When everything is
lonely I can be my own best friend. I get a coffee and a paper, have my own
conversations with the sidewalk and the pigeons and my window reflection. The
mask I polish in the evening by the morning looks like shit.
Um
dos meus maiores problemas é precisar ser o meu melhor amigo, não só precisar,
mas também querer sê-lo, e sair frustrado e inimigo de mim mesmo. Outro
problema é ser vazio: tão vazio que uma das coisas que mais me deixam em pânico
é imaginar-me cometendo um erro ortográfico grotesco; é nauseante, horrível e
vazio...
Eu tenho medo de perder tudo o
que é de verdade ao inventar e inventar e inventar a minha própria verdade.
Assim como quando era criança e acreditava cegamente ser a pessoa mais
inteligente do mundo; o que admito não ter mudado muito, mas note: admitir é o
maior dos passos da modéstia. Eu não só era a pessoa mais inteligente no mundo,
como também era a mais sozinha e desacreditada, pena que não sou a mais
inteligente, porque seria bem mais fácil lidar com as outras duas coisas assim.
Mas não é ruim de verdade perder
um amigo quando ele é só você mesmo. Perder um amigo que te surpreende, te
comove e te põe pra cima é que é ruim. Eu não sou capaz de me surpreender,
comover ou pôr pra cima, sou a mesma coisa de sempre, um pontinho denso,
maciço, um pré-big bang, uma bola de pelo conflituosa que nunca sobe pela
garganta. Tenho saudade dessas coisas... Mas saudades são um fim em si mesmas!
- sempre quis dizer que algo é um fim em si mesmo – já que elas só vêm como
confirmação daquilo que você já sabia.
Quem nunca se sentiu assim? Uma
bola de pelo, um conflito, uma saudade de um amigo qualquer que tenha te
corrigido quando você, intencionalmente, tenha escrito pois é de uma forma
casual, entre amigos, mas tudo bem, amigos são pra essas coisas, corrigir o
outro mesmo sabendo que não é necessário, porque dessa forma, quando for
realmente necessário, não existirá um enorme muro anti-intimidade entre os
dois.
Só que esse muro já caiu há
tempos. O problema é que já não havia mais nada do outro lado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário