"Sardinhas do céu"
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Monomotores não chegam
até a velocidade da luz, diferente dos pássaros. Porque os pássaros seguem
aquelas tramas contra físicos descrentes, scilicet meu próprio professor de
física. Sim, mais poético que dizer que estão na velocidade do som, outrossim,
voam ao contrário por causa da aerodinâmica inata.
Íamos nós cinco dando a
volta ao dia em oitenta mundos para espalhar a palavra machadina, quando nosso
pequeno avião de um só lugar — o piloto neste lugar e o restante da corja
sentado nas asas — foi atacado por uma nuvem preta, que pairava solitária. Era
a nebulosa alma de Eugênio, tentando nos impedir a profetização.
Caímos. E nunca, mesmo
eu cujo nome tende ao particípio do cair, havíamos experimentado a queda.
Morte. Chegava. Perto. Demais. Feito. Chão. Concreto. Pifara o motor que tinha
o mono, mas vieram os pássaros da espécie ligeira já dita, num bando que
lembrava as sardinhas do mar, assim como as estrelas do céu lembraram as do mar
aos feitores de substantivos; e as sardinhas do céu salvaram nossos corpos e
nosso machado roubado.
Lá em cima, uma simples
trama, mas eu sei que um dia coisas boas virão.
Fiquei quase quinze minutos admirando o desenho...
ResponderExcluir: )
Nome que tende ao particípio de cair haha
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