Não sei se ainda acredito

                Das diversas dúvidas da humanidade, talvez uma das maiores seja: Qual o sentido desta merda? E era isso que me fazia (ou faz, ainda não sei direito) acreditar na existência do Criador, do lord, do Ser supremo que deu o Start nesse colosso que é o Universo. Mas agora não sei se ainda acredito. Não foi uma decisão tomada, foi simplesmente um estalo abrupto que me veio à tona em um momento de ócio.
                Os que leem minhas bobagens aqui escritas já sabem, não sou um grande fã das religiões. Nunca me fiei muito nelas, talvez a maior razão seja o capitalismo quase explícito impregnado nelas. A única que ainda mantém um certo prestígio na minha humilde concepção é a religião espírita, mas isso é tema para outro post. Sempre que questionado acerca da famigerada, e muitas vezes geradora de discuções, “Posição Religiosa”, sempre respondi não ter religião, ser crente em Deus independente de uma religião, que é uma instituição como qualquer outra e que, por estar aos cuidados das mãos humanas, está sujeita às corrupções do homem. Minha visão é a de que Deus não interfere na nossa vida, limita-se a julgá-la no final, não creio (nem nunca acreditei) em realizações através de rezas, nunca me fiei em milagres, nunca acreditei no “Deus que quis”. Para mim, se tais coisas fossem possíveis, não faria o menor sentido Deus “julgar-nos” ao final da saga, bastaria mover os cordões. Creio no livre arbítrio e nas consequências advindas dele. Ponto final.
                A verdade é que o motor gerador da minha Fé sempre foi a necessidade do “próximo estágio”, sempre tive a expectativa do “algo a mais”. Para mim era demasiado vago, e até um pouco triste, a vida simplesmente terminar com um monte de terra em cima. Meu espírito, megalomaníaco e prepotente, precisa de mais que isso, precisa de um propósito maior. É isso não é? Não é o que nos motiva a seguir em frente? O propósito? Se disser que são os sonhos não estará errado, caro leitor, mas sonhos nada mais são do que um propósito maquiado.
                Ocorre que me peguei devaneando sobre o “Sentido” da vida. E visualizei, com meu paradoxal pessimista e poético jeito de ver as coisas, visualizei a humanidade; visualizei a ignorância humana; visualizei o analfabetismo funcional; o descaso generalizado; a incessante busca pelo material; a falta de compaixão; a falta de interesse pelas coisas importantes, a preguiça; a hipocrisia; o extremismo; a idiotice; a falta de bom senso; o consumismo; o egoísmo; o extresse; o patético ciclo da vida; a lógica universal da sociedade; a velhice; a gradual perda das habilidades motoras e psicológicas; o Homem. Penso que vislumbrei um lampejo da “lógica” das coisas, não sou prepotente a ponto de dizer que o que vi é real, embora, se me questionarem, diga sem medo de errar que “SIM, INFELIZMENTE É O QUE OCORRE.”, não digo que é, ou melhor, digo, mas tenho consciência do status desse “dito”, que não passa de uma opinião.
                Então eis que, como se bebesse água, aceitei que as coisas podem não ter um sentido maior, que a triste percepção dessa vida vai me acompanhar pela velhice e se sepultará em meu peito quando eu for para o caixão e lá permaneceremos até que os vermes me levem a carne e os ossos e a essência e ponto, fim de história. Sem outros mundos, sem outros planos, TALVEZ seja só isso. Eis que minha fé expirou.
Não formulei uma opinião sobre a positividade ou a negatividade da dita reflexão.
Vem justamente disso a concepção deste texto, parafraseando o mestre Saramago: Escrevo para compreender. Escrevo como se, para que compreendesse, tivesse de tentar explicar a outros. E não estou aqui a prometer explicações a ninguém, prometo devaneios, e muito mal escritos, até; muito prolixos, até; muito devaneios, até.

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10 comentários:

  1. kk Pois eu sou o seu oposto. Quando olho para a humanidade, sinto uma imensa vontade de buscar a Deus. Ora essa, olhe o que somos, as monstruosidades que fazemos. Como posso viver em um mundo totalmente sozinho com esses seres estranhos? Como posso acreditar que a justiça nunca virá? Ah, sei lá xD Pra mim faz todo o sentido, assim como todo o universo e sua função O.o kkkk

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  2. E, eu acho que a fé vem sendo uma coisa obrigatória,e que uma parte da sociedade vem perdendo seus limites em relação a isso. Realmente tbm acho que a religião que trás um pouco do sentido sobre isso seja a espirita! Acho que cada um faaz sua crença, ps tdos nos temos um propósito a seguir. Creio que quem tem uma fé obsesivaa, naum tem uma fé verdadeira, acho que tudo tem seus limites, principalmente crê naqlo que nunca si viu. Textoo perfeito!

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  3. Todas as religiões são a mesma coisa: tudo mentira... quer dizer: tudo fruto da imaginação de alguém. Como enaltecer as pessoas que, com mais de quinze séculos de desenvolvimento intelectual, bolaram o espiritismo, em detrimento dos pobres judeus e cristãos com as cabecinhas menos até do que medievais?

    Que alguns de nós saibamos ler já é uma das maravilhas do universo. Não é porque a maioria não consegue que vou crer ou deixar de crer em... deus?

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  4. deus deve ser um cara mto gente boa. cuando eu morrer a gnte vai se encontra no paráiso.nao sei se vao ter umas virgens esperando hehee mas q vai ser baum, aah vai ser, viu \\o//
    nao entendo essas paradas aew de mentira
    pra mim é tdo coisa de gnte q naum tem o q pensar hehe sao gentes mto atoas mesm pra ser ateus
    tem q pregar o nome de jesus cristo, porquê só jesus pode salvar a gente do mundo e levar pro paráiso eterno da vida eterna..... nem consegui terminar de ve esse texto aew. sacanegem com o nome de deus e do espirito santo. ficar dizendo o nome de deus em vao assim. tem q acreditar, mano
    se deus quiser, vcs ainda vao acreditar hehee elefantes nao salvao ninguem nao, nem os pingentes nos colares ;)

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  5. Nem o analfabetismo funcional U.U

    Tem q ver isso aewww

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  6. Isso é contra a política do blog, querido Claudio hahaha

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  7. A maior parte dos ateus parece imaginar que um grupo de teólogos se tenha reunido em sessão secreta e inventado a idéia de Deus, apresentando-a depois ao povo. Mas os teólogos não inventaram a Deus como também os astrônomos não inventaram as estrelas, nem os botânicos as flores. È certo que os antigos mantinham idéias erradas acerca dos corpos celestes, mas esse fato não nega a existência dos corpos celestes. E visto que a humanidade já teve idéias defeituosas acerca de Deus, isso implica que existe um Deus acerca do qual podiam ter noções erradas.
    Eis em suscintas palavras os argumentos que podemos aduzir. Não fique porém, a impressão de que a existência de Deus depende de uma demonstração racional. Nem para provar todas as coisas podemos usar o método científico. Há uma ciência muito mais profunda que precisamos aprender: a ciência da fé.

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  8. Aprecio seu modo de vista...: )... Eu também pensava assim, o que me fez mudar de concepção, não foi igreja x ou y, simplesmente me descrencei... é que, do meu ponto de vista, não se escolhe Crer em Deus, ou se crê ou não se crê... é isso a fé, você não escolhe tê-la, simplesmente a tem, e a minha se esvaiu.

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  9. Os astrônomos não inventaram as estrelas e muito menos os botânicos as flores, mas só pelo pequenininho fato de poderem vê-las ou talvez só observarem suas interferências.
    E deus? Onde alguém pôde vê-lo ou observar sua interferência (não só pela contemplação de coisas bonitas, que isso é o fim da picada)?
    Tivemos de inventá-lo. É o mais famoso amigo imaginário de todos os tempos.

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