Compreendam


Pudera meu coração ser como a pele que descasca de queimada pelo sol ou o útero de mulher que se purifica. Mas ele não desprende nada, não deixa nunca. Ele não esquece o último dia de céu azul e nem aquelas chuvinhas que não perturbavam por nada. Mas é bom. É melhor do que rir mostrando os dentes sem fazer alguma força pra mover os lábios. 

Obs: Pra colocar no status e fazer as mina pirar!

Homenagens

Meus singelos agradecimentos pelos 41 mil views que nosso blog atingiu este mês ^^
e
Um abraço especial aos 173 seguidores do blog :D


S2 Vocês!
    Hoje vou deixá-los com uma recomendação para seu entretenimento, O Manual Prático de Bons Modos em Livrarias. Já rí muito com esse blog, que é sobre o que se passa em uma livraria frequentemente, espero que vocês curtam.
    Abraços !


__________________________________Luto _____________________________________
    Minhas condolências aqueles atingidos pelo desastre do Rio de Janeiro, o desabamento dos três prédios. Aos trabalhadores brasileiros e suas famílias, que tiveram perdas, meus pêsames.



UMA PRAIAZINHA DE AREIA BEM CLARA, ALI, NA BEIRA DA SANGA

[...]

            Fechei a porta, encostei a parte de cima da cabeça contra ela. Só nos filmes as pessoas fazem isso, nunca vi ninguém fazer de verdade. Comecei a fazer para ver se sentia o que as pessoas sentem nos filmes - pessoas sempre sentem coisas nos filmes, nos bares, nas esquinas, nas músicas, nas histórias. Nas vidas acho que também, só que não se dão conta. Depois percebi que aquela dor que sobe ali do olho esquerdo pela testa diminuía um pouco assim, então fui me virando até apertar o lado esquerdo da cabeça, justamente onde doía, contra a porta fechada. A dor doía menos assim, embora não fosse exatamente uma dor. Mais um peso, um calafrio. Uma memória, uma vergonha, uma culpa, um arrependimento em que não se pode dar jeito.

            Eu estava de costas contra a porta quando olhei pela janela aberta do outro lado do quarto. Então pensei que bastaria uma corrida rápida da porta até a janela, depois um impulso mínimo para jogar meu corpo por ela e plac! ó, pronto, acabou: moro no décimo andara. Não foi a primeira vez que isso me passou pela cabeça. O que me segurou desta vez, como me segurava em todas as outras, foi pensar naquele monte de latas de lixo lá no térreo. Meu pequeno corpo, cheio de pêlos e músculos duros, cairia exatamente sobre elas. Imaginei uns restos de macarrão enrolados nos anéis do meu cabelo crespo, uma garrafa vazia de pinga vagabunda no meio das minhas pernas, um modess usado na ponta do meu nariz. E continuei parado. Tenho horror à idéia de ficar sujo, mesmo depois de morto.

[...]

(Caio Fernando Abreu)

U-F-G (Ouça a abertura de Star Wars na cabeça!)

            Hoje é o dia da grande revelação. A onipotente e onisciente Universidade Federal de Goiás divulga os aprovados em primeira chamada do processo seletivo 2012-1.
            Foi mais mais de um mês de espera para os vestibulandos. A segunda fase foi realizada nos dias quatro e cinco de dezembro do ano passado. Desde então estivemos esperando.
            Alguns tiveram alívio quando as notas individuais foram liberadas. Outros, aquele último pontapé para procurar um emprego no shopping mais próximo ou uma matrícula no cursinho mais próximo. Outros ainda, tiveram que amargar o fato de tirarem uma nota em cima do ponto de corte e nadar em ansiedade. Esperamos que todos vocês, leitores do machado, adeptos da trepanação diária, sejam aprovados na UFG e possam desfrutar das maravilhas que só toneladas de impostos pagos (e mal empregados) podem oferecer.

            Pra quem vai conferir: Processo Seletivo UFG 2012-1

            Marco, Ian e Kaito passaram na UFG.
            Iih, foi mal, a minha é federal!
            Marco - Comunicação Social (Jornalismo) - Quarto Lugar
            Kaito - Comunicação Social (Jornalismo) - Décimo Lugar
            Ian - Ciências Sociais - Terceiro Lugar

            PS. Agora ouça cachorros cantando (latindo) Star Wars!
         
            http://www.youtube.com/watch?v=6ntDYjS0Y3w

Ok, computador

Scanner temporariamente inoperante.
Ainda existem coisas antigas que eu poderia expor nessa situação. Apenas aproveitando da invalidez de mostrar o novo, não que o novo seja mais que o mais do mesmo, para mostrar coisas que não vieram de mim.

Os bons sabem o que inspirou Jared Stumpenhorst a fazer isto:

   
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Pós-Zumbis 3ª temporada (9)


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A improbabilidade

                Camaleão no volante, gasolina em quantidade não muito animadora, nenhum destino. Era dia. Ao passarem pelas ruas, os que esbarravam acidentalmente o olhar no carro, de lá não o tiravam; parecia que o “faro” dos zumbis havia se tornado mais sensível, mas não era só isso, parte da atenção chamada pode ser atribuída ao Fronrel, uma vez que ele estava com o rosto colado no vidro e chorando como uma criança.
                _ O que foi que eu fiz... – dizia ele, entremeando os soluços. – eu sou um idiota, um desprezível...
                Levada pelo instinto mais desaconselhável, R. pergunta o que ele queria dizer.
                _ Eu matei tantos e algumas vezes nem havia real necessidade. – tentava explicar. – eu matei matei por crueldade eu sou um errado mesmo eu nem devia estar vivo aquelas pessoas não têm culpa...
                _ Fale com mais calma! – pediu R.
                Fronrel olhou pra ela com um ar incrédulo, com um ar de ofensa. Depois se calou, mas continuou a chorar baixinho. “Merda” pensou Camaleão, a gasolina estava na eminência do fim. Se ela acabasse ali, no meio da cidade, a esta hora do dia, poderia ser muito problemático, a começar pela pífia quantidade de poderio bélico que tinham em mãos.
                _ É melhor nos afastarmos o máximo possível da cidade. – diz Linda, com um ar de desânimo que faria qualquer médico duvidar de que ela estivesse realmente viva.
                Começaram a se afastar da cidade. Passavam pelos altos prédios, pelos “mortos andantes” de terno e gravata que se direcionavam aos respectivos locais de trabalho, Contemplaram as pichações (que eram abundantes em Taguatinga.) e o de sempre, as propagandas, os olhares cinzas e fadados... A apatia. Fronrel recomeça o monólogo.
                _ Porque tem de ser assim? Porque não podemos ajudá-los? Porque estamos aqui fugindo quando precisam de nó...
                Ele é interrompido por Camaleão, que nesse momento havia perdido a paciência e entrado no limite entre a sanidade e seu antônimo.
                _ PORQUE ESTAMOS FUGINDO?! PORQUE NÃO FICAMOS E AJUDAMOS!? VOCÊ QUER FICAR, FRONREL!? QUER!!? PORQUE SE QUISER, BASTA DIZER QUE VAI SALTAR DO CARRO

O compasso que rege o universo


                Talvez não exista algo tão difícil de engolir, na ordem das grandezas, do que a não correspondência, a falta de respaldo, esforçar-se por algo e não receber a devida reciprocidade. Já ocorreu ao leitor? O Empenho, as Expectativas, as Aspirações, os Anseios, os Planos. Até as intermitências do batimento cardíaco adquirem um compasso novo. Então vem o balde de água fria que, ao descer pelo ralo, leva sua vontade de viver e deixa a falta de ânimo, a falta de ânimo para tentar recomeçar e saber que pode cair na mesma incógnita malévola e medonha. Sonhar com Freddy Krueger é menos aterrorizante.
                Talvez o erro esteja na expectativa. Expectativa filha-da-meretriz; faz-nos abrir os braços para abraçar o mundo e não conseguir agarrar nada se não o vazio. Talvez os certos sejam os pessimistas, que não se decepcionam nunca, o que lhes pode ocorrer é, se o pessimismo não se concretizar, se surpreenderem, algo que é bem melhor do que se decepcionar. Infelizmente meu espírito não acalenta bem a tendência pessimista, sou um otimista juramentado e, por mais que lute contra isso, não consigo. Mas também não sou cego, percebo que algumas coisas não ocorrem com se imagina. O pior são os falsos suspiros, as declarações demasiado torpes, demasiado artificiais, de amor, de fervor, quando na verdade não passam de palavras ao vento, com o mesmo peso do bom dia entregue ao porteiro na entrada do prédio, pura convenção, mera norma social.
                Se o universo tem uma regência, afirmo que ela tem personalidade, e das mais sádicas diga-se de passagem. Se fosse possível barganhar com o universo, provavelmente ele nos cobraria a alma para nos mostrar um pouco de verdade no mundo. Se a expectativa não correspondida é golpe dos mais difíceis de acalentar na boca do estômago, a expectativa não correspondida de um pouco de verdade é pior ainda, mas, o idiota é aquele que ainda acredita nesse tipo de coisa, que está mais para o conto das fadas, pois acreditar nesse tipo de coisa é praticamente uma piada, a única piada de verdade, na verdade.
                Em verdade, em verdade vos digo, enxergar demasiado pessimismo nesse pensamento pode parecer o caminho natural: “Bem, é uma metáfora; Um texto muito seco, mas aproveita-se o conceito geral; Dá para tirar algo de útil, mas é um pouco denso”, a estes eu digo: NÃO ESTOU USANDO UM PINGO DE HIPÉRBOLE nesse texto.
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Ps: Escrevi esse texto a muito, muito tempo atrás; então não levem essa depressão como reflexo de algo recente na minha vida.
PPs: Eu sei que a agenda de pós-zumbis está bastante bagunçada, aos leitores peço desculpas, prometo que não ocorrerão mais atrasos, é que as férias têm sido um pouco conturbadas. AMANHÃ SAI PÓS-ZUMBIS!

Seja um seed você também!

            Há uma coisa que os americanos fazem melhor do que nós: televisão. Suas produções são mais variadas, interessantes, criativas, arriscadas e melhor executadas. Enquanto o horário nobre da televisão brasileira vomita as novelas repetitivas e os grotescos reality shows (não que esses não existam por lá, mas pelo menos não são a única opção), as emissoras americanas nos presenteiam com Lost, Breaking Bad...
            E uma das melhores notícias esse ano: Community não será cancelada. Pra quem não conhece, é simplesmente a melhor comédia da atualidade. Referências à cultura nerd, pop, zumbis e mais. (sixseasonsandamovie)
            O que faremos se não pudermos mais baixar nada?

            "O desligamento do Megaupload pelo FBI assustou bastante os usuários do serviço, mas não foram só eles que ficaram com medo. Pouco depois de dois dias do site ter saído do ar, outros grandes nomes da área de compartilhamento de arquivos alteraram o funcionamento dos seus sites, provavelmente na esperança de que eles não sofram o mesmo destino do Megaupload. Um deles, o Filesonic, desativou até a opção de compartilhamento."

            O FBI continua a caça às bruxas dos downloads livres. Qual alternativa nos resta?
            TORRENT! Não podem derrubar os torrents tão facilmente.
            Seja um seed e faça algo real na tal luta contra a censura.


            (Mais embaixo, informações sobre como usar torrents).

FUCK !

    É imensamente curioso como as pessoas tendem a aprender primeiro os xingamentos e os cumprimentos básicos de qualquer idioma novo para si mesmo. Por exemplo você, que domina ou não inglês, sabe muito bem que FUCK é um xingamento, que é ridiculamente traduzido como FODA, mas você sabe a origem por trás dessa ofensa?
    Não começou como sendo uma palavra ofensiva, na verdade nem começou como sendo uma palavra e sim siglas (que foram formadas na Idade Média). É sobre uma história que todos já devem ter ouvido mais ou menos, que é sobre o "Rei" do feudo ter de conceder a lua de mel de qualquer casal recém casado (na Inglaterra era pior, em que o Senhor Feudal tinha o direito de dormir com a esposa de qualquer casal recém casado, na primeira noite), e a partir dai formulou-se a ordem Fornication Under Consent of the King, a qual podemos traduzir para Fornicação Sob Consentimento do Rei, ou sendo ainda mais vulgar um pouquinho pra quem ainda não entendeu: "Foda-se essa merda, deixa o povo fuder em paz!".
    E como a língua é dinâmica e mutável, e por hoje o inglês ser mundialmente falado, Fuck é uma das primeiras palavras que você aprende! Que gracinha! Orgulho de mamãe!

Streisand


    O Efeito Streisand é um fenômeno da Internet onde uma tentativa de censurar ou remover algum tipo de informação se volta contra o censor, resultando na vasta replicação da informação. Exemplos de tais tentativas incluem censurar uma fotografia, um número,um vídeo,um arquivo ou um site. Ao invés de serem suprimidas, as informações rapidamente recebem uma extensiva publicidade, sendo largamente publicadas em diversos outras fontes e sites de relacionamentos, intensamente procurada em buscadores (como o Google) ou distribuídas em sites de compartilhamento de arquivos.
Wikipédia


Boa sorte a todos que estão concorrendo ao vestibular da IFG

Pós-Zumbis 3ª temporada (8)


 Para ler os anteriores CLIQUE AQUI!
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Morosidade

                   E amanhece. Camaleão mal havia dormido, R. tão pouco, rogava a qualquer entidade ou causalidade universal que dissesse-lhe onde estava Monquei; Linda dormiu bem, mas pouco; Albinati passou a noite revezando entre lágrimas e lamúrias. Fronrel dormia como se a rotação terrestre dependesse da atividade.
                                      Todos tinham fome, mas bastava uma olhadela pela janela para descartar a ideia de ir atrás de comida. Era cedo, horário em que as ruas se transformavam em diques estourados que jorravam gente. A quantidade de zumbis era assustadora. Assim como os auto-falantes anunciando as extremas vantagens sexuais de se comprar o desodorante x, a maquiagem y... Linda olhava aquela cena da janela empoeirada e de madeira apodrecida e sentia um ódio mortal; havia depositado fé em Fronrel, havia abandonado uma grande oportunidade de entregá-los às autoridades para seguir as frivolidades daquela mente tão surrealmente cativante; havia renunciado a tudo isso para ver um deles morrer explodido, um desaparecer, duas garotas ficarem histéricas, um tentar reanimar a todos e Fronrel despirocar em um louco que acha que leite jorra de pedra. O que a freava de ir embora? Se ela colocasse a ideia à prática nenhum deles impedi-la-ia, então o que ela estava fazendo ali? Conjecturava, ora pensava em abandonar o barco e se virar sozinha, mas então olhava para Fronrel e pensava que não podia abandoná-lo assim, depois sentia um ódio mortal de si por ter se apegado àquele grupo. E assim ficaram. À hora do almoço R. finalmente diz o que todos sentiam, diz que tinha fome. Linda diz que o melhor é esperar anoitecer, todos consentem, embora os estômagos pareçam ter ressalvas quanto ao comum acordo.
                Ocasionalmente um carro de polícia passa. Nossos protagonistas tomam cuidado nesses instantes para não serem vistos. Ouvem também alguns alertas sobre pessoas extremamente perigosas que escaparam da cadeia, era um alerta sobre eles; o alerta dizia que eram terroristas, terroristas subversivos, uma ameaça à sociedade e que, se vistos, deviam imediatamente ser denunciados às autoridades competentes.
                Cai a noite

Remoto controle

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Pela tela, pela janela, quem é ela? Quem é ela? Vejo tudo em quadrados. Atrás de sua máscara, será que tem alguém? Alguém que também chore até o sal lacrimoso fazer sangrar o frágil do olho. Meu desenho não tem nenhum significado, o legal foi que ontem à noite, bem tarde, após horas espirrando e sentindo meu nariz entupido, enfiei o dedo dentro de uma das covas nasais e ao retirá-lo veio junto um desses quadradinhos vermelhos e não tão pequeno!

Se sentindo como Winston?

               Que tal tirar o dia para defender a sua liberdade de uso da internet?

               "O Stop Online Piracy Act (em tradução livre, Lei de Combate à Pirataria Online), abreviado como SOPA, é um projeto de lei da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos de autoria do representante Lamar Smith e de um grupo bipartidário com doze participantes. O projeto de lei amplia os meios legais para que detentores de direitos de autor possam combater o tráfico online de propriedade protegida e de artigos falsificados." (Wikipedia)



               http://occupywallst.org/sopa/
          

Como PIPA pode te afetar?

PIPA

  • Forçará os provedores de internet americanos a bloquear o acesso a sites considerados coniventes com a violação de direitos autorais;
  • Abrirá processos contra mecanismos de pesquisa, blogs ou qualquer outro site para que estes se desassociem daqueles considerados favorecedores de pirataria;
  • Será capaz de forçar patrocinadores a abandonar os serviços de publicidade em qualquer site considerado infrator;
  • Empresas também terão o poder de processar qualquer site criado após a aprovação da lei por não serem aliados do "combate à pirataria".





                             

*E um bônus:

Páginas cheias, mas cheias de quê? / 300 POSTS!

Dê o play e comece a ler
                Não sei se é uma alteração recente de percepção ou se é realmente uma mudança de hábitos, mas a leitura, antes tão marginalizada e alvo de críticas pela parcela "maneira" da sociedade, parece agora estar em voga. À primeira vista parece algo bom, mas a realidade é um pouco mais fétida, como sempre, aliás. Cresce o número de leitores, isso é um fato estatístico, mas esse número cresce somente em referência ao consumo dos ditos Best-Sellers, que ultimamente têm me causado cada vez mais VONTADE DE VOMITAR!
                Ocorre que o livro; por sua marginalização, talvez; tornou-se superestimado. A leitura, independentemente do conteúdo, passou a ser bem vista de maneira geral. Daí quem lê ‘crepúsculo’, para a população em geral, está no mesmo saco de quem lê ‘A Metamorfose’, de Kafka; aliás, tem até mais status, uma vez que crepúsculo é maior em número de páginas. Claro, falo isso ao público em geral.
                Porque hoje ficou assim, antigamente ser o “nerdão” era motivo para ser o escrotizado, mas agora ser “nerdão” está em voga (não que leitura e nerdisse esteja indissociavelmente ligados, mas é o que os ignorantes acham), mesmo não sendo nerd de verdade, então virou Status frequentar livrarias, não porque sinta prazer em escolher um bom livro, mas sim porque sair de lá com qualquer coisa debaixo do braço torna você mais aceito nos atuais parâmetros.
                Não sei quando vão separar o joio do trigo, mas essa confusão de achar que qualquer um com um livro debaixo do braço é intelectual é entristecedora.
                Só para dizer, eu não tenho nada contra quem lê Best-Sellers, o que estou argumentando nesse texto é meu desafeto com essa generalização.
                Essa ideia de que o livro é um portal ao saber... Meus bagos. Um bom filme, uma boa MÚSICA que seja, tem o mesmo potencial de transposição de ideias que um Livro. Se você acha que não, é porque também só vê Blockbusters e só ouve a merda que tocam na rádio.
                Então, mães e pais, não fiquem assim TÃO FELIZES quando seu filho pedir aquele livro que os colegas de sala comentam tanto, sobre um bruxo, um vampiro, um ladrão de raios ou coisas do gênero. Não digo para não se alegrarem, afinal: é um começo. Ele está ingressando no mundo da leitura, mas é o Maternal do mundo da leitura, não é como se ele fosse um gênio com Q.I. do Stephen Hawking. E torçam para ele sair do "só isso" em um ano ou dois.

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Ps: tenho gostado dessa associação entre trilha de fundo e textos. 
PPs: o texto ficou uma merda, mas perdoem-me
PPPs: sábado sai especial do pós-zumbis, episódio gigante e foda.
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Além do textinho mequetrefe, a data de hoje é marcada pelo post de número TREZENTOS de sparta. Sim, como em toda marca de centena, "quem diria". Cá estamos, trezentos posts, muita coisa foi escrita, e o que posso dizer, e penso estar dizendo em nome de todo "Le Macahdo del Eugênio", é que gostamos disso. Escrever aqui diariamente é um prazer dos que não se encontra em qualquer calçada, e esse prazer só é possível pois existem aqueles que leem o que aqui é postado. Por isso, leitores, muito obrigado.

A superstição do pombo


                Imagina se não fosse bacana dizer “Eeei, Big Brother é ridículo, hahaha!”. Não, nem imagina. A verdade é que é muito interessante a imagem que desprezar o antiquíssimo programa de televisão confere a qualquer indivíduo.
                Porque é disso que somos feitos hoje em dia. Escapamos da resignada ignorância da Idade Média; lutamos por genuínos ideais libertadores no início da segunda metade do século vinte, muitas vezes embriagados no “cálice da onda”, diga-se de passagem; banqueteamos sob as bandeiras da globalização e empanturramo-nos uns aos outros com informação. Tudo isso para chegarmos aqui, no tão aclamado ano do fim do mundo (mais uma bela interpretação mal feita...) e bradarmos ódio à falsidade e à indústria de massa. Mas por trás de toda essa insurreição, buscamos o quê? Eu respondo a minha pergunta: buscamos esculpir uma imagem, polir a careca gorda e vendida, sermos absorvidos e aceitos e engolidos pelo sistema que tão levianamente acusamos e avidamente nutrimos.
                Não que eu goste de Big Brother. Não gosto, mas não escrevo isso na minha testa ou no status do facebook, enquanto secretamente assisto à merda toda (é o “guilty pleasure” de muitos, eu sei).
                Até porque, pra mim, BBB é como quase todo o resto da programação da televisão brasileira: lixo. Tem mulheres vulgarizadas? Padrões de beleza cultuados? Publicidade animalesca agredindo os olhos? Sim. Mas é isso que vejo nas aclamadas novelas. Engraçado como num país onde os negros são quase metade da população, estes mesmos não são nem uma fraçãozinha dos participantes do programa. Ah, isso me lembra dos milhares de protagonistas de novelas que são negros...
                Acho que ninguém sai por aí dizendo que a merda A é asquerosa, mas a B nem tanto, dá até pra comer. Por isso mesmo não deviam sentar nos seus rabos hipócritas e dizer que BBB é uma ofensa à inteligência do povo brasileiro.
                O mundo inteiro é uma ofensa à inteligência do ser humano.
                A miséria de muitos em face da riqueza absurda de outros é uma ofensa. As perseguições discriminatórias por qualquer motivo são uma ofensa. O consumismo predatório é uma ofensa.
                E, por último, um desabafo: o Michel Teló é uma ofensa à inteligência de qualquer um, além de ser uma ameaça à minha saúde mental!
                Não o BBB. Todos sabemos que a televisão só produz o que muita gente está disposta a comprar. Ele é só um reflexo da sua própria burrice. Da minha burrice. Conforme-se com isso.

                Ps. Hoje, a Universidade Federal de Goiás divulga as notas do processo seletivo 2012-1. (Chalenge accepted, como adoraria dizer, e provavelmente disse, o From Hell).

Vamos dançar o Futterwacken!

Você pensa em seis coisas impossíveis antes do café-da-manhã?
   Já teve aquela sensação que algo realmente grande e importante está acontecendo bem na sua frente, mas não consegue enxergá-la? A famosa causa do Elefante no meio de uma sala; algo tão grande e fora do esperado, incomum para aquele local e aquelas pessoas de forma tão repentina que as pessoas tendem a ignorá-lo inconscientemente ou simplesmente por estar ali todos os dias do seu cotidiano e não lhe parecer grande coisa, nada útil que interfira muito no mundo (no seu mundinho).
    Poderia talvez isso estar preso em um campo de improbabilidade? Ou algo mais eficaz, um campo de ignorância?
    Seja como for, está lá! Ou melhor dizendo: aqui! E apesar da nossa [ou só minha (sei lá)] cegueira sobre isso, se é que há um "isso", é suficiente para ativar e sensibilizá-nos (nosso sexto sentido, talvez).
Você já tentou fazer algo do que achava impossível depois do café-da-manhã?
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   Enquanto isso nos bastidores da internet a briga está feia!!! Nada causou tanta polêmica na internet até agora quanto as leis Stop Online Piracy Act (SOPA) e PROTECT IP; Será o começo de toda "a" manipulação?

   Como o assunto já foi abordado (mesmo que de leve) em um tópico anterior (< na terceira parte do tópico), continuaremos atualizando sobre o que há de novo, o que por enquanto é só o aumento nos protestos (apesar de nada ainda no Brasil).
   Para quem está perdido, dê um look aqui: http://tecnoblog.net/87360/sopa-protect-ip-pirataria/

Abaixo dois vídeos que acho extremamente relevantes:


A explicação - Luís Fernando Veríssimo

               Uma vez escrevi sobre a informatização no espiritismo — tinha lido em algum lugar que os computadores substituiriam os médiuns — e, como esperava, recebi algumas cartas de protesto contra o comentário, considerado desrespeitoso.
                Está certo, deve-se respeitar a crença dos outros. Talvez a descrença seja apenas uma falta de imaginação. São tantas, tão variadas e tão literariamente atraentes as explicações metafísicas sobre o que, afinal, nós estamos fazendo neste mundo e o que nos espera no outro que não crer em nada, longe de ser uma atitude racional e superior, é uma forma de burrice.
                De não saber o que se está perdendo. O negócio é ser pós-moderno e desistir conscientemente do racionalismo, pois, se as explicações finais são tão impossíveis quanto as utopias — e a própria física, quanto mais descobre sobre o mundo, mais perplexa fica —, então o negócio é voltar à mágica e ao deslumbramento primitivo, que são muito mais divertidos.
                É verdade que eu sempre achei a explicação de que não há explicação nenhuma, ou pelo menos nenhuma que o cérebro humano entenderia, a mais fantástica de todas, mas reconheço que é um sumidouro. Não a recomendo. Toda a força, portanto, à imaginação, a todas as escatologias, a todas as seitas e a todos os santos. Tudo se resume naquela música — ou é apenas uma frase? — do John Lennon, Whatever Gets You Through The Night. O que ajudar você a atravessar a noite, está certo. É difícil lidar com toda essa herança que a gente recebe junto com um corpo e uma mente, uma vida finita num universo infinito, sem nem um manual de instrução. No escuro, todas as respostas são válidas, todas as crenças são respeitáveis.
                Eu, por exemplo, estou desenvolvendo a tese de que a explicação de tudo está na alcachofra. Ainda não sei bem onde isto vai me levar, mas sinto que estou perto de uma revelação. Deus é uma alcachofra. Quando desenvolver melhor a ideia, volto ao assunto.

                Autor: Luís Fernando Veríssimo
                Fonte: O Estado de São Paulo, 10/08/2000

Luftballons


Noventa e nove balões vermelhos
Arrastam-se atrás de mim
Como sombras silenciosas dos meus cabelos
Que vão murchando assim como eu, enfim

E a luz do sol e dos pisca-piscas natalinos
Penetra a elástica pele dos noventa e nove
Fios de cabelo finos
Revelando a estática figura que não se move

Dentro de cada um dos balões escarlates
Um pedaço de papel rasgado
Em noventa e nove partes
Que se espalham - estáticas – no interior selado

(Quem nunca se aventurou
A colar um quebra-cabeça
De papéis que outrem rasgou
Naquela raiva que sempre passa
                        -
Não conhece o sabor de arrependimento
E certeza de acerto na boca
Que um dia beijou, pediu, deu alento
A outra boca)

Que palavra eu podia encontrar?
Que lembrança flácida e minha
Um papel rasgado podia mostrar
Senão as antigas de um poetinha?

Um alfinete no bolso, grande!
De um em um vou cutucando
Os quase cem balões de antes
E as palavras explodem, flutuando

Uma palavra é a íris; a outra é o arco
Várias terminam a semana
Outras terminam num barco
Mas quem apagou a luz da cabana?

O cientista

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Alquimia é jeito de deixar o termo mais brando, aquele cientista acordou e disse pro vento: sou bruxo. Abriu o notebook para comprar um par de asas, mas antes mesmo de pô-lo ligado já vinha a campainha com o pessoal do correios a entregar o pedido que ainda não fora feito.
Despenou umas tantas galinhas. Armou um colete de arame. Moldou em madeira oca o feitio das asas. Colou o colete de arame na madeira oca e cobriu-a com as penas. No cadinho fervendo ouro derretido, cuspiu; a mistura que deu-se foi usada para unir o colete às costelas. A pele dali fundiu-se àquilo e as asas já eram parte do corpo do cientista.
E o olho do astrônomo bem no centro, o que tem a ver? É, nem sempre as maiores coisas são feitas para brilhar na ribalta. Nem as centralizadas. Não preste atenção a isto, não. Dê atenção para a florzinha no vaso e para o líquido escuro que escorre dos poros do telefone. O enorme aparelho no centro mostra um olho que também está te vendo pelo telescópio e também se pergunta por que você está aí.

Pós-Zumbis 3ª temporada (7)


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E agora?

                Estavam na mata.
                Sentados no leito de um pequeno córrego que por ali passava. Linda tomava um pouco de água, camaleão advertia-a sobre os riscos de se contrair um verme, R. estava aflita, estressada, queria saber onde Monquei estava, Albinati checava se Fronrel estava ok, Fronrel estava sentado escorado no tronco de uma árvore.
                _ Precisamos saber o que ocorreu ao Monquei. – diz R., aflita
                _ Não sabemos nem por onde começar. – diz Linda.
                _ Talvez devêssemos voltar àquela base e ver se há algo lá que possa nos dizer o que ouve. – retruca R.
                _ MADNESS! – grita Fronrel, erguendo um braço e, logo em seguida, caindo no chão. Albinati escora-o novamente na arvore.
                Todos ficam em silêncio após essa cena.
                Escorre uma discreta lágrima dos olhos de Albinati.
                O que ocorre, caros leitores, é que essa cena desencadeou o esfriamento sanguíneo geral, que, por consequência, lembrou-lhes que, além do desaparecimento de Monquei, um amigo havia morrido, e um outro não tinha, mas estava em um estado deplorável. Escorre uma lágrima dos olhos de Albinati. Albinati começa.
                _ É... é isso, acabou, estão todos morrendo

Estar com Você.


Não meço dizer como é bom estar com você,
Na candura do abraço
No alvo contato da pele,
no embaraço.

Conjecturo sobre o risco, que frequentemente você cita,
 e que concordo não ser baixo,
mas o risco maior para mim é não mais encontrar os seus braços,
com os quais me viciei a dormir enlaçado.

Escusado seria dizer como é bom estar com você.
Mas é uma sensação atávica, por assim dizer: involuntária, que me vem.
E sei que sentes o mesmo, por mais jactancioso que o comentário pareça.

De palavras atípicas e versos inutilizados me valho
 para escrever essa transposição emocional
Mas faço uso dessa convenção apenas por convenção
Uma vez que o beijo urgente, para não dizer desesperado,
E o abraço apertado

Exprimem     o     resultado
Que  me  dá
Estar com você.


com carinho... para uma pessoa aí.

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Ps: Pós-zumbis sai amanhã!

Point me at the sky and let it fly

                                      

            Não é estranho mudarmos tão pouco?
            Não é triste estarmos loucos?
            Brincando no jogo que sabemos que vai terminar em lágrimas, jogo que estivemos jogando por milhares, milhares de anos...

            Se a pergunta fosse para que vivemos e não quem nos criou ou o que ele quer que façamos ou para onde vamos, estaríamos no caminho certo? Talvez só mais deprimidos. E todos sabem que depressão leva à obesidade, à apatia, ao suicídio, ao vazio e aos reality shows. 
            "As religiões são resultado do medo". "A moral de rebanho é necessária, posto que as massas são burras e ocas e precisam de ordens, naturais ou de outros homens". "A promessa do inferno é a garantia do bem estar social".
            As frases acima não são minhas. São do meu alter ego radicalista. Mas onde está a verdade nisso tudo?
            Por um período de tempo que gira em torno de quatro mil anos, estivemos aqui, vivendo mais ou menos como vivemos hoje: nascendochorandocomendocagandodormindofornicandomatandomorrendo. Desde aquele momento em que a história deixou de ser pré-história, talvez. Desde lá estivemos por aqui, fazendo as mesmas coisas que os outros fizeram antes de nós.
            Mas não é preciso exagerar também indo tão longe quanto o remoto tempo dos faraós posando para fotos de perfil em frente ao Nilo. Há dez anos fazíamos o mesmo que fazemos agora. Há cinquenta. Há cem. Há quinhentos anos: sim, podemos achar um milhão de coisas que eles, medievais piolhentos, começaram a fazer, e nós, sapiens sapiens dos sapiens, continuamos a fazer, incansavelmente até hoje.
            Então qual é o ponto?
            Alguns tentam desesperadamente nos dizer que somos únicos, que podemos fazer a diferença, que há um universo aqui dentro, mas tudo o que você pode fazer é estudar até poder ingressar na universidade; estudar mais um tanto para poder arrumar um trabalho; fazer dinheiro para ter a sua própria casa e quem sabe até casar-se; e aí vem o dilema milenar, a esfinge que pouquíssimos Édipos eventualmente derrotaram: ter filhos, perpetuar a miséria e o eterno retorno do miserável ciclo do carbono. Em outras palavras nascerchorarcomercagardormirfornicarmatarmorrer.

And all we've got to say to you is goodbye
It's time to go, better run and get your bags
Nobody cry, it's goodbye
Crash, crash, crash, crash
Goodbye!

Faltam 347 dias e contando...

Ironia: Você sabia que a pessoa que tem fobia de nomes grandes tem hipopotomonstrosesquipedaliofobia!?
(ou seja, quem tem a fobia, nem pode falar que tem a fobia... usahusahuas)
Outras fobias (para os curiosos): > Clicando aqui! <
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    Ladies and Gentlemen,  A Cidade das Artes (não a Cidade das Artes e das Ciências e sim a Ex-Cidade da Música)!
    INDIGNAÇÃO! Pelo menos de minha parte! A obra arquitetonica exposta acima foi apresentada, ainda em maquete, e tinha como orçamento inicial, o estrondoso e extraordinário valor de, R$ 200.000.000,00 O dobro do que foi gasto para construir outro grande projeto cultural de Maia (A Cidade do Samba). Problema? Apesar de eu achar que essa era uma obra desnecessária para o momento, pois o país requer uma atenção financeira muito mais urgente em outras áreas, não sou contra qualquer coisa educacional ou cultural, a não ser que tal coisa seja apenas um pretexto para fazer outras coisas não declaradas, como neste caso, o qual deduzo que é apenas mais um artificio para continuar a corrupção deste Brasil. Já foram gastos mais de 518 milhões de reais na Cidade das Artes, mas do que o dobre do previsto (lembrando que estamos falando de milhões!), mas isso não é o pior. Declararam que o edifício vai precisar de no mínimo 7 milhões anuais só para manutenções básicas e a obra ainda não está pronta! Aparentemente vai ser necessário mais meio BILHÃO para terminar essa obra colossal, com uso de aproveitamento extremamente limitado.
    Sim, isso é dinheiro público, dos nossos impostos, aquele que você paga até quando compra uma balinha e mesmo assim ninguém se manifesta contra esse tipo de coisa. No mesmo bairro desta construção há um hospital que está em decadência... Lamentável!
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    O que você faria se o Google saísse do ar, suas redes sociais offline, sem e-mails, nem navegador de internet, nada. O que aconteceria com o mundo? Apocalipse!?
    Relaxa! O mundo saberá girar sozinho sem ter que pesquisar no Google como fazê-lo. Mas geraria um caos legalzinho rsrsrsrs Seria interessante... ou será...! Isso mesmo "será".
    Você que vive online e acomodado em sua vidinha virtual, desligado totalmente do mundo real e saí do seu quarto só para comer e ir ao banheiro, talvez tenha um "pití" e xingue muito no twitter ao ler as próximas linhas.
     Há uma possibilidade de os maiores sites e afins do mundo virtual fiquem offline em protesto a uma lei dos EUA. Para facilitar minha vida vou colocar uma reportagem escrita por Marlos Mendes, o qual explica bem e em poucas palavras o drama todo:
"    Gigantes como Google, Facebook, Twitter, Amazon, entre outros, formaram a associação NetCoallition e ameaçam fazer “apagão” na Internet. Os sites afirmam que vão sair do ar em protesto contra a lei antipirataria (“Stop Online Piracy Act”) que está em discussão no Senado dos EUA. O projeto responsabiliza por pirataria os portais que permitem aos usuários publicar e distribuir conteúdo multimídia gratuitamente na rede, sem autorização dos detentores dos direitos autorais. Até que as empresas encontrem formas de impedir a pirataria, a pena é de fechamento do site e até cinco anos de prisão para quem descumprir a lei. Estúdios como Warner Bros, Disney e Universal, que deixam de lucrar por conta da distribuição não autorizada, são a favor do projeto.     "
Alguns nomes que já estão na parceria NetCoallition: AOL — eBay — Etsy — Facebook — foursquare — Google — IAC — LinkedIn — Mozilla — OpenDNS — PayPal — Twitter — Wikimedia — Foundation — Yahoo! — Zynga — Game —Network
Site oficial da bagaça: http://www.netcoalition.com/ 

Será que os Maias previram essa greve (para 21/12)? hahahaha 
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    Ao ir no restaurante Milliways, você lerá um pequeno folheto que trás em seus dizeres:

O Universo — algumas informações para ajudá-lo a viver nele

1 — Área: Infinita
O Guia da Galáxia para Caronas oferece a seguinte definição para a palavra
"Infinito”.
Infinito: Maior que a maior de todas as coisas e mais um pouco. Muito maior que isso, aliás, fantasticamente imenso, de um tamanho totalmente estonteante, um verdadeiro tamanho tipo "puxa, como é grande!". O infinito é tão grande que em comparação a ele a própria grandeza parece uma titica. Gigantesco multiplicado por colossal multiplicado por exorbitantemente enorme é o tipo de conceito a que estamos tentando chegar.
2 — Importações: Nenhuma.
Ê impossível importar coisas para uma área infinita, pois não há exterior de onde importá-las.
3 — Exportações: Nenhuma.
Vide Importações.
4 — População: Nenhuma.
Sabe-se que há um número infinito de mundos, simplesmente porque há um espaço infinito para que os haja. Todavia, nem todos são habitados. Assim, deve haver um número finito de mundos habitados. Qualquer número finito dividido pelo infinito é tão zero perto de que não faz diferença, de forma que a população de todos os planetas do Universo pode ser considerada igual a zero. Daí segue que a população de todo o Universo também é zero, e que quaisquer pessoas que você possa encontrar de vez em quando são meramente produtos de uma imaginação perturbada.
[...]
6 — Arte: Nenhuma.
A função da arte é portar o espelho da natureza, e simplesmente não existe um espelho que seja grande o bastante — vide ponto um.
[...]

Honra ao ócio!

E temos mais um merecedor de honras!
Vinnycius Pereira!

Rato de Biblioteca, Revelação Centro-oeste-cerradence do ano
na elaboração de Contos e textos diversos.
Gaba-se por deduzir finais de livros antes que chegue a eles, este é Vinnycius.
Mercedor da medalha na ausência de melhor prêmio por ter vencido  o concurso
de escrita de Conto com o tema: "QUEM SOU EU".
Clique Aqui! para ler o conto.

Conheça nossos outros agraciados CLICANDO AQUI!

Um dia de vinnycius - O preço da Consciência

Há certo tempo atrás, lancei na nossa comunidade do Orkut um desafio: Escrever um conto com o tema "Quem Sou Eu.". Confesso que mesmo tendo pleno entendimento da audiência deste blog, eu esperava um pouco mais de participações, mas well, não vim ficar me lamentando. Houveram alguns concorrentes, recebi alguns textos e todos extremamente bem escritos. Sirvo-lhes agora o que, em minha humilde opinião de merda de juiz, foi o Melhor.
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Gradualmente, pôde enxergar.
As coisas, no início, não tomavam forma, não tinham significado. Eram opacas e fúteis.
O desafio era se movimentar, andava tropeçando em tudo, caia e se machucava muito. E o pior é que nunca aprendia onde tinha as rugosidades maiores, sempre caia no mesmo lugar, lamentável.
Não se sabe o momento certo em que as coisas começaram a mudar, mas para sua sorte, tudo mudou.

Aquela barreira visual levantou junto com ele, mas para sua infelicidade, o mau hálito, os cabelos horríveis e desgrenhados, o sono e a cara amassada se foram depois de escovar e tomar um banho, mas o mesmo não ocorreu com sua costumeira limitação, teve, como sempre, que fazer tudo isso tateando devagar as coisas.
Saiu, e no caminho para onde iria, foi convidado para uma festa. Não sabe por que, mas se desviou do seu caminho original( na verdade nem ele sabia para onde ia) e aceitou o convite. Entrou no carro com os outros, e ajudado por uma pessoa que tinha um toque áspero, mas teve uma imensa impressão que se tratava de uma mulher, entrou no carro

Porqueira


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Porque as coisas sempre caem quando lutam com a gravidade. Porque as charadas que vinham primeiro no “o que é o que é” não lhe tiram mais gargalhadas. Porque o cachorro do vizinho está uivando desde segunda-feira, sem intermitências, e isso é verdade. Porque todas as causas vêm de uma reticência inicial e ninguém sabe onde começou. Porque não terá postscriptum nas deixas escritas na lápide do que falou demais enquanto vivo. Porque mesmo sendo incontáveis os grãos de pó a escapar pelo vão da ampulheta, há mol de tempo e tal se conta, sim. Porque em casa de crente existem santas ceias penduradas, mas nesta o rei dos judeus se caiu para cima quando reparou-se ao lado dos bandoleros de los campos verdes, Don Quijotes de nuestro desierto, como a música diz cantando. Porque nem o cara de caneta bic preta na mão a modelar o cachorrinho que se deita ali no colo da moça pintada a que por ti é assistida parar-se sonhando na cadeira de balanço, nem este cara sabia que podia fazer moto: se perguntar-te por que não batem as proporções do motoqueiro e sua motoca, saibas que a resposta não será que eu cá, inocente, faço isso pela primeira vez, mesmo sendo a primeira, fiz na intenção boa, vai tudo ser proporcional e reto, nada torto; mas já que este tronco torto saiu, foi porque as coisas sempre caem quando lutam com a gravidade. E é o que há no plano, coisas se desapegando da gravidade do mundo a que pertencem para que se tornem ímãs das geladeiras de outros mundos. E a razão do ato? É porque os amantes estão um pensando noutro, um na cabeça doutro, dentro dum devaneio assim: ai de mim se o mundo dela estivesse junto do meu. E porque eu não sofro disso e nunca sofri, fiz um desenho e ri.

Lost for words


                Às vezes não é simplesmente estranho olhar diretamente nos olhos de alguém durante uma conversa? É difícil e, por isso, seus olhos buscam refúgio em qualquer coisa ao redor. Não sei o que Freud disse ou teria a dizer a respeito, mas acho que ele diria que isso é só mais um complexo com um potencial nome grego e uma manifestação das nossas inibições sexuais. Talvez Marx dissesse que nós somos, desde pequenos, condicionados a evitar o contato visual porque, dessa forma, a intimidade seria erradicada e com ela a conspiração. Nietzsche diria, com toda a certeza, que prefere acreditar em globos oculares que dançam tango do que em contato visual.
                Mas já tentou encarar um cachorro? Ele não desviaria os olhos dos seus. Ele não tem complexas expressões faciais para esconder. Um cachorro vai olhar nos seus olhos e deixar que veja tudo o que tem ali dentro até que você se canse. Mas por quê? Porque cachorros não sabem falar. E, portanto, não abandonaram as mais primitivas formas de comunicação: a visão, o tato e o olfato.
                É muito mais fácil falar e falar do que ver. É mais fácil ouvir dando as costas do que dar asilo ao olhar de alguém dentro do seu próprio.
                Por isso o olhar de um cachorro é tão sincero, porque isso é tudo o que ele tem. Ele não sabe da mentira ou das figuras de linguagem. Ele vê e sente, vê e sente. E depois nós é que somos o que há de mais sofisticado e bem sucedido na natureza?
                E isso tudo é só uma confissão. Eu não sou bom em falar, nem verdade nem mentira. E uma das minhas resoluções de ano novo foi só ganhar na próxima mega-sena acumulada.

Pós-Zumbis 3ª temporada (6)


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É chegada a hora dos sacrifícios.

                “E onde diabos está Monquei?”, pergunta o leitor afoito, “Será que é ele a morte que o Narrador prenunciou no capítulo anterior?”, completa o Leitor.
                Adianto, com a minha imutável mania de estragar surpresas, que não, não é ele o sacrifício que a história pede. Agora conjecturo sobre como continuar a narração, se dizendo como nossos amigos escaparão daquele subterrâneo ou não ou se conto o que afinal ocorreu a Monquei. Opto pela segunda opção.
                Bem, comecemos por esclarecer algumas coisas. A razão de todos terem sido capturados, e não mortos, é que a alta cúpula por trás de todo o esquema, enquanto almoçava, decidiu que a melhor maneira de derrubar um inimigo é ter alguém como o inimigo do seu lado, logo, deram a seguinte ordem aos Engravatados: “Tragam alguns ‘rebeldes’ vivos, faremos deles Censores.” Agora a seguinte dúvida pode surgir na cabeça do leitor: “Mas para quê censores?” Bem, a resposta é simples, não era só o grupo que protagoniza essa história que havia resistido à “ameaça zumbi”, haviam outros, alguns potencialmente até mais preparados que nossos heróis

Se parar de correr... bem, não pare


                Ela tinha doze anos, uma meia azul e outra vermelha dentro dos tênis velhos e meio apertados, calça preta e uma blusinha amarela desbotada de mangas compridas e estava correndo como nunca. Fazia frio e a divertida rua dos paralelepípedos estava escorregadia por causa da camada de água e lodo e o que quer que fosse aquilo, ainda intocada no começo da manhã. A menina corria desajeitada sobre aquelas pernas muito finas e porcamente equilibrada por aqueles braços estabanados e tensos. Atrás dela vinham os dois homens mais feios do mundo inteiro: o grosso-redondo-careca e o alto-sujo-alto. Mas ela sabia que as pernas muito finas tinham que ser o bastante, porque, se parasse de correr, era o fim.
                 Uma semana antes tudo isso começou. A mãe foi presa por estar enfiada em algum buraco com bandidinhos fumadores de pedra e ela ainda carregava um monte de dinheiro, que só deus conhecia a procedência. Pelo menos foi isso o que disse o maldito do velho que vivia sentado na frente da casa, sem mais o que fazer além de falar. Mas ela sabia onde a mãe tinha arrumado o dinheiro, só não sabia aonde ela o tinha levado.
                Ela corria com ainda mais força. Gotas cristalizadas de lágrima soltavam-se dos seus olhos enquanto o vento gelado soprava contra ela. A menina magrela de quem ninguém se lembrava nem mesmo quando a mãe foi pra cadeia podia facilmente ser carregada pelo vento num dia normal – essas pernas muito finas não eram feitas para resistir -, mas não hoje. Hoje ela enfrentava dois homens feios e o chão molhado e, se ela parasse de correr, era o fim.
                Foi só quando as coisas do pai começaram a sumir de casa que ela soube que estava realmente sozinha. Ele tinha morrido alguns anos antes por conta de uma doença de nome muito estranho. E então ela e a mãe começaram a ficar pobres, pobres de verdade, por causa do custo do tratamento e todas as dívidas que ficaram, a mãe dizia. Mas só recentemente a mãe teve coragem de vender as coisas do pai, todas as roupas e sapatos e os livros e aqueles lindos óculos de pernas maciças e lentes grandes e grossas.
                A menina vinha a toda a velocidade quando os seus pés eufóricos encontraram uma caixa de papelão abandonada no meio da rua. Ela começou a cair e podia ouvir a respiração bestial do alto-sujo-alto poucos passos atrás. A sua mão livre tocou o chão primeiro e ela sentiu o arranhão quente e úmido que agora marcava a sua pele e a despertava do torpor da queda. Os braços encardidos do homem se esticaram para agarrá-la pelo cabelo, mas ela podia oferecer mais dificuldade do que aquilo. Num instante já estava de novo de pé e contra o vento. E estaria longe se aquelas mãos imundas não estivessem fechadas em volta das pontas dos seus longos fios. A dor foi uma pontada profunda que ecoou por todo o seu corpo e o caldo que escorreu pela nuca era medonho. Logo o homem jogava irado um tufo de cabelo no chão e voltava à sua perseguição. Ela não podia olhar para trás, se parasse de correr, era o fim.
                Onde é que se pode vender coisas velhas?, ela se perguntava sem atinar com a resposta. Pareceu uma eternidade o tempo que ela levou até criar coragem e perguntar para a mãe. A resposta não foi muito educada, como ela esperava, mas foi uma resposta. Soube por quase uma semana, mas não foi até lá. Foi preciso que sua mãe fosse presa, como um catalisador de ânimos, para que ela fosse com os primeiros raios do sol em busca do que era dela.
                O alto-sujo-alto corria muito perto quando ela decidiu virar à direita, e não à esquerda, em direção à ponte. Atrás dela se distanciava a rua vinte e nove, tão calada e protetora. Ali deviam estar o velho e as outras pessoas que olhavam torto para ela e a mãe, todos eles torcendo pelos homens feios, mesmo sem saber nem um pingo da verdade. Seus pés tocaram a vacilante madeira negra da ponte e embaixo dela o rio corria calmo e austero, como um abraço de avô. Teve que diminuir o ritmo, com medo de pisar muito forte na madeira frágil. Ela sabia que o grosso-redondo-careca já havia desistido muito tempo atrás e caído ofegante pelo caminho. Mas o alto-sujo-alto não, e nem a instabilidade da ponte o fez diminuir. Era medo o que fazia todos os seus membros formigarem. Pressionou com força o bolso da calça. Se ela parasse de correr, era o fim.

Quão poder nós temos?

    Uma pessoa sozinha não pode mudar o mundo? Quem disse isso?
    Basta uma simples ideia! Veja Bill Gates, Steve Jobs... Nomes provavelmente conhecidos para você, mas já leu suas biografias? Eram apenas pessoas comuns com determinação, boas intensões e força de vontade, tentando colocar em prática uma simples ideia. Sim, sozinhos! Sozinhos no início, pois logo muitos começaram a seguí-los, viam neles uma vontade de lutar por algo e uma coragem que lhes permitiam "andar" e olhe só: você lendo esse texto!
    Saiba que ninguém dará o primeiro passo para você, tanto porque não podem, mas ao dar esse passo você descobrirá que pode muito mais, e verá que já sozinho consegue mover montanhas e com um pouco mais de gente conseguiram parar mundo. Não acredita? Olhe em volta! Um pequeno lapso desse poder da humanidade está se mostrando. Final de ano, muitas pessoas "do nada" começam a doar presentes, dinheiro e até se doarem para ajudar o próximo.(Isso não muda o mundo? Então você nunca percebeu o efeito dominó que isso trás. Veja um exemplo comum, mas nesse caso ficcional: Uma pessoa trabalha em um aterro sanitário, nunca teve oportunidade nenhuma, mas sempre foi esforçada e dedicada. Eis que chega o final do ano, pessoas começam a ajudar, colaborar e a ver essas pessoas que trabalham no "lixão", que antes eram invisíveis aos seus olhos (seria por causa da correria do dia-a-dia ou simples egoismo? Não importa! Não agora...). Tais pessoas que começaram a receber uma pequena atenção agora comem bem por causa de uma cesta básica doada e consegue agora alugar um quartinho em um puxadinho de um barracão, com o dinheiro antes destinado a comida. Mais ajeitada, aproveita a oportunidade que o comércio oferece, de vagas temporárias (típico desta época do ano), mas com tamanha determinação que sempre teve logo consegue o emprego permanente... 6 anos depois essa mesma pessoa é gerente da loja e já mora na capital. Para não negar suas origens ela ajuda todo final de mês com 20% do seu salário o povo do aterro sanitário, pois aqueles, nem se ela quisesse, seriam invisíveis para ela. Esses 20% doados transformarão mais vidas! E a história continua.)  Conseguem estabelecer um momento de paz no mundo (Réveillon), se unirem e celebrar até mesmo com quem não conheces sem nenhum motivo verdadeiro. Paz até mesmo durante guerras: veja um dos maiores exemplos disto (clicando aqui).
    Ou vai chamar o Réveillon de um motivo verdadeiro? Não passa de uma data convencional prosseguidos por eventos aleatórios que não foi estabelecidos ao acaso. Vejamos, dos 365 dias e 1/4, quem escolheu que esse dia ia ser o primeiro do ano? Já sabemos que Jesus de fato não nasceu dia 25/12, por que persistimos com a data? Se reiniciamos o calendário do zero só por causa de Cristo, por que o natal não é dia 01/01? Que bom que a maioria está de férias e recebendo seus 13º salários (se for um "bom" político,a té 15º)!
    Acaso ou não, vemos no final de cada ano o poder que nós temos de poder mudar o mundo com nossa força de vontade. Transformar! Assim como com dois já podemos também criar uma guerra e conseguir mudar o mundo.
    Mas esse papinho de que temos poder é só conversa! Vou avisar isso para os ditadores afora e aos manifestantes de rebeliões e primaveras.
    *mas voltando*
    Saiba que não há muitos seres de espíritos convictos e caminhantes por ai, pois as pessoas se acovardam e temem por tomarem decisões, não querem nem correr o risco (e se erram?), e se ocultam atrás de lideres, estes, como já dito, com boas intenções e sabemos que no inferno está cheio de pessoas com boas intenções (né, Adolf H.).
    Quando suas atitudes começar a falar por ti, você começará a se destacar mais do que os outros e estes passaram a te respeitar e posteriormente a lhe seguir, te ajudar.
    Independência, Firmeza, Autonomia, Coragem e Determinação!