Abro o caderno, empunho o lápis como uma espada.
Rabisco meio mundo de palavras que não dizem nada.
Este é meu mal
Fabricar textos em escala industrial
Mas nenhum com sentimentos, pois os únicos que tive, foram tomados de mim.
Retornam como uma leve oscilação
Tento afastá-los, pois sei que não são reais,
Se fossem eu não lembraria sua figura
A teria na minha frente.
Tento ser poeta, mas levaram minhas emoções
Não consigo escrever sem elas, agora só o vazio me resta
Se bem que poesia eu nunca escrevi, somente rimas baratas sem estrutura lírica
Talvez seja isso, deve soar meio tiozão, mas não lhe culpo por abandonar-me
Nem eu me escolheria, para ser honesto.
Este é meu mal.
Ter-lhe a figura na mente, e nenhuma coragem para afastá-la
Pois tenho medo de, se afastá-la, não encontrar mais nada
além do vazio que eu sei que existe lá dentro.
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Ps: Gostaria de estender meu mais honroso aperto de mão ao nosso Relações Públicas: André! Que tem feito um digníssimo trabalho no cargo que lhe foi conferido!
PPs: Meu texto de hoje iria ser sobre religião, mas, quinze minutos antes da meia-noite, formulei este outro texto e, por alguma razão inexplicável, decidi postá-lo. Quarta feira eu falo mal da Igreja.

Minha pequena bolha

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Dias atrás, quebrei um copo, juntei os cacos, criei um mundo...
Os prédios são impossíveis. Poesia dá em fábricas, que não a produz em massa. Os postes dão luz, dão sua música dileta quando passa ao lado deles, dão balas de coco. Os mendigos dão dinheiro pra gente toda. Árvores têm abscisão nos outonos, têm flores nas primaveras, são verdinhas nos invernos e dão conchinhas nos verões, para combinar com as praias. Em dia de praia, há feriado: os moços fazem nado sincronizado e as moças se entretêm em pescarias. Cinema é gratuito e ao ar livre. Há postos de saúde, postos de gasolina, postos de abastecimento de felicidade. A cada esquina, vê-se dessas máquinas em paralelepípedos: você passa seu cartão de identidade no laser vermelho, faz seu pedido e o ganha numa caixa, cuspida pela máquina em duas vezes a velocidade da metamorfose da borboleta imperial. Sonhos são projetados antes do sono. Zoológicos não têm cercas; há exposição de casais de humanos pré-históricos, nus e inocentes. Assistimos televisão aberta, fechada, insaturada, ramificada, com transmissão alienígena também. Você escolhe a cor que quer ver o céu: se quiser cinza, vai de carro, se quiser azul, vai de skate, e se quiser verde, aperta a opção “aurora boreal” no seu controle remoto. Quando estiver triste e ninguém o quiser ouvir, quando suas coisas ficarem ruins, seus amigos manterem distância, sua bolsa lacrimosa parecer estourar em partos, suas mãos não acharem apoio, suas meninas estiverem longe dali, então você tem direito a uma bolha. A bolha o levará aos céus num voo frio, de limpar as falhas do coração. O frio o abraça apertado neste mundo sempre que não tem ninguém nem para olhar. 

The springtime of my loving


Porque eu quero tanto te sentir apertada contra mim que parece a pior das torturas a distância. E um minuto longe de você é um quilômetro quadrado de saudade plantado na minha cabeça. Saudade que quase dá pra pegar com a mão e nada nem niguém faz ir embora.  Quero tanto te sentir.
Porque eu conheço poucas pessoas capazes de fazer as nuvens desocuparem o céu com um sorriso; você é uma delas, ou talvez a única capaz de desocupar o meu céu e fazer o que quiser dele. Quem mais, com mãos nuas e delicadas, poderia arrancar a melancolia que vem e volta, mais vem do que volta, do meu coração? E que gelado ele é se não tem você por perto...
Porque você émuito orgulhosa, qualquer coisa pode te deixar chateada por uma eternidade, e eu quero muito, muito mesmo aprender a não te magoar. Tanto, que te fazer feliz foi uma das minhas resoluções de fim de ano. Fazer feliz a dona da minha felicidade.
Porque você me dá os carinhos que eu não devia ter. E você é muito além do que eu, vazio, poderia querer.
Porque você se tornou quase toda a minha vida de um tempo pra cá. É um nome só no meu pensamento, um cheiro , um toque e um desejo.
Porque você tem os olhos mais deliciosos do mundo inteiro. E eu quero morar dentro deles.  Ah, quem me dera ter-te, para eu morar-te até morrer-te...

E  hoje é o seu aniversário. Por isso quero te desejar as coisas mais lindas, os dias mais alegres, os sucessos mais impossíveis, as cabeças com menos dores, os amigos mais verdadeiros, os sorrisos mais sinceros.
Porque (são tantos porquês)... porque você é a coisa mais linda do meu mundo, e os meus dias alegres são com você, e o meu sucesso mais impossível é poder te chamar minha namorada, e a minha dor de cabeça é não poder te ajudar na suas, e a minha amiga mais verdadeira é você, e os meus sorrisos sinceros são todos seus.
Feliz aniversário, Raíssa, meu amor.
Eu sou o seu rugido. Lembra?

Somos Todos Iguais


Só se for na insanidade.

                É uma das premissas mais aceitas da sociedade, a de que somos todos iguais, o que é extremamente simples de entender: Esse consenso comum é universalmente aceito para não interferir no nosso way of life. É como uma cegueira universalmente aceita para que alguns possam tocar suas vidas de compra e venda enquanto outras passam fome e jamais passaram pelo banco de uma escola descente e jamais terão uma real chance de crescimento e, com isso, não poderão dar a seus filhos uma chance de crescer também. Claro, falo de crescer do ponto de vista “sociológico”, pois o crescimento físico nada tem que ver com a condição social... Ou até tenha, analisando por uma certa óptica.
                Essa verdade “inquestionável” é a premissa que sustenta o meio Econômico em que vivemos, o Capitalismo. O Capitalismo nos diz que todos têm chances IGUAIS de acender ao Status Money. Eu quase não consigo digitar esse texto enquanto penso nisso, de tanto rir. Talvez uma das piadas mais engraçadas da história da humanidade. A premissa capitalista quer me convencer que um garoto nascido RICO que mora em um grande centro urbano e é bem amparado pelos pais tem as mesmas condições de subir na vida (sendo que ele já está no topo) que um garoto nascido no SERTÃO NORDESTINO, em uma família pobre, junto com mais tantos irmãos, com um único colégio público a tantos quilômetros de distância. É, realmente me parece que eles têm as mesmas condições, não é, leitor?
                É quase religioso. Se existem duas coisas que, quando questionadas, geram linchamento são essas: Capitalista Way of Life e Democracia, mas esta última eu deixo para outro post. Não se pode questionar a Liberdade capitalista, pois todo mundo tem a MESMA CHANCE de subir na vida. É o pilar conceitual mais sólido de toda a existência. Religiões nascem, se modificam, expiram; Costumes mudam ao longo das gerações; Valores caem por terra e surgem novos... Mas o nosso sistema sócio-econômico permanece imutável. Você pode até me dizer que ele mudou muito desde a concepção original, concordo plenamente, mas deve-se admitir que os PRECEITOS são os mesmos até hoje.
                E segue o passeio. Milhares morrem diariamente de fome, outros trocam de celular com a mesma frequência que piscam os olhos; pessoas estudam em um ensino público de merda que tem o equivalente a duas horas de aula na semana enquanto outros estudam em colégios que te fornecem três idiomas estrangeiros e preparação para doutorado no ensino fundamental. Realmente, me parece que todos temos a mesma chance.
                E você acha que isso é só no campo “social”? Diga-me qual a estimativa de vida de um POBRE que tem AIDS e de um RICO com a mesma doença? Diga-me qual a estimativa média de vida de uma pessoa que mora em Goiânia e me diga a mesma média estatística de uma pessoa que mora em algum lugar conflituoso na África.
                É isso, iludimo-nos dizendo que estamos em uma competição equilibrada e nos sentimos confortáveis indo no Shopping sábado à tarde para comer Fast-Food e comprar roupas caras.

Ao vivo de Pompeia


                Eu costumo imaginar coisas.
                Não, não sou louco, loucos jamais diriam com todas as palavras verdades que resultariam em atestados factuais. E menos ainda quero me passar por um para conseguir aprovação, compaixão ou um visual exótico.
                Mas ultimamente tenho imaginado como seria se um vulcão cuspisse toneladas de lava e ela escorresse lavando tudo. Imagino que o vulcão tenha o mínimo de senso histórico e uma razoável delicadeza no tato. Se um vulcão assim, como o de Pompeia, varresse Goiânia, os acreanos levariam três semanas para sentir a nossa falta.
                Seríamos todos congelados – paradoxal e semanticamente? Todos nós congelados às sete e meia da vigésima quarta noite do décimo mês do décimo primeiro ano do vigésimo primeiro século do calendário cristão. Em que posição você gostaria de ser congelado? Bem, eu ia querer estar nu e na rede. Mas, provavelmente, estaria sentado com aquela cara inexpressiva e fecal comendo (antes morrer queimado a morrer de fome) e vestido, é claro.
                Isso nos leva a imaginar que arqueólogos alienígenas concluiriam que esse ser bípede e semi-racional é uma espécie de macaco que precisa de computadores para suprir a ocasional insuficiência de pelos, visto que a maioria dos fósseis tratasse de um animal melancólico inclinado sobre uma máquina multifuncional.
                Horas antes da apocalíptica erupção vulcânica (operação sanitária seria um melhor nome), numa epifania digna de Maomé e Newton, alcancei a maior dedução lógica desde Karl Marx:
                “Chegamos a tal ponto nessa era dos avanços que o sujeito não pode deixar-se quieto por alguns instantes sem correr o risco de ser chamado depressivo.
                ‘Depressão: doença pós-moderna que o humano contraiu dos macacos que residiam nos arredores de Chernobyl.’”

Bang Cruch — em mais um devaneio

Se você já tem uma noção básica sobre física, pule para o §5º (quinto parágrafo)
P.S.: Texto inútil de opinião especulativa pessoal
       A ciência moderna não trabalha mais com a noção de universo, e sim multiverso, o qual somos cada um, um indivíduo no meio de 7 bilhões de indivíduos, compondo uma única espécie entre outras 3 milhões de espécies já catalogadas, que vive num planetinha, que gira em torno de uma estrelinha que é uma entre outras 100 milhões, compondo uma unica galáxia dentre outras 200 bilhões de galáxias, num dos universos possíveis que vai desaparecer. Deste universo de onde você está a ler este texto especulam a teoria de Sheldon Cooper, chamado vulgarmente de Big Bang: no qual não se tinha nada e após uma indigestão de Chuck Norris, este liberou gases e BOOM, o universo começou a se expandir há 14 bilhões de anos e de repente, acidentalmente e ao acaso, um planeta relativamente próximo a uma estrela começou a se resfriar... eis você(!), uma provável pessoa que não acredita em extraterrestres, pois acha que Deus fez isso tudo somente para você. Você é o cara!
       A ciência também sabe, hoje, que no centro da Via Láctea existe um buraco negro, e calcula que em cada galáxia deva existir no mínimo um buraco negro que se originou após a morte de uma grande estrela que não entrou em hipernova, em que os buracos negros são pontos específicos que tendem a aumentar de tamanho exponencialmente e absorve toda a energia que recebe — lembrando que um tal de Albert nos demonstrou que massa e energia são a mesma coisa, apenas em estados diferentes (tipo vapor d'água e gelo); você deve conhecer isso como E=mc² de Einstein.
       Um tal de Newton nos mostrou certas leis também, como a da Gravitação Universal e que massa atrai massa (gavidade) — "eis que uma maçã caiu em sua cabeça, e tudo ficou mais claro naquele momento..." — Faraday por sua vez mostrou a existência de energia e que as energias são as mesmas, apenas em estados diferentes (assim como a energia elétrica é igual a energia cinética de um carro em movimento), por isso usasse apenas uma letra, o E para representar energia, independente de qual matéria você for estudar e por fim Lavoisier, um físico azarado, que tinha a função de cobrar impostos na França durante a Revolução francesa, os quais todos se encontravam na miséria extrema, e por isso foi levado a ser guilhotinado, mas antes de tal fato se consolidar, esse provou que na natureza nada se cria e nada se perde, tudo se transforma.
       E finalmente, das inúmeras especulações existentes, uma das teorias mas interessantes sobre como este universo vai acabar é o Big Crunch, que consiste no fato de que o universo começará, no futuro, a contrair-se, devido à atração gravitacional, até entrar em colapso sobre si mesmo.

       Apesar de o Big Crunch em si achar que de repente o universo começará a se contrair ao ponto em que inicialmente se teve o Big Bang devido a força gravitacional, acho pouco provável que isso aconteça apenas por causa da força gravitacional, pois, como já foi provado, o universo está se expandindo e as galáxias estão se afastando invés de se aproximarem.
       Mas (durante a minha total atenção na aula de análise literária formulei a teoria do surgimento do próximo Big Bang, que talvez seja nova ou apenas uma consequência dos memes, mas em todo caso é algo a se desprezar), creio que devido aos buracos negros existentes em todo o universo, esses começaram a absorver tudo a sua volta e aumentar de tamanho de forma que estes começaram a se fundirem e começaram um processo de Big Crunch (mas não por causa da gravidade) e no final restará apenas um enorme  black role, e pelos mesmos serem, por definição, absorventes de energia e matéria, logo não teria mais NADA, e do "nada", devido a instabilidade provocada pelo tanto de energia absorvida, geraria um novo Big Bang...

ENEM 2011

Boa sorte a todos que farão o 2º dia do ENEM hoje!  \õ/

Para aqueles que deram uma passadinha no Machado de Eugênio antes de ir pra prova, vou passar um OFF aqui: 
O gênero da redação é Dissertativo-Argumentativo!

LoL !
Guardem segredo...
Abraço a todos !

Solilóquio


                O frio está roendo-me a inspiração, está roendo-me a capacidade de unir palavras e, com elas e outras, formar frases e, a partir destas, estabelecer uma comunicação que faça sentido, muito embora deva dizer que o que faz sentido ou o deixa de fazer parte simplesmente de uma questão de perspectiva, é uma mera questão de análise. Meus pés estão congelados, mal os sinto, o que não é de todo verdade, uma vez que, justamente por senti-los, sei que estão frios, e estão frios ao ponto da dor. Eu gosto do frio, é verdade que tem seus contratempos, como a chuva que lhe encharca a blusa e o tênis, como os relâmpagos que queimam circuitos elétricos de difícil reparo, como o alagamento de ruas mal infraestruturadas, como a obstrução da liberdade daqueles que se locomovem sem carro... claro, há aqueles que saem de motocicleta ou bicicleta mesmo com o dilúvio condenando tudo lá fora, mas esses são os que devemos condecorar como exceção; mesmo com tudo isso, o frio me apetece.
                O frio é... Une os corpos em sua desesperada busca pelo calor, acalenta o sono, propicia um bom prato de sopa, encoraja uma boa chávena de chá, aprova uma boa sessão de filmes no aconchego do colchão, entoa uma boa leitura, liga o “treme-queixos”... O frio é reconfortante.
                Desventurados aqueles que dizem “O Frio é triste”, mentira das mais absurdas, das mais ofensivas, até. Temos nós, em função das quatro cavidades cardiovasculares, a possibilidade quase singular no reino animal  de apreciar tal fenômeno. Pergunte ao pobre anfíbio se pode fazer o mesmo, não, senhor.
                O frio encoraja também os tímidos. Por exemplo: Você que almeja aquela oportunidade com a garota sonhada pode lha oferecer o casaco ou moletom e passar frio enquanto vê na fronte dela um belo sorriso ou, se for mais ousado, passar o braço em volta dos frágeis e trêmulos ombros da donzela oferecendo um carinhoso afago que promete aquecê-la o corpo e talvez enrijecer outras coisas.
                O frio abre o apetite. Quem não come além quando está perdendo calor para o ambiente? Sem dúvida o frio é tempero dos melhores, tudo parece ter um sabor especial quando temos esse refinado adicional.
                Essa frase “perder calor para o ambiente” me lembra a triste verdade, o frio não existe, maldita física, preconceituosa que é, foi capaz de dizer que o Frio nada mais é do que a ausência do calor. Eu digo o contrário, o calor é a ausência do frio. Mas não posso discordar da física, é quase um pecado, então sou obrigado a conviver com esta triste verdade, que é uma daquelas que vai me acompanhar até o caixão, como eu disse no meu último texto.
                Duro é aguentar este clima em que vivo: Durmo a uma temperatura que requer quatro edredons e meias e acordo sob o Sol escaldante e impiedoso transformando meu quarto em um verdadeiro fogão solar. Vou estudar o processo, talvez consiga vender a ideia a algum ambientalista. Goiânia já é atípica. Firma, das quatro, apenas duas estações em seu calendário: Deserto e Dilúvio. E ainda há um agravante, mesmo na estação de dilúvio, não se está garantida a temporada de frio, uma vez que temos chuvas a temperaturas altas também. No final ficamos mais ou menos como no desenho animado South Park, lá eles vivem em um local que tem apenas um dia de sol ao ano, aqui temos uma semana de frio no mesmo período, no máximo.
                Mas não coloquemos os prantos e desesperos à mesa, não ainda, pois ainda é frio e posso apreciar meus pés ficando dormentes e minha chávena de chá. Que eu chore amanhã, quando o frio se for. Ou não, pode ser que amanheça com um belo horizonte nublado, quase negro. Seria um dia próspero, glorioso, até.
                É duro tentar entreter-lhes quando as ideias se esvaem da cabeça. Sim, caros leitores, não me apetece escrever este solilóquio, mas fazer o que, são alguns males da vida, ossos do ofício, como diriam alguns.
                Querem que eu tente um pouco mais?
                Posso tentar...
                Não? Não querem?
                Ok, despeço-me. Lavo minhas mãos desta imundície.
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APÊNDICE:
Bem, A gente gravou o nosso único vlog... e nele a gente comentou sobre uma certa previsão do FIM DO MUNDO que estava errada, de um certo cidadão chamado Harold Camping. Bem, esse mesmo cidadão, vendo que o mundo não acabou na data que ele afirma ter "previsto", disse que houve um erro de cálculo e que a data certa era precisamente ONTEM! 21 DE OUTUBRO... e adivinha só, estou postando HOJE! dia 22 de OUTUBRO! Ou o inferno é muito parecido com a Terra (isso porque eu nem devo ter passado pelo Julgamento final) Ou então... advinha só... MAIS UMA VEZ ELE ERROU!
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Ps: Gostei muito da pequena discução que se formou nos comentários do meu último texto, gostaria que isso ocorresse mais vezes. Obrigado, leitores.
PPs: Wanessa, você é uma pessoa detestável.

Nihil: Evita

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Que mãos do céu pra cá desceriam a moldar massa de cloaca?
Não existe alternativa senão brincar com as epifanias. Tu, brinca, mas evita não tolerar. Vai à igreja, acompanha teus velhos para ver como anda a demanda; pechincha. Jamais contradigas tua avó quanto aos magos celestes porque a inocência da idade avançada já basta para calar-te e calar tua descrença inteira. Ao criticar, tem dó, usa as palavras com medo de que elas possam magoar alguém. Se fores criticar, diga tudo o que pensa sem escrúpulos e rodeios; caso alguém se magoe e te leve ao julgamento por atentado ao pudor, que seja pudico enquanto dure. Contradize-te, provando que pensas. Prova que pensas perguntando a tua avó qual par de mãos desceria do céu pra Terra a moldar massa de cloaca em vida. Não dês conselhos, apontando o que fazer ou não, como se tu fosses cacique de tribo e retivesses em tua mente todo conhecimento do mundo. Só brinca. Com a palavra tosca dos livros antigos, sobretudo aqueles que prometem a história do começo ao tropeço. Brinca com o grande clichê. Com tuas próprias manias. Com teus amigos. Com tua forma de conjugar verbos e varia  se vier o erro, bem, é só brincadeira. Brinca com o desacerto da atomística, com os gênios. Brinca em cartuns e parábolas. Em postulados e teoremas.
Agora eu brinco com o nada que lambuza esses jeitos de contar causos, obsoletos. Quanto a ti, ou brinca ou evita. 

Hora de repensar


                Recentemente vi uma notícia que desbanca uma daquelas famosas histórias que a gente usa como argumento em debates acalorados, mas, em consenso, considera mito, e foi exatamente essa parte do mito a desbancada. “Ah, as grandes potências industrializadas já destruíram as suas florestas e usam de lixão o território dos pobres.” Quem nunca ouviu algo desse tipo? A verdade é que surgiram provas óbvias desse absurdo.
                Fronhas, lençóis e pijamas usados em hospitais americanos - inclusive com secreções - serviam, entre outros, de matéria-prima na fábrica Império do Forro de Bolso. Havia inclusive material proveniente do Departamento de Veteranos de Guerra dos EUA.
                Algum indecente vinha comprando lixo hospitalar de americanos e revendendo tranquilamente no mercado brasileiro. Lençóis manchados de sangue e outros restos foram usados para fazer forros de bolso, inúmeros. O que mais pode ter acontecido com essa merda toda ninguém sabe.
                E o pior de tudo é que essa descoberta é um caso isolado. O que é que se pode esperar de uma fiscalização que deixa passarem seringas usadas em contêineres para dentro do país? No mínimo material radioativo e colombianos escravizados.

                Hora de repensar...

Não sei se ainda acredito

                Das diversas dúvidas da humanidade, talvez uma das maiores seja: Qual o sentido desta merda? E era isso que me fazia (ou faz, ainda não sei direito) acreditar na existência do Criador, do lord, do Ser supremo que deu o Start nesse colosso que é o Universo. Mas agora não sei se ainda acredito. Não foi uma decisão tomada, foi simplesmente um estalo abrupto que me veio à tona em um momento de ócio.
                Os que leem minhas bobagens aqui escritas já sabem, não sou um grande fã das religiões. Nunca me fiei muito nelas, talvez a maior razão seja o capitalismo quase explícito impregnado nelas. A única que ainda mantém um certo prestígio na minha humilde concepção é a religião espírita, mas isso é tema para outro post. Sempre que questionado acerca da famigerada, e muitas vezes geradora de discuções, “Posição Religiosa”, sempre respondi não ter religião, ser crente em Deus independente de uma religião, que é uma instituição como qualquer outra e que, por estar aos cuidados das mãos humanas, está sujeita às corrupções do homem. Minha visão é a de que Deus não interfere na nossa vida, limita-se a julgá-la no final, não creio (nem nunca acreditei) em realizações através de rezas, nunca me fiei em milagres, nunca acreditei no “Deus que quis”. Para mim, se tais coisas fossem possíveis, não faria o menor sentido Deus “julgar-nos” ao final da saga, bastaria mover os cordões. Creio no livre arbítrio e nas consequências advindas dele. Ponto final.
                A verdade é que o motor gerador da minha Fé sempre foi a necessidade do “próximo estágio”, sempre tive a expectativa do “algo a mais”. Para mim era demasiado vago, e até um pouco triste, a vida simplesmente terminar com um monte de terra em cima. Meu espírito, megalomaníaco e prepotente, precisa de mais que isso, precisa de um propósito maior. É isso não é? Não é o que nos motiva a seguir em frente? O propósito? Se disser que são os sonhos não estará errado, caro leitor, mas sonhos nada mais são do que um propósito maquiado.
                Ocorre que me peguei devaneando sobre o “Sentido” da vida. E visualizei, com meu paradoxal pessimista e poético jeito de ver as coisas, visualizei a humanidade; visualizei a ignorância humana; visualizei o analfabetismo funcional; o descaso generalizado; a incessante busca pelo material; a falta de compaixão; a falta de interesse pelas coisas importantes, a preguiça; a hipocrisia; o extremismo; a idiotice; a falta de bom senso; o consumismo; o egoísmo; o extresse; o patético ciclo da vida; a lógica universal da sociedade; a velhice; a gradual perda das habilidades motoras e psicológicas; o Homem. Penso que vislumbrei um lampejo da “lógica” das coisas, não sou prepotente a ponto de dizer que o que vi é real, embora, se me questionarem, diga sem medo de errar que “SIM, INFELIZMENTE É O QUE OCORRE.”, não digo que é, ou melhor, digo, mas tenho consciência do status desse “dito”, que não passa de uma opinião.
                Então eis que, como se bebesse água, aceitei que as coisas podem não ter um sentido maior, que a triste percepção dessa vida vai me acompanhar pela velhice e se sepultará em meu peito quando eu for para o caixão e lá permaneceremos até que os vermes me levem a carne e os ossos e a essência e ponto, fim de história. Sem outros mundos, sem outros planos, TALVEZ seja só isso. Eis que minha fé expirou.
Não formulei uma opinião sobre a positividade ou a negatividade da dita reflexão.
Vem justamente disso a concepção deste texto, parafraseando o mestre Saramago: Escrevo para compreender. Escrevo como se, para que compreendesse, tivesse de tentar explicar a outros. E não estou aqui a prometer explicações a ninguém, prometo devaneios, e muito mal escritos, até; muito prolixos, até; muito devaneios, até.

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Ps: Ouçam nosso PODCAST!
PPs: Participem do nosso "concurso" de Contos! Não sabe que diabos é isso? Acesse nosso Tumblr ou Comunidade no Orkut!

Mais uma vez, sim!

Tree of life



Mais uma vez o podcast? Sim! Ele deve ter suas merecidas atenções (e eu estou com uma ligeira preguiça de postar). 
Nessa edição Ian, Marco Aurélio e André Luiz abordam alguns temas atuais e tratam do terror de muitos: O VESTIBULAR. (No podcast, a ausência dos outros membros é devidamente explicada).


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Enquanto isso, no podcast!





1984 — A origem

       Zona livre de comércio, União aduaneira, Mercado comum, União monetária e União política, eis as cindo etapas existentes de um bloco econômico formado pelo homem contemporâneo da primeira metade do século XXI, em que apenas um bloco, até hoje, conquistou estes cinco passos: a União Européia (U.E.).
       Mas cinco passos em apenas um continente era pouco! Era necessário expandir. Começou com a UNASUL, em que englobava todas as noções independentes da América do Sul. Não demorou muito, e logo se estendeu pela América central, virando a União Latina (U.L.). Com a U.L., veio quase ao mesmo tempo a União Oceânica (U.C.).
       Os três blocos funcionavam tão bem e dava tanta estabilidade e desenvolvimento, que todas as noções queriam se integrar a uma; Foi quando a U.E. surgiu com a 6ª etapa, no Tratado de Helsinki (Finlânida): Linfuistic Union, em que consistia de quebrar as barreiras lingüísticas e criar apenas um idioma para toda a Europa.
       Era a primeira vez que se cogitava a idéia e a concretização de um idioma único, em que todos os países membros ensinarião sua língua conterrânea e a língua européia, obrigatoriamente, em cada escola. Dessa forma não haveria perda de cultura e isso facilitaria a comunicação entre todos, de forma que muitas guerras inter-nacionais seriam evitadas e significaria um progressivo desenvolvimento, em diversos aspectos e áreas (da ciência).
       Novamente a Europa voltava a ser um exemplo para o mundo, e não demorou muito para a U.L. e a U.C. adotarem a 6ª etapa também, algo que não foi nada difícil.
       Era uma época de muita paz e prosperidade. Nem mesmo guerras religiosas estavam acontecendo em grande intensidade.
       Surpreendentemente a Dinamarca e a França concederam voluntariamente a independência para a Groelândia e a Guiana Francesa, as quais essas foram logo integradas a U.L. e sendo reconhecidas como territórios do continente americano.
       No Leste Asiático China, Japão, Coreia, parte da Índia e algumas nações vizinhas formaram a Lestásia e de repente a U.C. apareceu com a 7ª etapa, com o Tratado de Suva. Agora a Oceania era além de um continente, um país único.
       Com esse choque, veio outro maior ainda: o império estadunidense caiu, e este veio a se juntar com a U.L, e no mesmo mês o Canadá entrou no bloco, formando assim a União Americana. Enquanto isso, na Europa a Rússia se integra totalmente a U.E.
       Com a 7ª etapa a Lestásia tentou fazer a união dos países também formando apenas um grande território nacional, mas as divergentes culturas fez gerar tamanha guerra que se espalhou de forma tão rápida e intensa que logo em cada bloco estava passando pelo mesmo processo.
       Até hoje se perguntam como essa guerra foi se expalhar pra todo o planeta colocando todos os países uns contra os outros.
       Essa foi uma guerra mundial, que apesar de envolver praticamente todos os países, não foi chamada guerra mundial, por já ter tido duas guerras com este nome, e por isso foi chamada de A GRANDE GUERRA (o qual futuramente chamarão de a guerra que levou a paz —> GUERRA DA PAZ [e depois, de alguma forma desconhecida, acaba virando “guerra é paz”]).
       Após 37 anos de guerras terríveis consecutivas, a mesma Lestásia que começou acidentalmente tal guerra, resolveu a mesma com uma forte repressão ditatorial, consolidando assim, finalmente, a 7ª etapa da Lestásia.
       A solução no restante do mundo teve um desfecho semelhante, e no final de tudo o mundo ficou dividido em 3 grandes potências:

  • Oceania - o maior dos impérios, governa toda a Oceania, América, Islândia, Reino Unido Irlanda e grande parte do sul da África.
  • Eurásia - o segundo maior império, governa toda a Europa (exceto Islândia, Reino Unido e Irlanda), quase toda a Rússia e pequena parte do resto da Ásia.
  • Lestásia - o menor império, governa países orientais como China, Japão, Coreia, parte da Índia e algumas nações vizinhas.
Outros terrítórios, como o norte da África, o centro e o Sudeste da Ásia e a Antártica permaecem em disputa.

       Com a nova política a paz se perpetuou, sem nenhuma guerra civil ou cogitação de guerra entre os três grandes países. Graças ao bom GRANDE IRMÃO!
       “Hoje”, Whinston Smith e Júlia sabem que Guerra é paz, Liberdade é escravidão e Ignorância é força sem entender o porquê, mas pra que questionar se tudo vai tão bem?, desde que eu saibam 1 + 1 = 3...

E... PODCAST! (Vestibular e otras cosas)

Yep, people! Depois de décadas cá estamos nós, com este Podcast lamental para vocês!
Nessa edição Ian, Marco Aurélio e André Luis abordam alguns temas atuais e tratam do terror de muitos: O VESTIBULAR. (No podcast a ausência dos outros membros é devidamente explicada)



Enquanto isso, no podcast!





Cuidado com esse Eugênio

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De repente, notamo-nos desenhos num mundo onde anêmonas, algas, corais faziam-se felizes fora do mar. O céu está oculto, mas podemos sentir o coro das estrelas, gritos, embora não sintamos a mão do Eugênio que se aproxima silenciosamente. Ele quer seu machado de volta, mas Ian, que não percebeu ser desenho, que tem um furtado nas mãos, ainda tem muitas cabeças para rachar, com o auxílio da trupe contígua: um moço que se faz de mim, levando nas costas a enigmática Sunrise, e um moço Marco.
Eugênio não percebe a urgência do furto. Embaixo do chão e do véu das mulçumanas, atadas e em cima de pescoços, sob os olhares vergonhosos e indefinidamente humilhados, entre sombras dos edifícios amontoados e vícios urbanos inalteráveis, sob vias de trens e trens que são coisas quaisquer no palavreado dos trabalhadores humildes, embaixo de mentiras e mentiras, ouvimos os gritos das estrelas. Gritos a nos lembrar de um trabalho inteiro, aquele que pode ser confundido com sangrias e trepanações, o das rachaduras. Pelo caminho, além dos corais, além do desenho bidimensional, uma humanidade entorpecida nos espera de cabeça abaixada, pronta para o processo. Vão-se os títeres, Eugênio, recolha a mão e deixe-nos. 






Função Comoção


                Steve Jobs is dead. Right.
                Pois é, um inegável gênio morreu, deixou um grande legado, era um mestre nas citações históricas e, sem sobre de dúvida, vai fazer falta. Mas me surge uma pergunta, até onde a comoção é intencional e não “programada”? Ora, basta pegarmos um exemplo relativamente recente: Michael Jackson. Era dito pedófilo, louco, problemático, deturpado, senil e coisas do gênero. Depois de muita lenga lenga e um caixão fechado todos choram a morte do Rei do Pop. Evidentemente esse “padrão” não se encaixa no currículo de Mr. Jobs, mas vale a pena dar uma refletida no assunto, ao menos do meu humilde ponto de vista. Morrem milhares de pessoas por falta de atendimento às necessidades básicas todo santo dia e ninguém chora a morte delas. Vale a pena lembrar que MUITO PROVAVELMENTE a vida delas foi bem mais curta e infeliz do que a do Sr. Jobs. Ok, Ok, ele revolucionou o conceito de computadores e tecnologia e desenvolveu mercadorias em aço escovado, tudo maravilhoso, mas a questão levantada é que ele morre, mas os que compartilhavam das ações não, e ai vira aquela tripudiação em cima da morte do “Gênio”.
Daí é o circo que Eles adoram ver, vendas lá no auto, comparações com cristo e dinheiro nos bolsos. Foi assim com qualquer outro, também é com ele. Agora, por exemplo, não é interessante você chorar a morte dos que morrem de fome, isso não dá dinheiro, mas não duvido que, caso as pessoas passem a olhar para essa situação, comecemos a arrumar um meio de fazer dinheiro com isso também.
                Talvez o exemplo mais recorrente na minha cabeça seja o Michael Jackson por ter sido o mais recente, ou, ao menos, o que acompanhei com mais proximidade. Em vida, pelejaram a todo custo para retirar as acusações de pedofilia e não deu em nada, daí, com a sua morte, vem uma criancinha melequenta e diz que as acusações eram falsas, que ele nunca havia abusado dela, que a acusação era para ganhar dinheiro e coisas assim. Não duvido que tenham pago a criança para dizer isso, e não é porque eu acredite que o Michael era pedófilo, nada disso. É que é muito mais plausível do que acreditar que em dado momento uma conversa assim acontece:
                “Pai da criança supostamente abusada liga a tevê bem no momento em que anunciam a morte do Michael. Atordoado, chama a esposa:
                _ AMOR! Michael morreu!
                Ela fica estática. Seus olhos vibram e é visível neles o remorso. Desaba em choro.
                _ Meu Deus! Por quê fizemos aquilo? Por quê?!
                O marido também desaba em remorso.
                _ Cometemos um erro tão grande, como fomos tão cruéis com o pobre Michael...”
                É assim com todos. Fazem da morte o mártir e assim todo mundo sorri em cima de cifrões.