Gaia, lixo, cheiro do ralo e extinção da raça humana



O que faremos com todo esse lixo que produzimos? São toneladas geradas por dia em pequenas cidades. O montante mundial (diário, diga-se) é praticamente incomensurável.

Consideremos o argumento de que o homem só é capaz de alterar o que existe na natureza, e não criar. Há verdade nisso, claro que há. Mas, em volumes astronômicos, os produtos finais de toda essa epopeia (gases, plásticos quase indecomponíveis) são coisas com as quais o nosso atual ambiente não está habituado; ou melhor, as formas de vida modernas não são habituadas a tudo isso.

Em suma, estamos transformando o ambiente em que vivemos. Ambiente esse que, até o presente momento, é o único reconhecidamente (por nós mesmos, grande coisa) capaz de permitir a existência de qualquer tipo de vida.

A natureza segue em frente. Nós é que poderemos não estar aqui pra ver isso acontecer.

(Clique na imagem para vê-la em tamanho maior).




“Deus criou o mundo, mas foi o homem que tornou o mundo confortável”.
“Tá na bíblia”.
“O homem é o deus do conforto. O único animal que poderia fazer isso é o homem. Acha que o cachorro faria isso? A girafa faria isso, pescoçuda do caralho? A baleia faria isso?”.
“Não, ia deixar tudo molhado”.
“Só o homem que era capaz de fazer uma coisa assim, confortável como uma poltrona. Um casacão desses”.
“Mas o homem encheu o mundo de coisa ruim também”.
“Tipo o quê?”
“O lixo”.
“Não. Discordo. O lixo é bom. O lixo é o troco. O homem criou o lixo pra ocupar os desocupados”.
(Trecho retirado de O Cheiro do Ralo, livro de Lourenço Mutarelli adaptado para o cinema).

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