Pós-Zumbis 2ª temporada(1)

Não conhece? Para ler a primeira temporada CLIQUE AKI!

E as coisas continuam piorando

Oh, let the sun beat down upon my face…”
                O carro estava em altíssima velocidade e sem cintos de segurança. A razão de não ter cintos de segurança era justamente o fato dele ter sido inteiramente remodelado, porém alguém achou que os cintos eram dispensáveis.
Stars to fill my dream. I am a traveler of both time and space…”
                Alguns poucos zumbis iam sendo atropelados sem o menor receio, bastava que entrassem no meio do caminho. A delegacia havia ficado para trás há horas. No carro, tocava, no máximo volume, a música Kashmir, do Led Zeppelin
This world has seldom seen. They talk of days for which they sit and wait
                _Você já ouviu essa música cinco vezes, Fronrel, troca essa poha.
                _Só mais essa vez, fazia tempo que eu não escutava Led.
                Eles bebiam uma garrafa de Jack Daniel’s.
                _ Eai, vai ir encontrar seu pessoal agora?
                _ Provavelmente, só que tenho que ter certeza de que a polícia não vai os colocar em risco.
                O leitor deve estar intrigado, deve estar no mínimo se questionando sobre a ausência de algumas informações neste singelo inicio de história. Bem, para não contrariar os mais perspicazes, aqueles a quem a ausência de alguma informação sobre a fuga do Fronrel da Prisão se mostrou nestas primeiras linhas, irei pausar esta pífia narrativa para contar-lhes a não tão emocionante fuga do presídio.

-----Algum tempo antes disso tudo que você já leu...-----

                Fronrel estava preso em uma sala, algemado de mãos para trás em uma cadeira. Dois policiais adentram o recinto. Sem dar tempo nem de se perceber suas gordas presenças, dão, cada um, um soco no Fronrel, não um soco forte, apenas um soco para avisarem que não estão de brincadeira; O primeiro no estomago, o outro na face, não no nariz, como o leitor pode estar tentado a visualizar, mas na lateral, próximo à orelha.
                _ E então? O que vai ser?
                _ Como assim o que vai ser? De que estou sendo acusado, em primeiro lugar?
                Os dois responderam em uníssono
                _ NÃO ESTAMOS ALTORIZADOS A RESPONDER ESSA PERGUNTA!
                _ Então como diabos eu posso saber o que tenho de responder?
                _ DEVERIA TER PENSADO NISSO ANTES DE COMETER CRIMES! – Novamente em uníssono
                _ ¬¬. Certo. Bem, posso lhes dizer que tudo que fiz foi visando minha sobrevivência.
                _ DISCORDAMOS!
                _ Como assim, discordam?!
                _ NÃO ESTAMOS ALTORIZADOS A RESPONDER ESSA PERGUNTA!
                _ ¬¬². Então me tragam alguém que pode! Caramba, está um caos lá fora, a cidade está tomada por zumb...
                _ Mas vejam só que estão aqui!
                Neste momento havia entrado um Policial de Alta Patente na sala, Fronrel não tinha certeza, mas parecia ser o delegado.
                _ Não precisa ficar tentando confundir estes abeis soldados, Fronrel. Cuidado rapazes, ele tentará lhes convencer de uma série de absurdos.
                _ SIM SENHOR!ESTAMOS ATENTOS, SENHOR!
                _Certo, podem descansar um pouco, vão tomar um café ou coisa que valha, eu cuido do interrogatório de agora em diante.
                _ SIM SENHOR!
                Os soldados saíram da sala, o Policial de Alta Patente trancou a porta.
                _ Se eu demoro mais um instante... Você tem alguma ideia do que anda fazendo, Fronrel? Está ai badernando, espalhando a desordem, não se envergonha?
                _ MEU DEUS! NINGUEM ME ESCUTA! Têm um monte de ZUMB...
                Nesse instante o Policial de Alta Patente tapou a boca do Fronrel com a mão e sacou sua pistola. Falou a meio tom:
                _ Cale a boca, ok? Chega dessa história de zumbis e o escambal – havia um sorriso no rosto do Policial de Alta Patente.
                De repente o Fronrel entendeu, percebeu que a enrascada em que havia entrado era maior do que pensava.
                _ O senhor sabe.
                _ Eu sei? O que?
                _ Porquê ninguém os está impedindo?
                _ Bem, somente um louco como você gostaria de impedir o progresso.
                _ Progresso?
                _ Sim, Fronrel, progresso. Ideias, Ideias geram disputas, já parou pra pensar a respeito? Conhecimento gera ambição, com ambição a felicidade se torna cada vez mais difícil de ser alcançada. Agora eu te pergunto, não seria melhor se todo mundo vislumbrasse a mais intensa das felicidades com um simples trabalho braçal? O que fizemos, desde muito tempo, foi, aos poucos, atrofiar a mente humana. A mente humana tem um potencial incrível, sabe? Mas o problema é que quando se sabe muito, é muito fácil ficar insatisfeito. Então nós, com esse genial plano, solucionamos o problema, já que a função principal dos governos é zelar pela felicidade de seus povos.
                Fronrel estava querendo voar no pescoço do policial, sentia uma real vontade de matar. O que aquele animal sabia sobre felicidade?! Fronrel segurou a raiva, precisava conversar mais um pouco com aquele sujeito odioso. Entre os dentes, perguntou:
                _E vocês, governantes, quando é que passam a participar?
                O Policial parecia surpreso com a pergunta?
                _ Como assim? Precisa-se de algum para reger, alguém que mande os Novos Humanos para seu serviço, onde conseguirão o ápice de sua felicidade. Imagine, um NH(Novo Humano) é feliz colhendo cana-de-açucar, só que em algum momento a cana vai acabar de ser colhida e ele não saberá o que fazer, sentirá falta daquela sensação gostosa que sentia com o trabalho manual, e é ai que nós, os governantes, as grandes corporações entramos, nós ficaremos com o árduo trabalho de administrar a boa vida dos NHs. O que você vê hoje, Fronrel? Ter conhecimento não é primordial para ser feliz, as pessoas querem é felicidade, independente dos custos à isso. Se uma pessoa é feliz usando um tennis Nike, foda-se se ele é manufaturado por uma criança escrava na China, as pessoas não se importam, não ligam a mínima, e é isso que o ser humano é. Felicidade a todo custo, este é o lema, só estamos barateando o preço.
                _Só que essa não é uma felidade verdadeira, né?
                _ Exatamente, e é por isso que nosso plano dará certo. Se as pessoas já lutam para proteger este estilo medíocre de vida, sim, eu também acho medíocre, uma vez imerso nessa quase sufocante felicidade, você acha mesmo que eles vão querer ficar ouvindo alguém falar asneira sobre Sustentabilidade? Sobre Política Humanitária? Sobre Marx? Sobre Platão?
                _E agora que você me contou tudo isso, o que será de mim?
                _ Essa é uma resposta meio óbvia, não? Mas na verdade você tem uma alternativa para prolongar sua vidinha medíocre, você vai nos indicar a localização dos seus amig...
                Um dos policiais que estavam na sala naquele instante, sua cara era de desespero.
                _ SENHOR! Pessoas INSANDESIDAS ESTÃO ATACANDO A DELEG...
                Nesse momento Fronrel pensou “zumb...”, mas não teve tempo de terminar seu raciocínio, uma explosão enorme destruiu a lateral da sala.
                Tudo ficou confuso na cabeça do Fronrel, ele estava no chão, a boa notícia é que podia ficar de pé, a cadeira em que estava havia quebrado, a má era que ainda estava algemado. O Policial que havia vindo dar a notícia estava morto, o Policial de Alta Patente estava meio grogue, tentava se levantar, rapidamente Fronrel levantou-se e deu-lhe um fortíssimo chute na cara. Foi até os destroços e pegou seus pertences, sua jaqueta estilo blazer, e seu revolver. Correu.
                A delegacia estava um caos. Agora que a adrenalina havia passado que ele se deu conta do enorme ferimento no seu braço esquerdo, pelo menos era o esquerdo. Andando entre os corredores, viu que, na explosão, uma grade havia sido quebrada e os presos locais estavam escapando.
                _ Hey, brother! Me ajuda aqui, eu fui algemado por esses policiais filhos da puta...
                _ Rapido, Rapido!
                Fronrel virou de costas e quando viu, já estava solto. O preso ainda disse “te cuida” antes de desaparecer entre os destroços.
                Aquele lugar parecia um labirinto maldito, Fronrel precisava achar a saída. Até que viu uma sala que fez seus olhos brilharem. Era a Sala das Armas. Pegou alguns revolveres, nunca gostou muito de pistolas; uma submetralhadora e uma escopeta, pegou uma mochila e encheu de munição. Saiu.
                Ao chegar na garagem, se desesperou. Nenhum Carro. A frente da delegacia estava lotada de zumbis. O que os impedia de entrar na garagem era um portão mequetrefe que não iria aguentar muito tempo. “E agora?” Fronrel buscava uma solução, até que, bem próximo aos seus pés, um bueiro se abriu. “Fudeu”. Fronrel já saca seu revolver.
                _ Relax man, vim te salvar.
                Era o Choreilargado, seu grande amigo de muito tempo. Fronrel ficou imensamente aliviado de vê-lo, desde o inicio da confusão não havia conseguido falar com ele.
                _ Não fica ai dando trela, entra logo.
                Fronrel entrou.
                _ E como foi que você me achou?
                _ Desde que você foi preso, a gente ficou preocupado...
                _ A gente?
                _ É, mas agora não é hora de ficar discutindo isso, vamos logo, tem um carro esperando a gente- Ele disse isso com um sorriso entreaberto
                E é isso, caros leitores, não a nada mais a ser dito sobre a fuga do Fronrel. Claro, muito provavelmente, ele contará essa história de uma maneira muito mais poética e aventureira, mas isso foi o que ocorreu.
--------Voltando à cena inicial--------
                _ Quem está com você?
                _ A gente montou um grupo de sobreviventes, um grupo bem pequeno, na verdade. Basicamente somos eu, minha família, o Jc, o Hh e o Jimmy.
                Fronrel não pode deixar de pensar, onde estariam os seus pais nesse momento? Seu pesamento foi interrompido pois, nesse momento passaram por uma Lan House. “Vamos lá, eu tenho que avisar o pessoal que ta tudo ok.”
                “Fronrel – Relax, pessoal, estou vivo.”
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E aconteceu o MILAGRE! Sim, O MILAGRE! Recebi a primeira Crônica de Pós-zumbis! \õ/
Meu grande amigo Eduardo, do blog Chorei Largado, me enviou uma crônica, muito boa por sinal, para lê-la basta CLICAR AQUI!
Se você também quiser enviar a sua crônica, saiba como Clicando Aqui!
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E é isso pessoal, a série voltou, para a alegria de alguns e a infelicidade de outros. Mas a vida é assim né...
Ps: Mesmo esquema de sempre, postagens às segundas-feiras
COMENTEM!

2 comentários:

  1. senti falta do monquei, o galã da série...

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  2. O esquema de sempre vai ser alterado gente =x
    Confesso que a culpa é minha! =/
    asuhsauhsaushausahusah


    Ficou muito foda o retorno!

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