Se se é um conservador destes sisudos, a primeira
coisa que terá é uma palpitação ao entrar no Campus II da UFG, talvez em
qualquer grande Campus do país. Lá, como brincamos eu e o Marco durante uma
análise, as minorias são maioria. Você vê muito mais “hippies”, “punks”, “esquerdistas”,
“maconheiros”, “revolucionários”, “homossexuais” e “profetas de botequim” do
que pessoas tidas no meio ordinário como “comuns”.
A UFG conta, em todos os seus campus em Goiás, com aproximadamente
23000 alunos (dado fornecido pela pró-reitora de graduação em uma palestra que
assisti no início do ano). Eu fiz uma rápida pesquisa, mas não consegui achar o
número certo de pessoas que se formam anualmente, mas, pense comigo: Onde é que
estão esses “revolucionários”, “esquerdistas”, “hippies”, “os contra sociedade”...
e seus sinônimos? Creio que vestem terno e gravata e vão para os escritórios e
esquecem o discurso dos anos de curso.
Não estou falando das vestimentas ou da maconha
fumada, mas poxa, há tanto discurso de mudança na universidade... se milhares de pessoas saem de lá todo ano
depois de terem falado e ouvido tal monólogo até a exaustão... eles estão sendo
abduzidos? Ou são apenas acometidos por uma amnésia? Ou por um desanimo? Ou por
um choque de realidade? Se todos que lá se formam não esquecessem a latumia
ouvida, talvez o nosso país estivesse diferente.
A interrogação entre parênteses não é desproposital,
não estou acusando ninguém de hipocrisia, apenas conjecturando a estranheza
deste fato. Como eu questionei no parágrafo supraescrito, talvez seja apenas
uma sensação de fraqueza, mas isso não descaracteriza a peculiaridade do fato,
que só corrobora em minha opinião o caráter imutável do homem. E também sua
tendência social forte, essa de agir de acordo com um movimento de massa sem
verdadeiramente estar interado do que aqueles atos e dizeres representam de
fato. Talvez seja isso, essa necessidade de inserção em algum grupo por status
ou coisa semelhante, mas nada de concreto, nada de verídico, apenas aparência,
maquiagem, hipocrisia. Mas não sei, algum leitor ai sabe?
Se você
é daqueles que ainda está no ensino médio, verá do que falo; se você já ser
formou, sabe do que falo; se nunca ingressou ou não pretende, convido-o, por
pura experiência sociológica, a visitar o campus para ver do que falo. Eu fico
um pouco intrigado.
A comoção
causada em massas é perigosa, quanto mais estudo isso do ponto de vista
sociológico, mais me convenço disso.
Sou só eu?
Isso vai ficando cada vez mais claro quando aprofundar em sua nova área de estudo!
ResponderExcluirNão é só você, mas continuam sendo poucos!
E aqueles caras que foram a Woodstock e que curtiram a porra toda da década de setenta? Eles são nossos pais, professores, governantes...
ResponderExcluirAcho que é um processo um tanto natural: envelhecer, conformar-se.
faz sentido, para variar. U.U; a Lilia me contou que leu sobre um bairro no japão onde todo mundo se encontra para "saborear a contra-cultura", por assim dizer. Adolescentes vão lá para vestirem-se da maneira que quiserem, para falar, para se tatuar e para viver lá por uns tempos. Até certa idade, então largam tudo para irem aos serviços e firmas... A contra-cultura, talvez, é então muito mais uma fase do que uma ideologia...
ExcluirTenho que descordar de sua última frase, Ian.
ResponderExcluirentão argumente...
Excluire tirar a graça dos seus estudos te privando da dúvida da certeza?
ExcluirNão por agora ^^
haha... essa eu gostaria de ver...
ExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirCampus grande? Só se for em extensão de pastagem.
ResponderExcluirGanhar diploma não significa adquirir formação intelectual.
Todos anseiam por mudança, em todos os setores da educação e demais. A questão é que pequenos nichos nunca mudarão o panorama. Os maconheiros não legalizarão a maconha, os rockeiros não ressuscitarão Elvis e os profetas do botequim não verão a Saneago distribuir cerveja. Isso porque são todos minorias e pense só ... mesmo que se unam, 23 mil pessoas ... é uma piada em um estado com aproximadamente 6 milhões de pessoas (http://pt.wikipedia.org/wiki/Goi%C3%A1s).
Vide paralisação nacional das universidades por mais de 90 dias. No fim da história a gente se contenta, se não pode vence-lo una-se a ele (sistema).
mas, se você lembrar que a grande maioria da população é de todo modo apática, as coisas podem ter alguma forma de expressão. Na história, nenhum movimento de reforma ou revolução foi feito por maiorias, nem um único para amostra... dessa forma, se aconteceu antes, talvez não aconteça agora não pelo tamanho desta minoria, mas pela qualidade daqueles que a integram...
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