X-glota

       Dois anos se passaram e o blog sobreviveu ao tempo. Quem diria...  :]

       Gostaria de reservar esta linha para agradecer quem aguardou pelo nosso retorno.
       E esta linha para odiar os "spammers" que tomaram conta durante nosso recesso.
     
#     Como prometido, em Março, cá estou! Aproveitem a volta da temporada de Doctor Who hoje! :)
Game of Thrones third season tomorrow!

Sem mais delongas, ao texto:


       O X é você quem escolhe! E hoje, a pedido de um amigo, através da minha perspectiva, darei algumas dicas, nada extraordinário, novo ou inovador, apenas uma visão pessoal, de como aprender um outro idioma. Aconselho a não encarar o texto como um guia ou algo do tipo, pois cada um aprende melhor de um jeito, através de sua própria metodologia. Só espero que o texto a seguir ajude a achar este melhor caminho. (Farei uma abordagem, como se o foco fosse aprender o idioma como um todo e não de forma "instrumental" — apenas saber ler para poder fazer uma prova e nunca mais).

       Cada civilização possui sua própria história, que pode até se assemelhar em certos pontos com algumas outras, mas nunca será a mesma, e entender isto é essencial para compreender que o idioma foi, muito provavelmente, estruturada em cima de uma lógica diferente da sua língua materna.
       Se você já viu algum vídeo de beatbox, tem já alguma boa noção de que conseguimos produzir uma variedade inestimável de sons somente pela boca. Aceite logo de inicio que você estará lidando com uma outra fonética, por isto não tente acochambrar (como por exemplo, no inglês, fazer o "th" como se fosse um "f").
       Aprender outro idioma não é adaptar seu idioma-pátrio para falar diferente, é expressar uma evolução histórico-cultural através de sons (palavras); é verbalizar ideias e expressões capazes de fazer atingir outros povos; é se expressar de forma diferente e interiorizar um conhecimento que passou séculos pelo (espaço-)tempo para se formar. Uma forma simples imediatista de se entender isto são expressões linguísticas que temos e não têm significado lógico em nenhum outro idioma e vice-versa (e quando isto conflita com o mundo palpável, temos de utilizar o artifício do estrangeirismo).
       Entenda que o começo é sempre bastante complicado e difícil, pois você não está habituado com a lógica do idioma (ajuda você evitar questionamentos sobre a necessidade e compreensão de tais artifícios lógicos da língua. Primeiro, como eu disse, o idioma sobreviveu por séculos, porque as pessoas conseguem se entender e todo idioma se permite ambiguidades — se não, não haveria textos-poéticos. E que diferença irá fazer você questionar, por exemplo, qual a necessidade de se conjugar verbos ou não, se isto não mudará a gramática do idioma? Você só estará criando barreiras entre você e a língua). Ajuda é sempre bem-vinda neste primeiro estágio. (Recomendação: Compre uma boa gramática logo no inicio. Mas pesquise MUITO primeiro para certificar-se que é uma boa aquisição — se muitas pessoas, que merecem certo crédito e respeito, indicam a mesma gramática).
       Particularmente, eu recomendaria você fazer um semestre ou dois de aulas do idioma em questão com um professor, pois você estará andando por territórios desconhecidos, e sozinho o caminho será mais árduo. Ter alguém para corrigir os erros mais simples e básicos logo no começo é essencial, pois se não você fará todo um aprendizado baseado no errado. Além de ser uma pequena estratégia. ;)
       Em um ou dois semestre acho que a lógica Básica já deve estar bem firmada. Dai para frente, seguir sozinho é uma boa opção (continuar em "cursinho de idiomas" seria um desperdício de dinheiro. Comece a juntar o dinheiro que você pagaria nas mensalidades a partir dai — já já vamos resgatar este dinheiro). Dê uma boa olhada em sua gramática. Volte revisando tudo que você já viu e siga adiante com a parte um pouco mais complexa da gramática (que provavelmente já será a parte final dela)*. E abuse do seu antigo professor.
       Professores de idiomas costumam ser bastante gentis e dispostos a ajudar. Durante o curso que você fez com ele(a)(s), estabeleça contato (virtual — Facebook, por exemplo) e sempre que necessário, tire suas dúvidas com ele(s) (muitas vezes eles conseguem te explicar em poucas palavras o que textos enormes de sites renomados não conseguiu). Yahoo!Respostas costuma ser uma mão na roda também. ;)

O apanhador no campo de centeio


            "Then, just to show you how crazy I am, when we were coming out of this big clinch, I told her I loved her and all. It was a lie, of course, but the thing is, I meant it when I said it. I'm crazy. I swear to God I am.

            'Oh, darling, I love you too,' she said. Then, right in the same damn breath, she said, 'Promise me you'll let your hair grow. Crew cuts are getting corny. And your hair's so lovely.'

            Lovely my ass."


Dia(s) da mulher


            O oitavo de março é o dia em que se “comemora a mulher”. Dispensável é contar toda a história da significância da data, já que todos sabemos das lutas históricas de grupos feministas, das atrocidades contra protestantes e toda a degradação em geral contra o sexo feminino. Ou será mesmo tão dispensável assim?
            A verdade é que, como quase todas as outras coisas nesse vasto mundo, o Dia da mulher adquiriu um significado muito diferente daquele inspirado pela militância em favor da igualdade sexual. Aquilo que deveria ser uma lembrança de que a luta continua agora é show de declarações infantis de admiração às mulheres. E é importante dizer: uma admiração carregada de machismo, pois as características exaltadas nada têm a ver com uma igualdade de competências entre os sexos. Beleza, sensibilidade, maternidade... por aí segue a lista dos atributos que, segundo os mais qualificados praticantes do bom “Feliz dia da mulher”, são os merecedores de destaque em qualquer mulher.
            Na minha parca compreensão dos problemas do mundo, isso está muito longe daquilo que precisamos. Porque precisamos desesperadamente, sim, de consciência, de capacidade de admitir erros, enfim, de honestidade. E não são uma rosa e uma caixa de chocolates por ano a recompensa por uma vida de discriminação e desigualdade. Prefiro nem chamar de recompensas: são restituições. Como diria o poeta nordestino, “Se não fosse a mulher mimosa flor, a história seria mentirosa”.


            PS. Depois de muitos dias fora do ar, voltei. Se ainda gosta disso aqui e acha que seria legal que continuássemos, demonstre! Curta, comente, compartilhe. Não é vaidade, só não queremos ficar naquela de ‘escrever’ pras paredes.