tag:blogger.com,1999:blog-3899872940305594932024-03-06T02:33:37.238-03:00Machado de Eugênio - Há DEZ ANOS rachando cabeças!Blog de conteúdo humorístico e intelectual e com postagens periódicas que vão rachar a sua cabeça!Ian \ohttp://www.blogger.com/profile/08177985698477027655noreply@blogger.comBlogger561125tag:blogger.com,1999:blog-389987294030559493.post-15301880375732202962014-01-19T20:21:00.002-02:002014-01-19T20:21:19.663-02:00Antes de prosseguirmos... Uma pequena observação sobre duas palavrinhas: <i>SINTAXE (lê-se /sintasse/, e não /sintacse/)</i> e <i>INEXORÁVEL (lê-se /inezorável/ e não /inecsorável/)</i>.<br />
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Agora já podemos ir adianteАлиссон PП / Alisson RPhttp://www.blogger.com/profile/01718975907271243981noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-389987294030559493.post-1104477941997996872013-07-21T22:01:00.004-03:002013-08-24T23:22:59.198-03:00Map and Fire and Knife and Key and O que mais te aflige na vida se não o desnorteamento, a perda de direção, sentidos, objetivos e prioridades?<br />
Alguns tolos poderiam chamar de crise existencial, mas não é nada disso — ou talvez seja tudo isso.<br />
Não me pergunto "por que estamos aqui", "de onde viemos", "para onde vamos" e/ou "qual é o sentido da vida, universo e tudo mais". Me contentaria com <i>42</i>, pois isso particularmente não me interessa, talvez porque eu saiba que não está a meu alcance. O que eu me pergunto é "o que eu quero fazer da minha vida", e não "qual o objetivo de minha existência". Talvez tudo se resuma em destino e talvez eu não devesse pensar muito sobre o assunto e só deixar que aconteça o que tenha que acontecer (<i>ka</i>), porém, e se o destino estiver no fato de estar contando com meu livre arbítrio, em que eu chegue a tal conclusão de minha vida e faça tais coisas baseadas nessa conclusão pensada? Neste caso o pensamento de destino e de que já há um plano e um roteiro o qual só deva atuar, só atrapalhe, e de uma forma ou de outra, não nos levará a lugar algum e por fim só é uma preguiça disfarçada no repudiamento que você tem de assumir a liderança e a frente das coisas e de aceitar as consequências dos atos, por piores que sejam.<br />
Mas enfim, o que farei de minha vida? Qual será meu propósito que me fará seguir adiante? Quais são meus ideais e minhas convicções? Me parece que eu tinha todas essas questões resolvidas, porém de repente elas me pareceram vãs, fracas e sem sentido. Parece até que defendo certas ideologias e pratico outras por estar de mãos atadas. Quem sabe não é uma boa e reforçada prisão ideológica, a qual minha mente se debate?<br />
Talvez me ajude pensar qual nome eu gostaria de ser chamado, pois "o nome que nos damos é como se fosse uma promessa que fazemos a nós mesmos", uma das maiores, se não a maior delas. <i>Do que você se nomearia? </i><br />
Qual é o objetivo de sua vida além de crescer, ser feliz e ficar rico? Me parece meio mesquinho não? Me parece uma ideia já pronta e formulada. Uma trilha para a qual você foi empurrado e por covardia ou medo ou falta de interesse (preguiça), talvez tenha se reconfortado em estabelecer a sua vida medíocre através de metas em etapa: 'Primeiro ficar rico. Dai quando eu tiver dinheiro eu... eu... eu penso depois, mas com certeza quando eu tiver dinheiro eu poderei ajudar a melhorar o mundo.' É incrível como iludimos nós mesmo e nos enganando constantemente; acabamos por acreditar e nos convencer de que queremos ficar ricos por uma nobre causa. 'Eu quero papel colorido com números que possuí poder sobre os de mente fraca!'<br />
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<br />
<i>Qual o seu nome? </i><br />
Deixe-me perguntar de outra forma:<br />
<u>De que posso chamá-lo?</u><br />
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"<i>Em que posso ajudar?</i><br />
[...]<br />
<i>O que está procurando?</i>"<br />
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<div style="text-align: right;">
<span style="font-size: x-small;">"Sweet dreams are made of these</span></div>
<div style="text-align: right;">
<span style="font-size: x-small;">[...]</span></div>
<div style="text-align: right;">
<span style="font-size: x-small;">Travel the world and the seven seas</span></div>
<div style="text-align: right;">
<span style="font-size: x-small;">Everybody's looking for something"</span></div>
<br />
<div style="text-align: left;">
<br />
"<i>Defenda-se.</i></div>
<div style="text-align: right;">
<span style="font-size: x-small;">(a melhor defesa é o ataque)</span></div>
<br />
<i>Quem não luta por alguma coisa, cai por qualquer coisa.</i><br />
[...]<br />
<i>Para todos aqueles que lutam, a vida tem um sabor, que os medrosos jamais conhecerão.</i><br />
<br />
<br />
<div style="text-align: right;">
Nunca abandones teus sonhos. Sem eles podes continuar a existir, mas deixas de viver.</div>
<div style="text-align: right;">
<i>Mark Twain</i></div>
<br />
<br />
"<i>Quem envia monstros para nos matar?</i><br />
<i>E ao mesmo tempo, canta-nos que nunca iremos morrer?</i><br />
[...]<br />
<i>Quem decide porque vivemos, ou pelo quê daríamos a vida lutando?</i><br />
(...)<br />
<i>Quem nos prende?</i><br />
<i>E quem possui a chave que pode libertar-nos?</i><br />
<br />
<b><i>És tu!</i></b><br />
<i>Tens todas as armas que precisas. </i><i style="font-weight: bold;">Agora, lute! </i>"<br />
<div style="text-align: right;">
<i>Sucker Punch</i><br />
<div style="text-align: left;">
<i><br /></i><i><br /></i><br />
<div style="text-align: right;">
<div style="text-align: left;">
Mas lembre-se, aqueles que lutam apenas por si mesmos <span style="font-size: xx-small;">(por inveja)* </span>nunca conseguirão vencer aqueles que lutam por seus<i> ideais</i> — se estes são fortes e convictos, a ponto de eles por si próprios dizerem quem você é, muito mais além do que as palavras poderiam dizer.</div>
<div style="text-align: left;">
<span style="font-size: x-small;"><br /></span></div>
</div>
<div style="text-align: right;">
"<i>The souffle is not the souffle, the souffle is the recipe! </i>"</div>
<br />
<div>
</div>
</div>
<div>
<br />
<div style="text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="344" src="//www.youtube.com/embed/fi_rGnw_B9A" width="459"></iframe>
</div>
<div style="text-align: left;">
<span style="font-size: large;">I really wanna know!</span></div>
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
<div style="text-align: right;">
<span style="font-size: x-small;"><a href="http://translate.google.com.br/#en/pt/way"><span style="color: #93c47d;">W</span>ho <span style="color: #93c47d;">A</span>re <span style="color: #93c47d;">Y</span>ou</a>?</span></div>
</div>
<a name='more'></a><div style="text-align: left;">
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
Aqueles que traem a causa, a sua própria causa, não merecem honras e nem uma morte digna.</div>
<div style="text-align: left;">
Aqueles que morreram sem uma causa, merecem nossas orações, pois eram apenas almas perdidas. Almas vegetativas.</div>
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
<span style="font-size: xx-small;">*Inveja não é olhar para a grama do vizinho, vê-la mais verde e desejar que a sua fosse pelo menos um nível melhor, é desejar que a dele fosse pelo menos um nível pior que a sua.</span></div>
<div style="text-align: left;">
<span style="font-size: xx-small;">Nesse caso, referia-me ao 'ser por ser', para tentar ser o melhor simplesmente para ter mais destaque, "massagear o ego" e receber gracejos...</span></div>
<div>
<span style="font-size: xx-small;">
</span>
<br />
<div style="text-align: left;">
<span style="font-size: xx-small;"><br /></span></div>
</div>
</div>
</div>
Алиссон PП / Alisson RPhttp://www.blogger.com/profile/01718975907271243981noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-389987294030559493.post-85700470973917173682013-06-06T21:11:00.001-03:002013-06-06T21:15:51.084-03:00UEG de greve<i>Publicação da participação de uma leitora do blog:</i><br /><br /> "Universidade Estadual de Goiás (UEG) está de greve a 45 dias. Petição para mobilizar a sociedade, por que a sociedade tem que saber que o Governo Marconi abandonou a UEG, mais informações: <i>MobilizaUegPetição</i>: <a href="http://www.avaaz.org/po/petition/Investimentos_na_UEG_reestruturacao_ja/?fXudNeb&pv=3">http://www.avaaz.org/po/petition/Investimentos_na_UEG_reestruturacao_ja/?fXudNeb&pv=3</a> "Алиссон PП / Alisson RPhttp://www.blogger.com/profile/01718975907271243981noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-389987294030559493.post-17206259899703960012013-03-30T18:30:00.000-03:002013-04-07T22:19:23.746-03:00X-glota Dois anos se passaram e o blog sobreviveu ao tempo. Quem diria... :]<br />
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Gostaria de reservar esta linha para agradecer quem aguardou pelo nosso retorno.<br />
E esta linha para odiar os "spammers" que tomaram conta durante nosso recesso.<br />
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# Como prometido, em Março, cá estou! Aproveitem a volta da temporada de <b><i>Doctor Who</i></b> hoje! :)<br />
<i>Game of Thrones</i> third season tomorrow!<br />
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Sem mais delongas, ao texto:<br />
<div style="text-align: right;">
<br /></div>
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<i>O X é você quem escolhe!</i> E hoje, a pedido de um amigo, através da minha perspectiva, darei algumas dicas, nada extraordinário, novo ou inovador, apenas uma visão pessoal, de como aprender um outro idioma. Aconselho a não encarar o texto como um guia ou algo do tipo, pois cada um aprende melhor de um jeito, através de sua própria metodologia. Só espero que o texto a seguir ajude a achar este melhor caminho. (Farei uma abordagem, como se o foco fosse aprender o idioma como um todo e não de forma "instrumental" — apenas saber ler para poder fazer uma prova e nunca mais).<br />
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<b><span style="font-size: large;">C</span></b>ada civilização possui sua própria história, que pode até se assemelhar em certos pontos com algumas outras, mas nunca será a mesma, e entender isto é essencial para compreender que o idioma foi, muito provavelmente, estruturada em cima de uma lógica diferente da sua língua materna.<br />
Se você já viu algum vídeo de <i>beatbox</i>, tem já alguma boa noção de que conseguimos produzir uma variedade inestimável de sons somente pela boca. Aceite logo de inicio que você estará lidando com uma outra fonética, por isto não tente acochambrar (como por exemplo, no inglês, fazer o "th" como se fosse um "f").<br />
Aprender outro idioma não é adaptar seu idioma-pátrio para falar diferente, é expressar uma evolução histórico-cultural através de sons (palavras); é verbalizar ideias e expressões capazes de fazer atingir outros povos; é se expressar de forma diferente e interiorizar um conhecimento que passou séculos pelo <span style="color: #666666; font-size: xx-small;">(espaço-)</span>tempo para se formar. Uma forma simples imediatista de se entender isto são expressões linguísticas que temos e não têm significado lógico em nenhum outro idioma e vice-versa (e quando isto conflita com o mundo palpável, temos de utilizar o artifício do estrangeirismo).<br />
Entenda que o começo é sempre bastante complicado e difícil, pois você não está habituado com a lógica do idioma <span style="font-size: xx-small;">(ajuda você evitar questionamentos sobre a necessidade e compreensão de tais artifícios lógicos da língua. Primeiro, como eu disse, o idioma sobreviveu por séculos, porque as pessoas conseguem se entender e todo idioma se permite ambiguidades — se não, não haveria textos-poéticos. E que diferença irá fazer você questionar, por exemplo, qual a necessidade de se conjugar verbos ou não, se isto não mudará a gramática do idioma? Você só estará criando barreiras entre você e a língua)</span>. Ajuda é sempre bem-vinda neste primeiro estágio. (Recomendação: Compre uma boa gramática logo no inicio. Mas pesquise MUITO primeiro para certificar-se que é uma boa aquisição — se muitas pessoas, que merecem certo crédito e respeito, indicam a mesma gramática).<br />
Particularmente, eu recomendaria você fazer um semestre ou dois de aulas do idioma em questão com um professor, pois você estará andando por territórios desconhecidos, e sozinho o caminho será mais árduo. Ter alguém para corrigir os erros mais simples e básicos logo no começo é essencial, pois se não você fará todo um aprendizado baseado no errado. <span style="font-size: xx-small;">Além de ser uma pequena estratégia.</span> <span style="font-size: xx-small;">;)</span><br />
Em um ou dois semestre acho que a lógica Básica já deve estar bem firmada. Dai para frente, seguir sozinho é uma boa opção (continuar em "cursinho de idiomas" seria um desperdício de dinheiro. Comece a juntar o dinheiro que você pagaria nas mensalidades a partir dai — já já vamos resgatar este dinheiro). Dê uma boa olhada em sua gramática. Volte revisando tudo que você já viu e siga adiante com a parte um pouco mais complexa da gramática (que provavelmente já será a parte final dela)<b>*</b>. E abuse do seu antigo professor.<br />
Professores de idiomas costumam ser bastante gentis e dispostos a ajudar. Durante o curso que você fez com ele(a)(s), estabeleça contato (virtual — Facebook, por exemplo) e sempre que necessário, tire suas dúvidas com ele(s) (muitas vezes eles conseguem te explicar em poucas palavras o que textos enormes de sites renomados não conseguiu). Yahoo!Respostas costuma ser uma mão na roda também. ;)<br />
<a name='more'></a><br />
Se você está lendo este texto no blog, muito provavelmente você tem internet, que simplesmente é uma das ferramentas mais poderosas da humanidade da atualidade. Estamos na era que conhecimento é poder, e você tem a maior ferramenta de buscas, onde se reúne GRANDES quantidades de informações, que se encontra de forma acessível e gratuita. (Se você aprender a usar a internet para ir além de Facebook, e-mail e jogos, com mais frequência, você verá que o poder está a seu alcance).<br />
Sinceramente, acho que o contato com um professor é muito mais eficiente, mas se for o caso, há bons sites gratuitos efetivos que podem te auxiliar, como o Livemocha <span style="font-size: x-small;">(que recentemente se juntou com o <i>Rosetta Stone</i>)</span> e, em específico para inglês, o MEO (<a href="http://www.myenglishonline.com.br/">http://www.myenglishonline.com.br/</a>), mas este é restrito para alunos de graduação para cima.<br />
<i>Devem haver outros muito bons também! Se você conhecer algum e puder deixar recomendado nos comentários, agradecemos</i>! :)<br />
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Por mais que você tenha os melhores professores, quem tem que aprender é você!<br />
Não adianta nada você saber gramática, se você não conseguir aplicá-la! A prática é fundamental! E é aqui que fica a parte mais importante da aprendizagem dum idioma: <i>Léxico!</i><br />
E aqui a parte mais complicada de todo aprendizado: conseguir se organizar! Arranjar tempo disponível TODOS os dias. Não é que nem aqueles contratos que dizem "você tem que estudar no mínimo 3h sozinho, por semana". É literalmente todos os dias. É conviver com o idioma diariamente, pois, por mais que não, aprender outro idioma, além de entender sua lógica é saber seu vocabulário. Sem vocabulário você não fala NADA (literalmente).<br />
Queira ou não aceitar, mas a palavra é "decoreba". Sim! Decorar. Agora se você vai decorar que "Hi" significa "Oi" ou se "é um cumprimento inicial de conversação" é de acordo com seu jeito de 'estudar'. Mas é importante o convívio com a língua, pois ela te permitirá aprender seu modo de uso. Como uma palavra japonesa que é um cumprimento, mas não tem tradução no português, pois ela é usada quando você vê uma pessoa, somente. Seria como se você fosse dar um OI, mas não tivesse tempo para iniciar uma conversa, pois precisa ir ou já está de saída, e menos de 2 segundos você já diz TCHAU. Não temos uma palavra para isto, por isto as vezes só acenamos com a mão de longe ou fazemos um joinha (ou temos que cutucar a pessoa para ela nos ver e falar um "eae" — que seria a tradução mais próxima).<br />
O convívio diário com a língua é a forma de você aprender palavras novas todos os dias e que ajuda a fixar e rever as que você aprendeu e comumente não lembra com nitidez seu "significado", até revê-las mais umas mil vezes (infelizmente isto acontece com algumas palavras).<br />
<span style="font-size: xx-small;">Você provavelmente já deve ter ouvido alguém dizer que, aprendeu mais inglês jogando do que na escola. Isto acontece porque ele convivia mais tempo com o jogo, que é em inglês, do que na sala de aula de inglês (que costumam, <u>se muito</u>, ser duas vezes na semana). Com certeza que o jogo não é mais didático que a aula, é apenas uma questão de presenciar o idioma mais frequentemente.</span><br />
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Em específico para inglês, eu recomendaria, pelo menos para começo, o site 9GAG, que muitos já devem conhecer. Um jeito bom e fácil para se aprender, pois são pequenas "piadas" ilustradas. Você vai aprendendo frase por frase e já vai se acostumando com expressões inglesas usuais e comuns. Além de que, por ser ilustrada, você começa a adquirir um poder de dedução sobre as palavras que você não conhece e memoriza melhor aquela palavra, pois estará associando já o significado e conceito ao objeto ou ao contexto.<br />
O bom do 9GAG é que ele é atualizado com uma nova postagem a cada 15 minutos (na aba Hot... se for na aba Trending é muito mais, porem o desta aba acaba indo para aquela, então, veja só o Hot mesmo, pois lá já tem MUITOOOOO conteúdo, e até engraçados e interessantes muitas vezes, o que te anima a seguir em frente com o inglês).<br />
Mas não fiquem só no 9GAG! Vão para as músicas, filmes e séries (tópico a seguir).<br />
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Fazendo parte do "convívio diário" que estou tratando em questão, a partir do dia que você começar a estudar o idioma, comece a assistir filmes/séries daquele país com legenda em português, pois por mais que você não entenda uma palavra ouvindo, você vai começar a se familiarizar com os sons da língua de modo a conseguir ao menos reconhecer quando alguém está utilizando o idioma. Além de você começar a perceber se a fonética é mais aberta, fechada, fanha, estalada etc. O que ajuda na parte da dedução fonética (que é você saber ler, mesmo sem conhecer o significado da palavra — do mesmo jeito que você consegue ler palavras como "iníquo", "melopéia", "ignóbil", "ubíquas" etc., que são palavras portuguesas e que provavelmente você não sabe ou lembra seu significado).<br />
Com o avançar do seu nível de entendimento, comece a ler textos da língua, pois normalmente o que se aprende com mais facilidade é a ler. <span style="font-size: x-small;">[leia coisas diferentes de vários sítios diferentes — leia de receita de bolo a neurociência]</span> <span style="font-size: xx-small;">(há bons textos no site da bbc)</span><br />
Traduzir músicas é extremamente importante, pois são com as músicas que você vai associar as palavras com a pronuncia e vai pegar os pequenos truques da fala (como no inglês, você perceberá que geralmente, as palavras que começam com vogal, elas emendam com a pronuncia da palavra anterior, parecendo uma só). Para aprender idiomas você tem que ser um pouco autodidata, e quem vai te ensinar as pronuncias inicialmente são as músicas e o Google Tradutor. Mas lembre-se: as "músicas" têm licença poética!! Não aprenda gramática através de músicas! [e muitas vezes ao cantar um palavra, sua pronuncia pode não sair correta (because = 'cause; palavras terminadas com -ing, com o "g" suprimido — brinque no Google Translate se for o caso), por isto ouça bandas diferentes e consulte o Google Tradutor (peça ajuda de um amigo (ou professor) que fala a língua para tirar certas dúvidas que podem aparecer — "bitch e beach tema mesma pronuncia?")].<br />
Como já estamos falando de procurar por significados e pronuncias corretas, já vou indicar que dicionário usar.<br />
O melhor dicionário que eu recomendaria é simplesmente o Google Tradutor. Por incrível que parece ele é um dos melhores (bastante completo, fácil de usar e sempre te esteve acessível)! Ao traduzir palavras ele dá o significado e vários sinônimos, o nível de uso da palavra (qual sinônimo é mais usado), tem a fonética e até "aplicação em uma frase", e além de traduzir palavras, traduz algumas expressões (como "cara ou coroa" = "heads or tails"). Mas use-o como um dicionário. Traduza palavras! No máximo expressões. Evite traduzir frases inteiras. A tradução de frases muito grandes pode sair errado. Só traduza toda uma frase quando você souber todas as palavras daquela sentença, mas mesmo assim não conseguir juntá-las para fazê-las terem sentido (muito comum este tipo de dificuldade no começo). E não tente formar uma frase em outro idioma no próprio google tradutor, mas se for o caso, faça a reciproca (português>idioma e depois a "frase traduzida">português, e jogue no google ainda para ver se é uma frase comum que transmite o que você quer dizer) — mas em geral não recomendo a tradução de períodos.<br />
Recomendo sempre que quando buscar alguma tradução, ver todos os seus significados, dando um foco maior no significado principal; e sempre ouça a palavra após olhar seu significado.<br />
"Lembre-se, no começo do seu aprendizado que, <i>o que for importante repete!</i>"<br />
Dica: Durante o dia (no ônibus, indo comprar pão, <i><span style="font-size: x-small;">whatever</span></i>...), tente formular frases mentalmente e vai anotando, em um bloquinho de notas ou no próprio celular, as palavras que você não conhece a tradução. Quando der, você procura a tradução. É um modo de ainda estar convivendo com o idioma, mesmo que naquele dia você não tenha tempo para "estudar" (se bem que olhar 9gag, ouvir músicas e assistir séries não é lá nenhum "estudo-sacrifício").<br />
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Quando você já tiver um nível médio, já tiver lido textos, tirinhas, post's (como do 9gag) e ter ouvido muitas músicas, passe para os filmes e séries, só que agora com legenda do próprio idioma (filmes em inglês com legenda em inglês, por exemplo). Particularmente acho que séries e curtas metragens no começo são mais fáceis, pois tem um período de duração menor e se talvez você precisar fazer algumas pausas não te faça perder o dia todo (se for muito longo, parecerá no começo que os vídeos são infinitos — será desanimador).<br />
Esta parte será extremamente complicada logo no começo, pois você estará vendo e ouvindo o idioma aplicado naturalmente, em conversações práticas (não de forma solta).<br />
O primeiro episódio será quase perda total provavelmente, mas não desista. Garanto que no 3º ou 4º episódio já estará se saindo bem melhor para entender.<br />
Se superada esta etapa você já está quase lá. O próximo passo é conseguir ler um livro inteiro no idioma escolhido. Com certeza haverá palavras que você não conhece ainda, pois isto acontece até quando você lê um livro no seu próprio idioma, mas você está num estágio agora de aumentar seu vocabulário.<br />
Se você conseguiu ler dois livros e ver dois filmes (sem legendas) e conseguiu entender 90% deles, você já está lá.<br />
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Mas ainda falta a parte mais difícil de todas. Você já consegue ler e ouvir e entender, porém produzir que é o complicado. Escrever com certeza é mais fácil, pois você tem calma e toda paciência do mundo. Pode apagar, corrigir, consultar e melhorar. Contudo falar é algo mais dinâmico e requer prática, pois falar é montar frases com ideias complexas em poucos segundos.<br />
Apesar, de não ter citado antes, mas é fundamental produzir <i>writing</i> (redações/escritas) desde quando estiver aprendendo gramática. Tanto porque, é assim que se aprende gramática! (Uma das coisas boas do Livemocha é ter a parte em que você escreve e enviar seu texto para um falante da língua avaliar, sugerir, recomendar, instruir etc.).<br />
Então, por já ter chegado tão longe (lendo livros já), suponho que ao longo do processo você já praticou bastante a escrita, mas é bom reforçá-la.<br />
O grande problema em questão é a fala! Seria interessante se você tivesse amigos que fala o idioma, de forma a você poder praticar com eles (e se fosse o caso, ele te ajudaria a completar com palavras, quando essas faltarem). Por mais que se aprenda um idioma você tem que estar constantemente praticando-o para não esquecer certas coisas (ou como diríamos: para não enferrujarmos).<br />
Deve haver algum site só para conversação, mas não conheço nenhum infelizmente<span style="font-size: xx-small;"> (há o ChatRoulette, mas eu não indicaria, ao menos que você esteja afim de ver <i>pinto</i>)</span>. Contudo, lembra daquele dinheiro que falei para você ir guardando (o suposto dinheiro das mensalidades)... Pegue este dinheiro e planeje uma viagem para algum país falante da língua a qual você tanto estudou.<br />
Uma viagem de duas semanas para uma país destes é muito mais enriquecedor de conhecimento (em tantos âmbitos diferentes) e proveitoso do que anos em cursinhos de língua. E se brincar saí até mais barato!<br />
Se você realmente planejar uma viagem (mesmo que seja intercontinental) com muita antecedência, e ficar olhando sites de companhias aéreas (que andam soltando muitas promoções ultimamente), você consegue voos de ida e volta num preço incrível, parcelados e sem juros. Olhe hospedagem (procure por Hosteis, ao invés de Hoteis! Costumam ser muito mais aconchegantes, não no sentido de luxo, mas de carisma, contato pessoal, diálogo, gentilezas etc. E tem tudo o que você precisa para sobreviver com um preço mais baixo).<br />
Marque para suas próximas férias, nem que seja para ficar 10 dias lá. Tenho certeza que voltará falando a língua e com bastante fluência apesar do pouco tempo, pois só lhe faltará a prática, pois o conhecimento básico você já estará levando consigo.<br />
E é isto aí! <i>O X é uma variável que você controla!</i><br />
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Espero que este post ajude em alguma coisa. Tentei tratar o aprendizado eficiente e não muito cansativo ou entediante. Desculpem-me por não conseguir resumir muita coisa (e ainda estou com aquela sensação de que deveria escrever mais, porém tempo é um luxo que me falta: )!<br />
Pesquisem depois sobre o idioma<b> Esperanto</b>. Talvez seu aprendizado seja uma boa saída para quem pretende ser um poliglota. Até onde li, é uma língua fantástica que facilita muito aprender outras. =)<br />
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<div style="text-align: right;">
<i>Texto escrito por mim e revisado por Vinnycius Almeida.</i></div>
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<b># Pré-requisitos: tempo e internet!</b><br />
<b># Requisitos: determinação!</b><br />
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Sites relacionados:<br />
• <a href="http://9gag.com/">http://9gag.com/</a><br />
• <a href="http://draft.blogger.com/%C2%A0http://livemocha.com/?lang=pt-br">http://livemocha.com/?lang=pt-br</a><br />
<b>*</b> Extremamente importante estudar Prefixos e Sufixos na parte de gramática. Para inglês acho que esta lista é bem completinha: <a href="http://www.inglesvip.com/grammar/word-formation-prefix-and-suffix.html">http://www.inglesvip.com/grammar/word-formation-prefix-and-suffix.html</a>Алиссон PП / Alisson RPhttp://www.blogger.com/profile/01718975907271243981noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-389987294030559493.post-12605189822453091152013-03-17T00:20:00.000-03:002013-03-17T00:20:19.310-03:00O apanhador no campo de centeio<br />
<div style="text-align: justify;">
"Then, just to show you how crazy I am, when we were coming out of this big clinch, I told her I loved her and all. It was a lie, of course, but the thing is, I meant it when I said it. I'm crazy. I swear to God I am.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
'Oh, darling, I love you too,' she said. Then, right in the same damn breath, she said, 'Promise me you'll let your hair grow. Crew cuts are getting corny. And your hair's so lovely.'</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Lovely my ass."</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjzKl3WZm2XM7rBTG_z25M7YB19fyDJWYb9Z92IQpHyye_wvfK66b7Lmg11TwHZ2VkT3833SCur5g6t7Q9oTVDzAYS1YRj2nanJa6I0vrpx9NnFYK5egz_GMoJ0bxkoCuQWABfS6Dd58w/s1600/catcher.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjzKl3WZm2XM7rBTG_z25M7YB19fyDJWYb9Z92IQpHyye_wvfK66b7Lmg11TwHZ2VkT3833SCur5g6t7Q9oTVDzAYS1YRj2nanJa6I0vrpx9NnFYK5egz_GMoJ0bxkoCuQWABfS6Dd58w/s400/catcher.jpg" style="-webkit-user-select: none;" width="271" /></a></div>
Marco Faleirohttp://www.blogger.com/profile/05453444237898544531noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-389987294030559493.post-79963052905429156482013-03-10T00:00:00.000-03:002013-03-10T00:00:04.567-03:00Dia(s) da mulher<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O oitavo de março é o dia em que se “comemora a mulher”. Dispensável
é contar toda a história da significância da data, já que todos sabemos das
lutas históricas de grupos feministas, das atrocidades contra protestantes e
toda a degradação em geral contra o sexo feminino. Ou será mesmo tão
dispensável assim?</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A verdade é que, como quase todas as outras coisas nesse
vasto mundo, o Dia da mulher adquiriu um significado muito diferente daquele
inspirado pela militância em favor da igualdade sexual. Aquilo que deveria ser
uma lembrança de que a luta continua agora é show de declarações infantis de
admiração às mulheres. E é importante dizer: uma admiração carregada de
machismo, pois as características exaltadas nada têm a ver com uma igualdade de
competências entre os sexos. Beleza, sensibilidade, maternidade... por aí segue
a lista dos atributos que, segundo os mais qualificados praticantes do bom “Feliz
dia da mulher”, são os merecedores de destaque em qualquer mulher.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Na minha parca compreensão dos problemas do mundo, isso está
muito longe daquilo que precisamos. Porque precisamos desesperadamente, sim, de
consciência, de capacidade de admitir erros, enfim, de honestidade. E não são
uma rosa e uma caixa de chocolates por ano a recompensa por uma vida de
discriminação e desigualdade. Prefiro nem chamar de recompensas: são
restituições. Como diria o poeta nordestino, “Se não fosse a mulher mimosa flor,
a história seria mentirosa”.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://fbcdn-sphotos-c-a.akamaihd.net/hphotos-ak-snc7/483850_266493593485704_662654099_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://fbcdn-sphotos-c-a.akamaihd.net/hphotos-ak-snc7/483850_266493593485704_662654099_n.jpg" style="-webkit-user-select: none;" width="342" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<o:p><br /></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
PS. Depois de muitos dias fora do ar, voltei. Se ainda gosta
disso aqui e acha que seria legal que continuássemos, demonstre! Curta,
comente, compartilhe. Não é vaidade, só não queremos ficar naquela de ‘escrever’
pras paredes.</div>
Marco Faleirohttp://www.blogger.com/profile/05453444237898544531noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-389987294030559493.post-34467194052449386962013-01-06T00:00:00.000-02:002013-02-19T18:25:22.324-03:00Uma vírgula Ultimamente fui atropelado por uma espécie de sensação de "só sei que nada sei", que como muitas sensações é difícil descrever, e mesmo quando descrevemos parece um conceito vazio. Sinto-me como se tentasse descrever o gosto da carne de um animal exótico para vocês, mas já sabendo desde antes de abrir a boca que não conseguirei. Como descrever isto? Acho que ninguém sabe ao certo, e por isto as pessoas, ao meu ver, de forma cômica, sempre descrevem este tipo de carne como "parece frango". Obviamente chester, jacarés, cobras e muitos outros animais não tem gosto de galinha, e é bem provável que o gosto que eu sinto não é exatamente igual ao gosto você sentiria ao comer a mesma coisa.<br />
É por isto, por esta falta de palavras que venho sido acometido, peço só que compreendam, não que a entendam no seu âmago, pois senão estariam na mesma situação desoladora que eu, a qual ainda não sei dizer se é algo bom ou ruim. Compreendam só que precisarei de um tempo.<br />
Não sei o que a mulheres, no status de 'namoradas', querem dizer com a expressão "dar um tempo", mas quero esclarecer que eu o estou usando no sentido de que não escreverei por ora, mas pretendo voltar, com minha certeza, o mais breve possível, no máximo até Abril deste ano.<br />
Não sei sobre os demais membros, se pararão, se entraremos todos em recesso por um tempo e/ou se voltarão/emos. Posso só prometer por mim. Aliais, a declaração do Ian ontem foi uma surpresa para mim, não por completa, pois aparentemente todos nós entramos numa espécie de "calmaria" ao mesmo tempo — acho que uma saturação, um cansaço e correria, e quem sabe, num certo ponto, até uma falta de inspiração e criatividade.<br />
Não sei se estou conseguindo ser claro, mas me despeço aqui. Agradeço a contribuição e participativa de todos, principalmente a de meus colegas e amigos Ian, Kaito, Lília e Marco Aurélio. Volto em breve (espero que já com o computador consertado, e quem sabe até com um computador melhor em mãos, apesar de pouco provável...).<br />
<br />
<br />
<br />
P.S.: Estou dando um tempo nos textos mas podemos ainda confabular, basta me procurar nas redes sociais ou deixar comentários no blog mesmo (eu ainda estarei recebendo por e-mail todos os comentários do blog).<br />
<br />
Um abraço à todos! e bom ano para você.Алиссон PП / Alisson RPhttp://www.blogger.com/profile/01718975907271243981noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-389987294030559493.post-26686067388511041692013-01-05T01:13:00.002-02:002013-01-05T01:13:06.276-02:00Derradeiro (ou Interstício)<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, serif; line-height: 106%;"> Eventualmente as forças se esvaem, ou a motivação;
ou, em alguns casos, o que há são apenas ligeiras adversidades que resultam em
um solapar dos esforços. Mas não trago justificativas, apenas uma explicação: Cesso
de redigir nestas páginas por tempo indeterminado.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, serif; line-height: 106%;"> Ocorre que, de algum tempo até agora, mostra-se um
desânimo geral neste blog. Tanto por parte de nós redatores, que passamos a
falhar as agendas quase que sistematicamente, quanto de vocês leitores, que
reduziram os comentários e os acessos. Como eu disse, não venho dar
justificativas nem me lamentar de nada, apenas dar algumas explicações.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, serif; line-height: 106%;"> Tive aqui uma experiência única, que me ajudou muito
e da qual levo resultados; mas por hora é tempo de pousar a caneta (neste blog).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, serif; line-height: 106%;"> Agradeço a todos que acessaram o blog e que se
dispuseram a ler os textos, ler-nos; os acessos e comentários me ajudaram
muito, me deram coragem para redigir, me deram vontade, e também me auxiliaram na
correção de algumas imperfeições.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, serif; line-height: 106%;"> Agradeço a meus amigos de blog: Lília, Marco, Kaito e
Alisson; não existem melhores.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, serif; line-height: 106%;"> Começamos este blog sem pretensões homéricas, queríamos
apenas escrever; e isto fizemos, e não foi pouco; se agora ocorreu do fôlego
não ser mais aquele, não há culpa, há apenas o fato, que me parece infeliz, mas
nada posso fazer que não resignar-me.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, serif; line-height: 106%;"> Espero poder escrever mais.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, serif; line-height: 106%;"> PS: Este texto é uma declaração MINHA, não falo por
nenhum dos outros integrantes, que podem eventualmente levar adiante o Machado.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, serif; line-height: 106%;"> Adeus, foi tudo muito bom. (ou até logo)<span style="font-size: 9pt;"><o:p></o:p></span></span></div>
Ian \ohttp://www.blogger.com/profile/08177985698477027655noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-389987294030559493.post-55907481930126898172012-12-21T21:21:00.002-02:002012-12-21T21:21:47.586-02:00Luci, a menina com olhos de caleidoscópio <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='560' height='315' src='https://www.youtube.com/embed/B0auMcXtzdM?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div>
<br />
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 11.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">É um menino muito levado, meio anjo, meio alado,
que não voa pelo mesmo motivo daquele sapo que não lava o pé: porque não quer. </span>Kaitohttp://www.blogger.com/profile/10862179806007357360noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-389987294030559493.post-59548008910004891792012-12-19T00:00:00.001-02:002012-12-19T00:00:06.073-02:00Manifesto primário ao pensamento do transporte público<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, serif; line-height: 107%;"> Estou, enfim, com dezoito anos de idade;
recém-completos e muito bem vividos, como diria meu pai. E como de praxe, em
tal idade, empenhei-me na formação como condutor para adquirir minha CNH
(Carteira Nacional de Habilitação). Enquanto ainda novo, pensava em tal momento
como algo mister, glorioso até, da dita e famigerada maioridade. Ocorre que a
reflexão muda consoante o cerne envelhece, e devo dizer que, hoje, minha ânsia por
dirigir se restringe a pouquíssimas e pontuais ocasiões, como viagens de
estrada ou sinônimos muito próximos. Fora isso, hoje, clamo desesperado por um
serviço público de transporte que atenda com dignidade, por deus!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, serif; line-height: 107%;"> Devem alguns mais imediatistas e individualistas
estarem me lendo atravessado neste momento. “mas como assim, eu quero é meu
carro com som e ar condicionado...”. Não é que eu também não o queira, óbvio
que quero, estou em acordo com vocês neste ponto; o que se me ocorre nesta
reflexão é a real necessidade do carro às atividades cotidianas, como
dirigir-se ao trabalho ou à faculdade.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, serif; line-height: 107%;"> Para margem apreciativa do argumento, valho-me de mim
mesmo para exemplificar: Hoje, tenho aproximadamente duas horas de ônibus no
trajeto de volta à minha casa. Suponhamos que de carro este tempo fosse de uma
hora e vinte minutos, por exemplo. São quarenta minutos a menos de percurso, o
que reflete, naturalmente, no seu horário de chegada em casa e, por
consequência, no seu descanso, que, eventualmente, seria maior. Mas a base argumentativa
está no aproveitamento deste tempo. Enquanto estou no ônibus, volto, quase
unanimemente, lendo algum livro ou conteúdo de curso. Ou seja, são duas horas
que aproveito na aquisição de algum conhecimento ou na apreciação de algum
entretenimento. Duas horas que acho deveras mais vantajosas que as uma hora e
vinte minutos que teria de me dispor a encarar em um trânsito infernal que se
mostra este da minha cidade. Uma hora e vinte de constante tensão e estresse,
de semáforos e congestionamentos, de buzinas e saturação visual; uma hora e
vinte que só me acrescentariam no que se refere à precoce aquisição de fios
brancos na cabeça.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, serif; line-height: 107%;"> Uns dirão “mas Ian, no horário que eu pego o ônibus
ele está tão cheio que nem daria para eu vir lendo”. Concordo contigo, leitor;
contudo, é por isso que proponho tal texto:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, serif; line-height: 107%;"> Estou com ideia de, ao início deste ano que entra,
conceber um grupo de estudos e formulações acerca do transporte público na
nossa cidade, de modo a maximizar os benefícios e erradicar, ou, se não possível
tal, minimizar os problemas que acometem
o nosso serviço público de transporte; de modo que o carro torne-se cada
vez mais dispensável.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, serif; line-height: 107%;"> Mas a retórica não para ai:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, serif; line-height: 107%;"> Pensa consigo, leitor. A lei seca ai está, mas o
grande atrativo das baladas, bares e shows, também permanece; já conjecturou
sobre o quão bom seria um serviço público de transporte atrativo, para que você
não incorresse no risco de uma blitz policial, ou no absurdo que é o tributo ao
taxi? E quanto há taxi. Pois é, as vantagens são incontáveis.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, serif; line-height: 107%;"> Há ainda outros inúmeros fatores, como o custo atrativo
do transporte público vis-à-vis uma condução particular, a mínima participação
em acidentes de trânsito, e até mesmo uma diminuta caminhada do ponto de ônibus
ao destino absoluto; vantagem esta que pode fazer torcer os narizes de alguns,
mas pensa consigo nas vantagens salutares de tal proposição ao corpo.<span style="font-size: 9pt;"><o:p></o:p></span></span></div>
Ian \ohttp://www.blogger.com/profile/08177985698477027655noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-389987294030559493.post-84416438335701774112012-12-11T00:00:00.000-02:002012-12-11T00:00:00.431-02:00Das considerações a este ano que finda<br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="line-height: 107%;"> </span><span style="font-family: Georgia, serif; line-height: 107%;">Mais um ano termina dentro de poucos dias.
Passou, como neste momento tendemos a achar quase unanimemente, como um <i>fiat</i>. Nos já habituais, e monótonos,
raiares e pores do Sol se sucederam diversos eventos significantes ou o
antônimo direto, memoráveis e também não, dispares no que se refere à nossa
vida, ou também tão pequenos que não foram lembrados nem mesmo na meia hora que
os sucedeu de fato.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, serif; line-height: 107%;"> Continuamos aqui; cegos em grande
medida, consumidores convictos, cheios de razão e de certezas, cheios de
razões. Ainda aqui resistimos, cheios de vontades e anseios, alguns mais homéricos,
outros dantescos, maquiavélicos, dionisíacos, quixotescos... mas a grande
maioria, podemos dizer, não passa de um meio balde de quereres tão absurdos ou
fúteis que “estúpidos” seria um adjetivo deveras eufêmico para caracterizá-los.
Mas que somos nós, senão estúpidos em parte quase absoluta da existência?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, serif; line-height: 107%;"> Não há muito que dizer; resignados
permanecemos; damos sequência a esta tragicômica sucessão de atropelos,
desventuras, eventos. O mundo ainda enfrenta crises financeiras, todos sonham
ter dinheiro suficiente para comprar e comprar e comprar e Comprar; o mundo
ainda sofre com a fome, ainda temos tanto e sabemos fazer tão pouco disso;
ainda impera o egoísmo e os desejos singulares; ainda se morre e se mata pelos
motivos mais banais dos quais se pode obter relato. Ouso dizer que escrevo,
neste texto, sentenças que você, leitor, pode ler em qualquer um dos dez anos
que precederam e nos dez que virão depois deste, e certamente lho acharão atualíssimo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, serif; line-height: 107%;"> Mas que mais há para se dizer,
muito pouco, se é que há, mas deste pouco não falo mais, não me apetece, e
estou também certo da capacidade do leitor de discernir o epílogo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, serif; line-height: 107%;"> Dedico as linhas restantes ao “Eu”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, serif; line-height: 107%;"> Este ano, posso dizer, foi bom
para mim.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, serif; line-height: 107%;"> Entrei na Universidade, curso o
curso que me apetece, estou desenvolvendo uma pesquisa científica, e melhor:
remunerada.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, serif; line-height: 107%;"> Engajei-me em namoro com uma
mulher que amo, respeito e que fez de mim uma pessoa melhor e, certamente, mais
feliz.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, serif; line-height: 107%;"> Passei a usar chapéus, comecei a
beber cerveja e estou em vias de tirar minha habilitação de condutor.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, serif; line-height: 107%;"> Permaneço de opinião política de
esquerda, e entenda isso da maneira que quiser, dada a abstração do termo nas
atuais discussões políticas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, serif; line-height: 107%;"> Permaneço inquieto, necessitado
de resultados que não sei se virão, mas que fique o caminho andado, vejamos o
que se há de suceder.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, serif; line-height: 107%;"> Permaneço escritor deste blog,
que sobrevive ainda, muito mais e ainda além do que pensei que sobreviveria.
Enquanto pudermos; falo, ao menos, por mim; estaremos aqui.<span style="font-size: 9pt;"><o:p></o:p></span></span></div>
Ian \ohttp://www.blogger.com/profile/08177985698477027655noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-389987294030559493.post-84336352425787410992012-12-07T00:00:00.000-02:002012-12-07T08:16:26.555-02:00Tira uma foto de mim<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj0s89rm8gmsPkm3QkWxy2ebU5IuSZcEQAkwVpgCI3NLuxO4N6_XgABfTSm1MpjyHmcTd2YWBs9OdAkgcRdGJECYWAgP5NLe9frFGH6dQwS-j1Ircrt99Mo25jn2N2OHLif7EZFtCdWVlmP/s1600/lkj+001.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj0s89rm8gmsPkm3QkWxy2ebU5IuSZcEQAkwVpgCI3NLuxO4N6_XgABfTSm1MpjyHmcTd2YWBs9OdAkgcRdGJECYWAgP5NLe9frFGH6dQwS-j1Ircrt99Mo25jn2N2OHLif7EZFtCdWVlmP/s400/lkj+001.jpg" width="311" /></a></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Tudo
que sobrou de você foi uma foto entre as coisas perdidas na escuridão da gaveta
do criado. A gaveta geme a noite inteira, fica fosforescente, treme, chama
minha atenção. Não vou, resisto, respiro e acendo um incenso pra brincar com a
fumaça. A gaveta grita, contrai, cospe a foto em mim. Sinto o alívio do criado,
essa foto ficou mal digerida lá dentro assim como tinha ficado em mim. E eu
pergunto pro meu estômago se é ele que digere saudade, porque o paradoxo de
quem sai da minha vida sem sair da minha vida é um bolo que ocupa o lugar das
pessoas que eu já deveria amar, mas não dá porque estou lotado. Isto me entope
sem transbordar. Só vaza o choro, mas os buracos dos olhos são muito pequenos,
represo um mar. Vou ao morro onde enterrei as coisas do tempo em que
coincidimos um pedaço de espaço, jogo a foto numa vala de erosão e recolho de
volta, não aguento. Te vejo ali no papel, o olhar não é recíproco, mas tenho a
ilusão. Viro a foto ao contrário e afinal é tudo plano, não dá pra ver suas
costas do outro lado, mas imagino e te desenho. Daí eu vou fazer um chá, vou no
mercado, entro no ônibus e te vejo sobreposto na figura do bule, da moça do
caixa e da poltrona vermelha para idosos e grávidas. Você ficou gravado, se é
eterno eu não sei, mas aproveito, te invoco. Hoje encaro a noite e percebo que
as estrelas do céu são as sardas do seu rosto em negativo. Faço meu mapa astral,
me descubro, transcendo. Chego a foto mais perto, mas não é o bastante. Pego a
lupa, conto os pelos das sobrancelhas e desmistifico a teoria da simetria. Sobreponho
lentes, fico míope, me estrago e me abasteço ao mesmo tempo. São simultâneas
minha saudade e minha dor e o tanto que eu fico feliz de aumentar sua proporção
pra te deixar do tamanho que é a falta que me faz. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Por
fim, caminhei entre os pixels da sua bochecha e de quadrado em quadrado foi
passando um degradê de cores que de repente terminou no preto da minha
cegueira. <o:p></o:p></span></div>
Kaitohttp://www.blogger.com/profile/10862179806007357360noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-389987294030559493.post-32737234056400712082012-12-05T12:56:00.000-02:002012-12-05T12:56:08.497-02:00Solitude<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Ele era solitário, não gostava de
humanos por perto, não que não se considerasse humano, mas achava que suportar
um humano, ele mesmo, já era o bastante.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Os humanos eram problemáticos, estavam sempre
competindo por coisas sem a mínima importância, tipo, quem tem o carro maior e
outras tolices. Quanto às fêmeas humanas, era sempre sobre o tamanho do salto,
e as que não eram fúteis a esse ponto também tinham inúmeros defeitos, ou eram
feministas demais, revolucionárias demais, “do contra” demais; será que não
havia ninguém equilibrado?<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Ele imaginava que não, por isso queria ir pra
longe. Decidira trabalhar muito e economizar cada centavo para comprar uma
pequena propriedade próxima a qualquer vilarejo do Wyoming, com aquelas vastas
planícies em que ele poderia andar sozinho, sossegado; contanto que ficasse
longe dos parques não veria nenhum dos turistas imbecis que cada vez mais
enchiam o estado.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Era uma pena ter que morar perto
de uma cidade para comprar seus alimentos e demais artigos de que precisava
para se manter vivo, agora era muito tarde para aprender a plantar e fabricar
as próprias roupas...ele também não queria viver como um selvagem, queria
apenas um pouco de paz, nada de chefe perguntando quando o relatório estará
pronto, nem de colegas de trabalho querendo competir pelas graças do chefe
babaca.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Ele não era um velho ranzinza com
filhos e uma ex-mulher brigando pela pensão. Nada disso, era jovem e recém
formado, e tampouco um jovem indeciso e com medo do futuro, sabia exatamente o
que queria, queria poder ficar calado, refletir, se quisesse falar com alguém,
teria um gato, coelho, ou outro bichinho qualquer, ele falaria e ainda não teria
que ouvir respostas estúpidas... ahhh, como sonhava com aquela paz.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
E durante toda a vida foi assim,
pouca tolerância, fazia todo o seu trabalho sem curtir a profissão que
escolheu, pensando no seu objetivo, conversava com os colegas no bar depois do
trabalho superficialmente, olhando pra eles e antevendo uma felicidade futura
longe daquelas conversas, nem sabia o que acabara de dizer...ele passava pela
vida apenas sonhando com o futuro que planejara.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Aos cinquenta anos já acumulara o
suficiente para o tão sonhado descanso, arrumou as malas e foi...a primeira
semana foi maravilhosa, ele havia comprado o gato, chamava-se Jack, a companhia
perfeita, só dormia e ronronava. Conversava com Jack a respeito do que seus
colegas estariam fazendo neste momento e como o que quer que fosse, deveria ser
chato e maçante ou falso e cheio de risadas exageradas, não partilhavam de sua
tranquilidade. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Ele não precisava falar nada, e
se falasse, Jack lhe responderia com um ronronar e nada mais, ele não faria
piada, não riria... enquanto seus amigos receberiam ligações das esposas no
bar, lhes controlando, ele estaria bem, ninguém se lembraria dele, nem esposa,
nem mesmo uma ex para reclamar que educava o filho sozinha...os poucos amigos
receberam instruções para não entrarem em contato...<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Ele ficava mais desgostoso a cada
dia que passava, queria uma companhia mais animada que Jack, alguém que
falasse, reclamasse de alguma coisa, tomasse uma cerveja com ele, e maldissesse
a vida, alguém que comentasse que ele deveria trocar de carro porque o seu já
estava muito velho. Alguém que fizesse uma crítica construtiva ao seu trabalho,
para que pudesse melhorar, agora nem trabalho ele tinha mais. As caminhadas na
planície pareciam tão sem propósito, e refletir, ele só refletia sobre como
estava entediado. Ele sentia falta de humanos à sua volta.<o:p></o:p></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/10031617376125124067noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-389987294030559493.post-22854146476502423322012-12-04T00:00:00.000-02:002012-12-04T00:00:03.146-02:00Ainda não aprendemos que o Brasil é laico ou democrático ou brasileiro<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
E ainda tem
gente que quer defender a permanência do “Deus seja louvado” nas cédulas de
real. Tenha a tal da “santa” paciência! </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
Vocês cristãos
não podem mais se impor sobre nós; vocês não têm mais espadas e homens loucos
pra morrer e matar por vocês. Hoje temos algo que se chama constituição e esta
foi redigida sob o princípio da igualdade e da isonomia.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
Você que crê
no deus bíblico não tem mais direito de propagar suas ideias em coisa pública
do que aquele que crê em Buda ou o outro que crê em Shiva. Por mais que vocês
sejam maioria, isso não deixa de ser horrendo, isso não deixa de ser opressão
das minorias.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
O estado é
laico e, se alguém tem dúvidas a respeito do significado da palavra, consulte
um dicionário.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
http://www.laicidade.org/documentacao/textos-criticos-tematicos-e-de-reflexao/aspl/</div>
Marco Faleirohttp://www.blogger.com/profile/05453444237898544531noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-389987294030559493.post-20503251485847507432012-12-03T00:00:00.000-02:002012-12-03T00:00:03.554-02:00I Pet Goat<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
Recomendado por meu amigo <i>Gustavo Brito</i>:</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<object width="320" height="266" class="BLOGGER-youtube-video" classid="clsid:D27CDB6E-AE6D-11cf-96B8-444553540000" codebase="http://download.macromedia.com/pub/shockwave/cabs/flash/swflash.cab#version=6,0,40,0" data-thumbnail-src="http://2.gvt0.com/vi/f_OawJA68jI/0.jpg"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/f_OawJA68jI&fs=1&source=uds" /><param name="bgcolor" value="#FFFFFF" /><param name="allowFullScreen" value="true" /><embed width="320" height="266" src="http://www.youtube.com/v/f_OawJA68jI&fs=1&source=uds" type="application/x-shockwave-flash" allowfullscreen="true"></embed></object></div>
<br />
Deixem suas observações e interpretações nos comentários por favor... Adoraria debatê-las!<br />
<br />
<a name='more'></a><br /><br />
<br />
<b><i>Tenham uma boa semana!</i></b>Алиссон PП / Alisson RPhttp://www.blogger.com/profile/01718975907271243981noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-389987294030559493.post-42492463824891613952012-12-01T00:00:00.000-02:002012-12-01T08:23:46.387-02:00Aos que apreciam a ideia da Redução da Maioridade penal<br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, serif; line-height: 107%;"> O que se vê em abundância no Facebook,
além das frivolidades habituais, é uma espécie de clamor público por justiça.
Escândalos de corrupção são toscamente abordados em pequenas fotos e textos mau
escritos; algumas “denúncias” a favor de minorias, pobres em conteúdo e em
efetividade prática... além de um inominável de outras coisas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, serif; line-height: 107%;"> E têm também aqueles que apoiam
a redução da Maioridade Penal... E são das mais atrozes e escabrosas as fotos e
textinhos postados. “Quando é que veremos isso no Brasil”, “Menor vagabundo
também é culpado”, “Até quando serão impunes?”... e mais um sem fim de frases.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, serif; line-height: 107%;"> E me parece sensato dizer que
esta postura é, nada mais nada menos, que IMBECILIDADE das maiores. Por uma
diversidade de fatores. Em primeiro lugar porque, se analisarmos o quadro
social, veremos que a maioria de menores infratores vêm de realidades precárias
e conturbadas; vêm de colégios onde impera a violência e o descaso público, de
famílias por vezes problemáticas e desestruturadas. É claro que existem as exceções,
mas onde é que, alguma vez, em uma democracia, basear legislados punitivos em
casos excepcionais pareceu ser uma saída justa? Gostaria de me ver respondido.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, serif; line-height: 107%;"> E alguns dirão que, não sendo os
argumentos acima citados culpa deles, não são eles que devem arcar com o risco
de um menor “bandido”. E digo, a culpa também é de vocês (nossa) sim. É muito
fácil isentar-se da culpa de colocar, ano após ano, no poder, representantes
imorais e desinteressados com a melhoria social, é muito fácil fechar-se na
redoma da própria vida esperando que deus resolva os problemas da sociedade da
qual você também faz parte. E alguns virão dizer, “mas também estudei em escola
pública e nem por isso sou bandido”, e concordo que sim, existem esses casos;
mas exigir de todos a mesma força de vontade e o mesmo empenho é descabido e
não ocorre em outros casos. Ninguém é severamente repreendido por não ser
um primor na escola, ou por não gostar de ler, ou por não ser tão bom no
futebol, ou por não se interessar tanto assim pelos políticos que elege, pelo
contrário, muitas vezes as pessoas fazem é humor tosco disso tudo; mas todos
podem acusar uma criança que sucumbiu às dificuldades do dia-a-dia, para isso
todos são muito competentes.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, serif; line-height: 107%;"> E há ainda a imbecilidade da
ideia. As pessoas parecem não entender o funcionamento penitenciário no Brasil.
As cadeias estão lotadas, são mal estruturadas e não reformam e reintegram o
detento à sociedade. O que fazem é amontoar infratores; e nesse amontoar, uma
certa gama deles não cumpre nem 1/3 da pena originalmente instituída. Ou seja, você
pega um menor que roubou uma bolsa na esquina às dez da noite, ele, como um
criminoso, é preso por roubo; Ninguém entende que este indivíduo – que ainda
está em formação – que pode ter feito o que fez apenas por nada mais que
burrice, é um ladrão inexperiente e despreparado, grosseiro. Mas ao ser preso,
será, primeiro, privado de qualquer forma de ensino formal, e, ainda por cima,
ficará em contato com bandidos da pior ordem, bandidos estes que o influenciarão
e que o colocarão a par de todas as formas de refinar as ações criminosas que
ele possa tencionar ter.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, serif; line-height: 107%;"> Você, pessoa desinformada, que
acha muito interessante a redução da maioridade penal, deveria antes se
preocupar com a qualidade das cadeias, pois querendo se livrar do problema de
maneira impensada, você acaba por gerar é a criação de um delinquente melhor formado.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, serif; line-height: 107%;"> Mas ninguém pensa nisso, nem na
origem do problema, nem no agravamento que decisões impensadas podem vir a causar;
o que querem é o martelo batendo pesado, como se isso fosse resolver alguma
coisa.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, serif; line-height: 107%;"> Aos que cobram redução da
maioridade penal, um conselho: Cobrem melhoria no sistema de ensino, cobrem
igualdade social, votem melhor; isso já lhes resolverá o problema egoísta e
mais uma série de outros.<span style="font-size: 9pt;"><o:p></o:p></span></span><br />
<span style="font-family: Georgia, serif; line-height: 107%;"><br /></span>
<br />
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Georgia, serif; line-height: 107%;">-----------------------------------------------------------</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Georgia, serif; line-height: 107%;">Ps: Já viram o vídeo gravado por mim e pelo Marco? - <a href="http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=Zuqu8c_j4QE">Foot Massage Scene</a></span></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Georgia, serif;"><span style="line-height: 16.66666603088379px;">Pps: Estou (IAN) vendendo a coleção completa d'O Mochileiro das Galáxias, edição econômica. A série é nova e está lacrada, vendo-a por R$ 50,oo. Interessados deixem um comentário</span></span></div>
</div>
Ian \ohttp://www.blogger.com/profile/08177985698477027655noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-389987294030559493.post-77891672741505330172012-11-26T00:00:00.000-02:002012-11-26T00:00:00.295-02:00Por que o capitalismo deu tão certo? Desde que o ser humano se desvinculou do Éden, ele vive tendo como propósito, buscar a Felicidade. Mas esta parece escorregadia, pois toda vez em que esta é alcançada a ambição daquele a empurra para um "lugar" que necessita um maior alcance, com uma maior dificuldade de acesso, de modo que nos colocamos numa corrida sem fim.<br />
<br />
Não é segredo nem mistério também que procuramos sempre facilitar as coisas e tentar percorrer os caminhos mais fáceis da vida, e um deles é escolher o "prazer" a "felicidades". Não que não haja prazer na felicidade, ou que sejam conceitos totalmente dispersos, mas o "prazer" é apenas uma lapso da Felicidade e por isto consegue existir de for mais autônoma, enquanto a Felicidade por se só é tão complexamente simples que não poderia existir sem todas suas partes (como o Prazer). Mas não irei a muito discutir a simplicidade da Felicidade. Talvez uma outra hora.<br />
<br />
Onde quero chegar, é que o ser humano costuma buscar os caminhos do prazer para se satisfazer e acaba por confundir tal sentimento de satisfação momentânea como felicidade, fazendo com que ache que uma vida feliz é uma que tenha prazeres cada vez mais intensos, já que os níveis de prazeres têm que serem superados.<br />
<br />
'Quer descobrir qual é o verdadeiro caráter de uma pessoa? Dê poder a ela.' Creio que já devem ter ouvido falar nisso; E não é para menos. O ser humano, com sua ambição e soberba, busca, durante sua jornada de vida, adquirir cada vez mais poder (a palavra-chave deste texto talvez seja Poder). O que o cerca e o motiva é nada mais que métodos para se conseguir poder. Poder para ter seus desejos realizados. Para poder fazer com que você alcance prazeres, e, como muitas das vezes, para satisfazer o 'ego'.<br />
<br />
E o que é o dinheiro se não uma forma de quantizar o nível de poder que você pode exercer diante a sociedade? E é por isto que é necessário dar valor as coisas. Por isto que o capitalismo deu tão certo. Pois a ambição do homem precisa ser saciada, nem que seja na mera existência da possibilidade. Não estamos prontos ainda para aceitarmos que somos todos e quais e muito menos nos tratarmos como iguais.Алиссон PП / Alisson RPhttp://www.blogger.com/profile/01718975907271243981noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-389987294030559493.post-90762185103209343382012-11-23T00:00:00.000-02:002012-11-23T00:00:02.827-02:00se a via-crucis virou circo, estou aqui<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiQaxdjvaZtSygjTIQ3Ni876_LT7jGbAd5_pMC3y02RZAEsxvQSgEZ9wrmHkLvnMkKOr9iJ9oGccTuTsbuczk26oYQ7WNrod0NoAj7W3L41qjItjmRRXxZ_mlF74WXJPpJMr0n45XTLfS1s/s1600/tio+001.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="310" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiQaxdjvaZtSygjTIQ3Ni876_LT7jGbAd5_pMC3y02RZAEsxvQSgEZ9wrmHkLvnMkKOr9iJ9oGccTuTsbuczk26oYQ7WNrod0NoAj7W3L41qjItjmRRXxZ_mlF74WXJPpJMr0n45XTLfS1s/s400/tio+001.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Nunca
consegui dar cambalhotas. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Invejava
as outras crianças que conseguiam dar cambalhotas, cresci mais e invejei as pessoas que conseguiam escrever histórias bonitas, cresci mais e invejo
as pessoas que não cresceram tanto assim. Agora que não cresço, só invejo. <o:p></o:p></span></div>
<br />
<br />Kaitohttp://www.blogger.com/profile/10862179806007357360noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-389987294030559493.post-62771445922732513832012-11-22T00:00:00.000-02:002012-11-22T00:00:03.938-02:00Acabou-se a pilha dos lábios, ou: Os ocos ecos da minha voz<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, serif; line-height: 107%;"> Contemplo o meio; nada me prende a atenção, nada me
desperta vontade de me esforçar. Nada parece ter sabor. Ouço uma melancólica
música, sinto a mais profunda tristeza, talvez nem mesmo o jovem Werther tenha
sentido igual. Mas sou incapaz de chorar, não verto uma única gota salgada de
lágrima sequer. Há um gato se debatendo na minha garganta, tão violento que me
faz pigarrear sangue... ele não desce, tampouco sobe; desde certo tempo ele está aqui, nunca o
vomitei, nunca o digeri... ele permanece.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, serif; line-height: 107%;"> Teria de estudar agora, mas nem para isso tenho
ânimo; até teria-lo, não fosse a inutilidade do ato; não é que não seja capaz
de entender as complexas teorias, não é que não fosse capaz de palestrar sobre
elas por uma centena de dias. Mas: Qual o sentido, qual a razão, para quê,
exatamente?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, serif; line-height: 107%;"> Tenho muitos do meu lado, diria que quase todos;
todos me têm em alta conta, todos sorriem quando chego, todos confabulam
comigo, mas nenhum me leva a sério, sou o tipo ideal que ninguém quer senão
para um eventual apontamento ou comentário, para rirem dos absurdos que falo e saírem
dizendo “que ideias engraçadas aquele tipo tem, não?”. Então para quê? Vontade
mesmo eu tinha era de queimar tudo, atear fogo ao circo e sair andando.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, serif; line-height: 107%;"> Sou o bobo da corte, a requerida comédia; bom ter-me
à mesa, ouvir-me tratar dos dilemas universais e particulares, dos mais simples
aos mais complexos; mas ninguém me escuta verdadeiramente, é apenas entreter...
E o pior é ter de manter a pose neoliberal de tolerância a determinadas
opiniões por própria falha minha de querer agradar a todos, não por ser
compreensivo, mas apenas para continuar sendo bem visto. Quando sei que o
correto seria vociferar a todos que deixassem a covardia e a mesquinhez para a
puta velha e que, pelo amor de deus, parassem ao menos por um segundo para tentarem
algo verdadeiro.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, serif; line-height: 107%;"> O pior é saber que mesmo já tendo-me mostrado
incontáveis vezes com a razão, de nada adianta, é senão acaso, nada mais. Não
sou legitimado nem por uma fama estúpida para ter razão em algo, tão pouco por
algum título, ou por alguma quantia de cédulas em minha carteira; nada além do argumento
me legitima, e este, ultimamente, não tem bastado.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, serif; line-height: 107%;"> Essa história não termina como a do Werther; não
cesso minha vida em um acesso de tristeza indomável. Não posso dizer certamente
como termine, mas pode ser que termine com o solver de alguns dos meus sonhos e
aspirações; pois Tristeza: um dos maiores solventes das vontades nossas.<span style="font-size: 9pt;"><o:p></o:p></span></span></div>
Ian \ohttp://www.blogger.com/profile/08177985698477027655noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-389987294030559493.post-74332900787978779902012-11-21T11:00:00.000-02:002012-11-21T11:01:51.624-02:00O que escrever?<br />
<div class="MsoNormal">
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Sozinho, com o computador à
frente, tentava escrever algo decente, como nos velhos tempos em que era apenas
ver a página em branco e as ideias floresciam, os contos tomavam vida própria.<o:p></o:p><br />
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A chuva leve caia lá fora e de
vez em quando uma brisa fria, vinda da janela aberta, agitava-lhe os cabelos e o fazia arrepiar . Pensou em se levantar
para fechá-la, mas não valia o trabalho. “quem sabe esse som de água caindo não
me inspira”, estava se agarrando a qualquer fiapo de esperança que o fizesse
voltar aos velhos tempos de criatividade.<o:p></o:p><br />
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A vida andava complicada, não se
sentia mais útil, não saía mais nada daquela cabeça além do cabelo desgrenhado
de quem anda desistindo até mesmo dos cuidados pessoais.<o:p></o:p><br />
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Continuou a fitar a tela em
branco, começou a pensar que devia trazer a cafeteira para a mesa de trabalho, para não ficar
levantando para buscar o café, e perder a concentração. Mas por outro lado,
buscar o café era o único exercício físico que fazia, se é que podia ser
chamado de exercício.<o:p></o:p><br />
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O celular tocou, ele olhou o
número, era seu agente... não estava com paciência para falsas palavras de
estímulo, especialmente com a fome que estava, e a preguiça de descer até a
cozinha para fazer um sanduíche, pensou se não devia trazer também a geladeira para o escritório... <o:p></o:p><br />
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Paul, o agente, continuava
insistindo... enviou-lhe uma mensagem de
texto “paul, estou escrevendo, não atrapalhe meu momento criativo”, o celular
parou de chamar e ele voltou o olhar para a tela do computador novamente.<o:p></o:p><br />
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Anoiteceu e a fome finalmente o
fez se levantar para comer algo, a geladeira estava cheia de frutas e verduras,
uma tentativa da família, provavelmente, de mantê-lo saudável, pelo menos
fisicamente. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Após comer, chegou a cogitar a
ideia de tomar um banho antes de dormir, sentiu seu próprio cheiro, não estava
tão mal, adiou o banho para amanhã.<o:p></o:p><br />
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Eram nove horas quando acordou,
tomou um copo de leite com café, espreguiçou-se e se sentou á mesa, ligou o
computador e achou que tinha uma ideia, poderia escrever sobre um cara que não
tinha a mínima ideia sobre o que escrever...<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<br />Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/10031617376125124067noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-389987294030559493.post-15750940588526724702012-11-20T00:00:00.000-02:002012-11-20T00:00:03.397-02:00Um país rico é um país sem gente rica<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<o:p><br /></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
O Estado está
aqui para nos livrar do “estado” bárbaro e selvagem, aquele de lobos, e nos
trazer para a elevação de espírito e pensamento edificador. Sim? Se não, onde
reside a inverdade na afirmação anterior? O Estado é fruto e não causa de um
pensamento edificador? Ele está aqui simplesmente para nos trazer um diferente
estado de barbárie e selvageria, mas este segundo velado sob a bandeira da
democracia?</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
Talvez eu não
seja capaz de responder a essas perguntas, que são ardilosas e de ordem muito
filosófica para o meu modesto e símio pensar. Só sei que os homens que compõem
os poderes do Estado são figuras peculiares e dignas de reflexão. Os meios são
corruptíveis, as possibilidades são tentadoras e transformadoras; mas os
homens, estes homens que estão no poder, estes são homens assim como nós.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
O que se passa
quando um sujeito pobre, minimamente assalariado, iletrado, sem suporte de
saúde e com meia dúzia de filhos para criar vota no latifundiário, de família
tradicionalmente abastada e dono de metade das terras da sua cidade? Uma hipótese
é a de que ele realmente acredita que este fazendeiro que demonstra tamanha
prosperidade no sistema capitalista tenha capacidade para gerir uma cidade e
ela também fazer próspera. Outra é a de que ele crê que o poder não deve se
dissociar da riqueza. E uma terceira é a de que esse homem pobre vota sem ter o
mínimo controle sobre aquilo que está fazendo, ou seja, não sabe como, por que
e nem em quem está votando.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
Já os que
estão no poder têm, sim, consciência de como funciona o voto. Eles sabem os
meios, não de fazer política, mas de produzir uma imagem política: são profissionais
políticos. E justamente por isso se perpetuam e até deixam herdeiros. Mas,
ainda assim, o interessante aqui é constatar que nem esses profissionais
políticos estão no topo da “cadeia alimentar”; não tomam as decisões finais e
nem têm ciência de todos os fatos.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
O capital é
que movimenta a alma. Dói, dilacera, mas é uma verdade que deve ser aceita
antes que consuma a vista, as ligações nervosas e até as juntas dos membros. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
Um movimento
que parece (só parece, pois os fatos não estão à minha disposição) estar sendo
aplicado contemporaneamente é o de manufaturar candidatos a eleições. Ainda
mais com o advento da “ficha limpa”, deve-se agora encontrar sujeitos idôneos,
imaculados. Homens com tais características não existem no mundo voraz da
política. Portanto, vemos cada vez mais artistas, pessoas populares e
fantasiadas ascendendo ao poder. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
Um dos maiores
exemplos que me salta à mente é a excelentíssima senhora Presidente do país. Quem
seria ela não fosse o PT e o oportunismo continuista? Quem seria ela não fossem
as cirurgias plásticas e as diversas aulas de oratória (demagogia)? Onde estaria
ela se os seus opositores fossem um tanto menos ridículos – e um tanto mais
manufaturados como ela?</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
Um país rico é
um país sem gente rica.</div>
Marco Faleirohttp://www.blogger.com/profile/05453444237898544531noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-389987294030559493.post-28362898770243058782012-11-19T00:00:00.000-02:002012-11-20T21:55:15.254-02:00Pausa de 6 minutos<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
Comemoração da "Consciência Negra": apenas mais uma forma de segregação da humanidade (racismo)</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/5eCRc4HJUDw?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div>
<br />
<div style="text-align: center;">
--------------------------------------------------------------------------------</div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
Compreensão sobre o pedido de laicidade do Estado (retirada dos dizeres "Deus seja louvado" das células de Reais)</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/29ikshSAdHQ?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: xx-small;">Satanistas poderiam pedir os escritos "Satã seja venerado" no seu dinheiro...</span></div>
Алиссон PП / Alisson RPhttp://www.blogger.com/profile/01718975907271243981noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-389987294030559493.post-82200610671799050042012-11-18T20:19:00.001-02:002012-11-18T20:27:23.006-02:00extremamente alto e incrivelmente perto<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEil2VzjTFH12xi2BRzUZrmTXebys6T-R0Jb2KDrq0jloEgNlZTB9Whku9iFuwf-9R4VLhDElyCzKxAtDxWLwz_yTi2DLZwtgQgPYqbyKuytNRLOP_Agb_4bRnIpLQCf8MpZjjC9qKcs-U2d/s1600/hamleeet.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="222" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEil2VzjTFH12xi2BRzUZrmTXebys6T-R0Jb2KDrq0jloEgNlZTB9Whku9iFuwf-9R4VLhDElyCzKxAtDxWLwz_yTi2DLZwtgQgPYqbyKuytNRLOP_Agb_4bRnIpLQCf8MpZjjC9qKcs-U2d/s400/hamleeet.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; mso-bidi-font-size: 12.0pt; mso-fareast-language: PT-BR;"><br /></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; mso-bidi-font-size: 12.0pt; mso-fareast-language: PT-BR;"><br /></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; mso-bidi-font-size: 12.0pt; mso-fareast-language: PT-BR;">"Outra
coisa boa seria se eu pudesse treinar meu ânus para falar quando eu peidasse.
Se eu quisesse ser extremamente hilário, eu o treinaria para dizer 'Não fui
eu!', toda vez que soltasse um peido incrivelmente forte."<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; mso-bidi-font-size: 12.0pt; mso-fareast-language: PT-BR;">"E que
tal microfones pequenos? E se todo mundo os engolisse e eles tocassem o som de
nossos corações em pequenos amplificadores que poderiam ficar nos bolsos de nossos
macacões? Quando andasse de skate na rua, à noite, você poderia escutar os batimentos
cardíacos das outras pessoas e elas poderiam escutar os seus, tipo um sonar. O
estranho seria se o coração das pessoas começasse a bater ao mesmo tempo, como
as mulheres que moram juntos têm seus períodos menstruais ao mesmo tempo, que é
uma coisa que eu sei, mas não fazia questão nenhuma de saber. Seria muito estranho,
com exceção do lugar no hospital onde os bebês nascem, que soaria como um
candelabro de cristal em uma casa flutuante antes que os bebês tivessem tempo
de alinhar seus batimentos. E a linha de chegada da Maratona de Nova York
soaria como uma guerra."<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; mso-bidi-font-size: 12.0pt; mso-fareast-language: PT-BR;">"O
fascinante é que eu li em National Geographic que há mais pessoas vivas agora
do que todas as que morreram na história da humanidade. Em outras palavras, se
todo mundo quisesse interpretar Hamlet ao mesmo tempo, não seria possível, pois
não há caveiras suficientes!"<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; mso-bidi-font-size: 12.0pt; mso-fareast-language: PT-BR;">"Na
verdade, se as limusines fossem extremamente compridas, elas não precisariam de
motoristas. Você poderia simplesmente entrar no banco traseiro, caminhar pela
limusine e depois descer pelo banco da frente, que ficaria onde você precisava
ir. Agora que parei para pensar nisso, eles podiam fazer uma limusine
incrivelmente longa que tivesse o banco traseiro na VG da sua mãe e o banco
da frente no seu mausoléu, e ela seria tão comprida quanto a sua vida."<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, serif;">Esse livro tá complicando minha vida,
cutucando meu cérebro, lá dentro. Lindo pra dedéu, assim como o filme, e além. <i>Extremamente
alto e incrivelmente perto</i>, de Jonathan Safran Foer, traduzido pelo ilustre
Daniel Galera, aquele que escreveu o Mãos de cavalo. <o:p></o:p></span></div>
Kaitohttp://www.blogger.com/profile/10862179806007357360noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-389987294030559493.post-63244451860210816242012-11-12T00:00:00.000-02:002012-11-12T23:16:54.269-02:00Ato I Cena 3 Ela acordou assustada, mesmo tendo sido acordada carinhosamente por seu marido. Se recuperou da fadiga causada pelo sonho não recordável e reparou que uma bandeja-de-café-da-manhã-na-cama estava a sua espera. Um "bom dia" grave, mas calmo, e acompanhado de um sorriso, fez seu tímpano vibrar.<br />
Houve uma resposta sonolenta misturado ao ar de um bocejo incontido, e naquele momento ela percebeu que não conseguiria agir como numa atuação duma atriz de novela, que acordam sempre bem despertas, sem remelas nos olhos, de caras limpas, maquiadas e de bexigas vazias.<br />
Pediu uma mal humorada licença, aparentemente repentina, deixando seu marido meio desconcertado; mas ele a compreendeu parcialmente, o suficiente para não se deixar abalar. Naquele momento ele refletiu sobre a situação e pensou que provavelmente ele também não conseguiria despertar e comer algo sem uma idinha rápida no banheiro.<br />
Enquanto lavava o rosto, ela sentiu uma pontada de ódio daquela bandeja(-de-café-da-manhã-na-cama), que provavelmente teria sido comprada por um preço altíssimo (já que aquilo era um item de pouquíssima utilidade para o dia-a-dia e que só servia para satisfazer desejos luxuriosos) e seria usada naquela única ocasião para, praticamente, nunca mais ser retirada do lugar em que guardariam-na, ocupando um espaço inutilmente. "Afinal, que ocasião mesmo requeria uma bandeja daquela?". Terminou o que precisava fazer no banheiro e saiu forçando um pequeno sorriso no rosto.<br />
— Que surpresa agradável amor. Pegou-me desprevenida. Há que devo a grande honra de um café-da-manhã na cama?<br />
— É nosso aniversário de namoro, sua tolinha.<br />
— Nossa. Esqueci completamente.<br />
— Tudo bem. Sou eu quem sempre esqueço mesmo. Isto é para compensar todas as vezes que eu esqueci.<br />
— Obrigada. Realmente não precisava. Este dia é tão seu quanto meu.<br />
— Eu sei. Por isto mesmo que comprei, para hoje a noite, dois ingressos para vermos aquela peça teatral que tanto queríamos. Você vai ter que faltar o trabalho hoje por motivos de força maior..!<br />
— E com prazer!<br />
...<br />
Caindo então no prazer, um nas caricias do outro, curtiram aquela manhã intensamente, se fartando, ambos, daquele café-da-manhã após ato. Só então ela reconheceu as maravilhas de ter uma bandeja de cama e teve a certeza de que não era um item para se ficar guardado juntando poeira. "Que se dane o preço que isto custou. Vai valer cada centavo!".<br />
<br />
Já no anfiteatro, o relógio marcava o horário de início da peça indicado no ingresso, mas como de costume, as companhias tem o terrível hábito, nada educado, de esperar mais meia hora antes de realmente entrarem ao palco, sempre com a péssima desculpa de que é para esperar mais gente chegar. Se eles não vão ser pontuais, porque sua plateia deveria? Respeito gera respeito... Além do mais, eles não ganhariam nem menos nem mais por apresentarem na hora ou depois, já que os ingressos são comprados antecipadamente.<br />
Todavia, tais pequenos inconvenientes nem chegaram a percepção daquele feliz casal, que para eles tudo estava perfeito. Exceto quando um sujeito, com o rosto encoberto, subiu ao palco e anunciou um assalto, mostrando que em cada porta de saída haviam mais de seus semelhantes aos pares. Isso por se só já era bastante pertubação para uma noite, porém não há situação que não possa ficar pior: Atrás da cortina um assistente de palco que está sendo abordado por um dos assaltantes derruba um candelabro, parte do cenário, na tapeçaria e começa um incêndio que avançava rapidamente e que era não contido (devido as ações limitadas que os reféns possuíam).<br />
A falta de reação e a indecisão dos assaltantes diante do caso, fez chegar a situação de insustentabilidade do assalto. Ou todos ficariam presos ali repassando seus pertences enquanto eram cercados pelo fogo ou o assalto acabava e todos fugiriam do lugar. Neste momento, o sujeito que estava no palco respirou fundo e disse calmamente:<br />
— Senhoras e senhores, obrigado por participar deste assalto mal sucedido. Por favor, levantasse e saiam em pânico e desordenadamente pelas saídas que estão atrás de vocês. Pois se algum momento da sua vida é para se deixar tomar por estes sentimentos, uma boa hora é agora. Tenham uma boa noite.<br />
Por medo ou por choque para com relação aos acontecimentos, como numa psicologia reversa, todos, incrivelmente, se levantaram e saíram calma e ordenadamente em fila.<br />
...Até, claro, o fogo afugentar os residentes do teatro e alguém gritar "RATOOOOO" de um lado e "BARATAAAA" do outro...<br />
E assim o mundo reinou em caos e destruição até o cair do sono.Алиссон PП / Alisson RPhttp://www.blogger.com/profile/01718975907271243981noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-389987294030559493.post-39485362657376246132012-11-09T00:00:00.000-02:002012-11-15T19:21:29.295-02:00sou forte, sou por acaso<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjtTueQlso9OX0zfA1MkBBTVrM3Yg6dcwa6dSjwijQ-Gu1rtul2GDqVLwCZi1yy1At-nE6xiULoVMn6oNuVlnEzW9SN4HOwIPfd_YZa2ceryUvEmnpV1LlHogoJ_-nKF5DqhabKoO7X8RB2/s1600/poi+001.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjtTueQlso9OX0zfA1MkBBTVrM3Yg6dcwa6dSjwijQ-Gu1rtul2GDqVLwCZi1yy1At-nE6xiULoVMn6oNuVlnEzW9SN4HOwIPfd_YZa2ceryUvEmnpV1LlHogoJ_-nKF5DqhabKoO7X8RB2/s400/poi+001.jpg" width="321" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Teve
um dia em que jogamos nossos barcos na enxurrada pensando que eles iam de bueiro
em bueiro até chegar numa enseada. Nisso tinha um quê de infância que não
queria ir embora nem nunca foi, nem nunca permitiu que a gente admitisse que os
barcos de papel viravam a esquina e afundavam, mas nós continuamos. Então,
depois que você ficou longe, comecei a reparar que os tijolos de argila bem no
muro da minha casa escondiam outros muros estendidos além, tantos muros, tão
além, que não restou uma cerquinha lá longe com uma placa dizendo: aqui é o resto
do mundo. Só restaram as passagens de labirinto, individuais, estreitas,
sufocantes, minha nossa, tenho tanta coisa para falar, te ouço andar do outro
lado, sai da sua trincheira e vem pra cá, home is wherever I’m with you, eu não
entendo o sistema de eleição dos Estados Unidos, hoje olhei pra alguém que não
conheço, que olhou pra mim por muito tempo e a gente ficou puxando um cabo de
guerra, porque é muito difícil não desviar os olhos nessa situação, mas um de
nós dois tinha que desviar de uma vez por todas antes que a corda arrebentasse
ou meus olhos ou os olhos do lado de lá do buraco do muro. Não sei, mais cedo
eu estava pensando na história desse cara que colecionava rolhas e o quarto
dele tinha milhões de rolhas e elas vazavam sempre que a porta se abria, ou a
janela, porque não havia nada para tapar a porta ou a janela, daí ele comprou
tijolo e fez cimento com cuspe, construiu um muro na soleira e no parapeito,
ficou preso lá dentro e morreu. O cara só morreu porque fechou a vazante das
paredes e esqueceu de fechar os gargalos das garrafas de destilado, bebeu tudo,
entrou em coma e na solidão da convulsão fez verdade sua morte, mas como esta
história é ruim demais eu nunca vou escrevê-la. Vai, faz de conta que ela
também morreu na memória deste parágrafo e só tô te contando isso pra você ver
que foi daí que eu tirei a ideia de abrir mais um pouco o buraco do muro, como
o cara da história nunca vai fazer, pra ver se eu encontro aquele olhar de novo,
o do cabo de guerra, sabe? Pois é, talvez eu consiga abrir um buraco um pouco
maior, talvez se eu esticar bem a mão eu consiga alcançar a sua, talvez eu até
atravesse ou cresça por dentro suficientemente pra notar que só existe meio
metro de tijolo e eu ando arrastado no chão, corcunda nato. Afinal esse negócio
de muro é só paranoia, se eu quisesse ficar de pé ou se eu pudesse sair daqui de
dentro da cápsula da complexidade, teria me levantado. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">O
muro é tão pequeno, só barra mesmo aqueles barcos de papel que pensávamos de
mentirinha que desembocavam no mar e a televisão transmitia que eram parte do
lixo que entupia suas bocas-de-lobo. Na verdade, eles viraram a esquina e continuam
ali, parados na porra do muro, como nós continuamos. <o:p></o:p></span><br />
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"><br /></span>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiv7iSkuSxkHpKdZjXS8vIQSEME_E5FG84rL8VVp0vmDqKh8NSTEuUWO3twQ81XP-Vryc4-orYWIC2QsmeE3xaCC5dOVve-QuW1rItqHgkRggrtWsoOt-8libp5VH72rjE8h1vNSGcdSzCp/s1600/IMG_20121109_174148.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiv7iSkuSxkHpKdZjXS8vIQSEME_E5FG84rL8VVp0vmDqKh8NSTEuUWO3twQ81XP-Vryc4-orYWIC2QsmeE3xaCC5dOVve-QuW1rItqHgkRggrtWsoOt-8libp5VH72rjE8h1vNSGcdSzCp/s320/IMG_20121109_174148.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
e faltam oito anos pra abrirmos a cápsula do tempo!</div>
</div>
Kaitohttp://www.blogger.com/profile/10862179806007357360noreply@blogger.com3