A dama
de ferro é um filme biográfico da Primeira Ministra britânica Margareth
Thatcher. É uma narrativa deveras resumida da vida e da carreira da mulher.
Descreve sua origem, suas motivações e seu inicio, sua ascensão, principais
acontecimentos e atos, seu retiro e suas complicações na velhice.
No
filme, é apresentado sem muita delonga o problema de ser mulher e querer
projetar-se num mundo machista e corporalista. Além disso, destacam-se os
olhares de escárnio direcionados a ela por todos aqueles gordos burgueses
degustadores de charuto e uísque, esse tipo ignóbil que corrompia e ainda
corrompe até mesmo a mais antiga das democracias do mundo contemporâneo.
Atentados “terroristas” do IRA,
Guerra Fria e seu eventual fim, megalomania norte-americana: um período
conturbado para a Ilha (assim como para o resto do mundo) comandada com rédeas
firmes pela direitista de saias. Talvez seja possível traçar um paralelo entre
essa célebre personagem e a nossa líder presidente da república; já que o sexo
feminino no poder, tão menosprezado há pouco e que a passos curtos vem
conquistando maior participação, sugere mudança, quebra de tradições obsoletas
e de relações medievais absurdas; porém, o que se viu na Inglaterra de Thatcher
e o que se vê no Brasil de Roussef, é o conservadorismo quase absoluto e a
antiga política de apaziguamento paliativo das tensões geradas pelos movimentos
sociais e sindicais.
Diga-se de passagem, gênero não
é nada e não devia representar nada para fins meramente racionais, muito menos
ser fator decisivo no direcionamento de um voto. Não existe coisa mais absurda
do que uma mulher que, candidatando-se a algo, diz-se militante do movimento em
prol da igualdade entre os sexos, mas apela para esse ponto incansavelmente: igualdade entre os sexos, pois as mulheres
são fortes e você deve votar em mim, que sou mulher! Será que sou eu o
único a me enojar com esse tipo de contradição? Porque, se você se propõe a
defender a igualdade, não devia firmar seu chão destacando a diferença...
Voltando ao filme, faz-se
necessário elogiar a atuação de Meryl Streep, que convence tanto como a inglesa
imponente e forte, quanto como a definhada senhora sozinha no mundo. São cenas
interessantes as que contrapõem em sequência a sagaz e afiada e dominante à
frágil e esquecida e quase demente.
Mas, se for preciso definir o
ponto alto da obra, uma cena em especial dá braçadas violentas para arrebatar o
título. Thatcher, já velha, resolve empacotar as coisas do marido para
desfazer-se delas. Numa bela metáfora, ela prepara as malas que ele levará na
sua partida. A vulnerável velhinha que sente saudade de tudo e tanto que já
passou despede-se do marido; ele vai embora e ela afunda no desespero de estar
definitivamente sozinha.
E esse será o fim de nós todos
(os grandes líderes mundiais e os vulgares da plebe), estarmos sozinhos,
definitivamente sozinhos, satisfeitos ou não com o que fizemos enquanto
podíamos fazer.
Porque você não "justifica" a estrutura dos seus textos?
ResponderExcluirNão tenho que justificar nada pra ninguém.
ResponderExcluirE fica muito quadradão justificado, não gosto.
ResponderExcluiro: que pergunta é essa, moço ian?!
ResponderExcluirSó não assisti esse filme, porque o diretor que o produziu não está na minha lista de favoritos ¬¬'
ResponderExcluir