(Assista a partir dos cinquenta segundos e perceba como o PM desce o cacetete no sujeito que já estava no chão).
Algum tempo
atrás, vinha eu num ônibus bem cheio no início da noite quando, aparentemente,
um rapaz foi assaltado no ponto e o perpetrador do crime entrou neste mesmo
ônibus. Instantes depois, uma viatura se aproximou e pediu que o motorista encostasse.
Pela rapidez, elogio o policial que foi tão solícito, prontamente atendendo ao
pedido do garoto vitimado. Mas o que repudio foi o que aconteceu em seguida: o
homem fardado da polícia militar sacou sua arma e apontou para o interior do
ônibus que, diga-se de passagem, estava lotado de pessoas “alheias” ao
ocorrido. Ele entrou e convidou a vítima a tentar reconhecer o suspeito no meio
daquela multidão de pernas. Para a infelicidade do rapaz, o suspeito não estava
ali.
A pergunta é:
um moleque que tomou uma mochila e saiu correndo precisa ser contido com uma
arma de fogo? E, mais ainda, como pode o sujeito apontar o instrumento
mortífero na direção de qualquer um?
A verdade é
que a polícia brasileira como um todo é despreparada. Mal treinada e mal
remunerada, muitas vezes corrupta e até criminosa. Pagam salários miseráveis,
treinam-nos com a mesma eficiência com que ensinam nas escolas públicas e,
ainda assim, colocam calibres grossos na mão desses homens. Não só isso,
colocam nas suas mãos, na maioria das vezes, a responsabilidade de decidir se
alguém morre ou não. Esses mesmo que ganham pouco e são despreparados podem
declarar sentenças de morte com uma leve pressão no gatilho.
Sem falar que
grande parte do armamento que vemos em posse dos “bandidos” pode ter sua
procedência rastreada até um policial. Ou estes vendem para aqueles ou aqueles
tomam destes.
Vivemos num
estado de guerra literal. O aparato bélico, tanto de um lado quanto de outro, é
de guerra. E a respeito dessa série de assassinatos que aconteceram ao longo
desse ano em Goiânia, o que dizer? Os dois lados matam e matam e matam. Não foi
no mínimo suspeito o que aconteceu com aquele advogado, o Davi Sebba?
A polícia não
serve para oprimir, como muitos pensam por aí.
Se você já
sofreu algum abuso de um policial que se julga capitão Nascimento, compartilhe
nos comentários.
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