Pós-Zumbis 2ª temporada(3)

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 Até quando?

                E por fim eles chegaram à Biblioteca.
                _ Você realmente não fica? – Perguntou Fronrel
                _Well, você sabe como essas coisas são, é mais prático se o grupo for menor, aliás, fica a dica, o seu é um pouco grande.
                _ Tem razão, duro é ter que dizer isso a eles.
                E assim foi. Não precisaram nem dizer “adeus”, talvez por dois singulares motivos: O primeiro era por que, no fundo, sabiam que se veriam novamente, e muito em breve; o segundo pois não precisavam deste tipo de formalidade, eram amigos a muito tempo. Fronrel entrou.
                Mas o que viu foi desolador. O local estava tremendamente bagunçado, livros rasgados, estantes destroçadas, sofás com espuma saindo do estofado. E um bilhete. Fronrel o leu.
                “Fronrel, não lhe esperamos por força das circunstâncias, em meio ao ataque eu rabisquei esse bilhete para que você pudesse nos achar, fomos para um local que possivelmente é seguro, encontre-nos no Oscar Niemeyer...”
                _ Como assim? O Arquiteto?
                “Não, seu idiota, o Centro Cultural. Até lá”
                As coisas estavam um pouco complicadas, era dia e ele tinha um arsenal de armas em suas mãos, como sair com isso sem ser visto? As coisas eram definitivamente muito estranhas, porque não podia ser uma invasão zumbi como qualquer outra? Onde as pessoas viravam zumbis, tudo pegava fogo, explodia e você tinha de lutar para sobreviver? Aqui ele tinha de lutar para sobreviver enquanto as pessoas continuavam a abrir seus mercados, continuavam a fabricar tênis, continuavam a comer fast-food e continuavam a perguntar a psicólogos qual era o sentido da vida. Era difícil. O que torna ainda mais curioso o cenário até agora descrito. A sorte, que pode ser adjetivada como LOTÉRICA, que Fronrel tem tido, a fuga da prisão, as inúmeras escapadas da morte, o arsenal em suas mãos, não saberia até quando isso ia durar... Era melhor esperar a noite, afinal “o seguro morreu de velho.”
                E a noite vem. Fronrel sai. Como pesavam aquelas mochilas. É curiosos pensar nisso, pois quando Fronrel roubou aquela caminhonete, o que já fazia um tempinho, ele sentiu uma culpa terrível, mas agora não se importava, pelo contrário, estava louco que algum carro de bobeira chegasse à sua percepção. Claro, não apontaria a arma na cara de ninguém para tomar o carro, mas se visse um dando bobeira em algum estacionamento... E não é que a sorte continua do seu lado... pois lá está o tal carro, ele nem precisou andar muito, na verdade andou apenas uma quadra. Havia um bar/restaurante nas redondezas da Biblioteca, seu estacionamento era um lote baldio sem iluminação, o guarda? Velho e sonolento. Ele pega o carro e sai.
                _Agora vejamos... Pra chegar ao Oscar Niemeyer é mais prático pegar a BR.
                Para chegar à BR ele passava pela porta da sua casa. As luzes estavam acesas. Fronrel freia o carro. Ao entrar na casa encontra seus pais.
                _ Pai! Mãe!...
                _ Não se aproxime! Criminoso! Assassino! Bandido! Suma dessa casa, você MATOU SEU IRMÃO!
                _ Ei! Calma ai! Estou sendo perseguido, o Sefode havia tentado me MATAR, eu só me defen...
                _ VÁ EMBORA! SUMA! OU CHAMO A POLÍCIA! Filho Imundo! Bastardo!
                E Fronrel sofre, sofre pois só vê medo no olhar de seus pais, não vê amor, não vê apoio, e isso lhe faz lembrar do que o policial de alta patente havia lhe dito. Argumentar é inútil, é melhor ir embora, ao menos pode ver que eles estão “bem”, “bem” com o peso de um filho “criminoso” nas costas. E Fronrel segue seu caminho. Chora em silêncio. Começa a chover. Fronrel retira a cabeça para fora do carro e grita, grita como se o ar de seus pulmões fosse uma toxina que não pudesse ficar dentro do corpo por muito tempo... Nunca mais partidas de sinuca com o pai, nunca mais conversas sobre namoro com a mãe, nunca mais sessões de filmes Cult aos domingos. Será que havia motivo para continuar tentando? Porquê resistir? Porquê não se entregar aos malditos e deixar que eles lhe fizessem só mais um zumbi? Pra quê aguentar isso tudo? Fronrel para o carro, Fronrel liga o som – Goodbye Cruel World – Pink Floyd – Fronrel desce em meio à chuva, Fronrel puxa seu revolver, Fronrel dispara Dois tiros pro alto.
Goodbye cruel world, I'm leaving you today, Goodbye, Goodbye, Goodbye”
Eles aparecem, um bando, tamanho médio, uns 15 zumbis.
Goodbye all you people, There's nothing you can say
_ Foi uma bela história, pena que eu não tenho mais forças para continuar... – Pensa, em voz alta, Fronrel.
Ele abaixa a cabeça, fecha os olhos e espera pacientemente o seu fim. Espera aquele filminho da “sua vida em um segundo” que todo mundo diz passar diante dos seus olhos enquanto você está próximo do toque da foice.
To make me change My mind...”
                Eles se aproximavam, já abriam as bocas. Aquele olhar hipnotizado, aquela fronte sedenta.


Goodbye.


                _F-R-O-N-R-E-L!!!!!
                Fronrel já havia se desligado do espaço, já havia esvaziado sua mente, mas aquele grito lhe trouxe à tona. Fronrel entendeu com um misto de vergonha e ódio de si mesmo que não podia ter se entregado, que não seria agora. O carro passou a toda velocidade e atropelou alguns. Fronrel sacou o revolver.
                PORQUE NÃO SERIA AGORA
                Dois zumbis caíram, dois tiros exatamente entre os olhos.
                PORQUE NÃO SE ENTREGARIA
                Recarregou os tambores vazios, sacou a Katana. Uma cabeça decepada.
                PORQUE O ATO IMPENSADO DE AGORA POUCO FOI UM MOMENTO QUE NUNCA MAIS SE REPETIRÁ
                Três tiros, um na perna, um no peito, um na testa.
                PORQUE AGORA SE LEMBRAVA DE ALGUMAS PESSOAS QUE AINDA ACREDITAVAM NELE
                E eis que ele vê quem lhe salvou: Monquei. Ele não estava sozinho, mas a pessoa que o acompanhava não desceu do carro. Ele veio ajudar, sacou uma pistola e um facão. Dois tiros, alguns cortes e vários caem. E assim, um a um eles são derrubados... Até que nenhum resta.
                E ai fica aquele clima. O Silêncio...
                _ QUE MER-DA VOCÊ TAVA FA-ZEN-DO!? – Indaga Monquei
                _ Bem... Well... tava tomando um ar... dai eles apareceram...
                _ VAI TOMAR NO C*, VOCÊ QUASE FOI MORTO, E AINDA ME FEZ FICAR TODO MOLHADO!
                _ Well, isso não importa mais – Fronrel suspirou aliviado, balançando seu casaco para tentar retirar um pouco da umidade, e esboçou um pequeno sorriso – E quem é que está com você afinal?
                Monquei simplesmente na fala, seu rosto cora, seu sorriso aumenta e seus olhos brilham. Ela desce. Era R.
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E é isso ai pessoal! Espero que tenham gostado, me certifiquei que não ocorrerão mais atrasos na série e é isso ai!
Ps: Estou triste pois não tive comentários no meu Post de Quarta T.T e pelo Podcast, que pouca gente ouviu T.T².

5 comentários:

  1. Ficou sensacional esse episódio, cara, genuinamente emocionante!

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  2. Realmente TOP na balada! muuiiittooo foda
    congratulation!
    no coments more!

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  3. É impressão minha ou no começo você conversa com o bilhete?

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  4. quem é r mulher?
    alguem sobrevive quem morre afinal?

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  5. É impressão minha ou no começo você conversa com o bilhete? (2) tava desatualizada, já voltei e tá cheia de emoção, muito boa!

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