Mais uma decisão um tanto pitoresca tomada por legisladores tupiniquins nesses tempos conturbados. O deputado Raul Carrion, do PC do B gaúcho, propôs um projeto para “defender” a nossa língua mãe, obrigando a tradução de expressões ou palavras estrangeiras para a língua portuguesa, sempre que houver no idioma uma palavra ou expressão equivalente. O projeto foi aprovado, mas, felizmente, é uma lei estadual.
Do que diabos andam se ocupando esses comunistazinhos, já que têm tanto tempo livre pra pensar nessas histórias descabidas? O engraçado é que esse tipo de coisa foi obra da extrema direita no mundo todo; os fascistas italianos e os franquistas na Espanha sempre tentaram implantar essas medidas “protecionistas”. A oposição nesse país é uma piada e caçar estrangeirismo é só mais uma prova disso.
A língua é quase um ser independente. Ela se desenvolve de acordo com as opções que os falantes adotam. Acho que esse tal Raul não é um linguista e nem um pouco conhecedor da mais simplória etimologia; o português já absorveu incontáveis palavras de diversos dialetos estrangeiros e, justamente por isso, é uma língua tão plural. Algumas palavras, na minha opinião, jamais poderiam ser traduzidas sem nenhuma perda de significado. Queria ver esses gaúchos tão dedicados às suas funções públicas traduzindo coisas como pizza e site, com uma palavra única, simples e com sentido completo.
Vamos tentar esquecer dessa conversa fiada de acabar com os estrangeirismos e aproveitar para fazer declarações de amor à língua portuguesa. Se tem alguma coisa boa que foi deixada pelos portugueses por aqui, foi esse belíssimo idioma: as palavras fluem, enchem a boca. Há como ser prosaico como um gesto e também há como ser prolixo como uma imagem com milhares e milhares de pixels.
O português também é uma língua muito democrática. Nem tanto, talvez, por ser complexa e a gramática se tornar por várias vezes instrumento de dominação. Mas um português bem falado agrada aos ouvidos de todos, não cansa o falante e tem um léxico inesgotável; há sinônimos para tudo, façam as suas escolhas!
Vestibular da UFG chegando e muita gente começa a ter palpitações só de ouvir esse nome. Como eu sou um aprendiz de aspirante a universitário, quero reiterar aqui minha indignação com essas provas desumanas, mas o que fazer...
Boa sorte pra quem vai prestar e não se esqueçam de levar dezenove canetas pretas, só por precaução.
Em um mundo cada vez mais globalizado, aprovar um projeto desse é equivalente a caminhar para trás em vez de dar apenas um passo retrógrado.
ResponderExcluirMas se é assim, que eles comecem desde 1500 quando palavras francesas, holandesas e espanholas já foram inseridas.
Trabalhaaaa, negada!
Com certeza eles tem muito tempo pra pensar, e como eu disse em um recente post chamado Ô PÁTRIA AMADA BRASIL! no chorei largado. são um bando de desocupados sustentados pela população.
ResponderExcluirCaneta é caro..., mas sempre levo 4 rsrsrs
ResponderExcluir"Vai que..."
O texto muito bom , belo português.O melhor e a citação da palavra pizza por que quando se trata de Deputados tudo acaba em Pizza !
ResponderExcluirOlá!
ResponderExcluirA língua portuguesa deve ser preservada e toda ação nesse sentido será sempre louvável. Infelizmente, existem aquelas pessoas ignorantes que acha qeu cologar termos ingleses na nossa lígua fica bonito. Isso não se pode admitir.
Abraços
Francisco Castro
Não dá pra chamar isso de proteger a língua, se foi exatamente importando palavras estrangeiras que ela se formou!
ResponderExcluirE os "ignorantes que acham que colocar termos ingleses na nossa lígua fica bonito" são insignificantes. Quem decide se um termo entra ou não no nosso léxico são todos os falantes da língua. E, se todos os falantes da língua optam por incorporar alguma palavra de outro idioma, deve ser porque é realmente útil e positivo...
Concordo que existem uns estrangeirismos que nao podem ser traduzidos, mas como você disse a língua portuguesa é linda.
ResponderExcluirMas esse assunto é muito paradoxal, concordo em um monte de coisas, mas discordo de algumas também.
Tudo deve evoluir e a língua não deve ficar para trás.
Mas o problema é que os norte americanos estão socando o idioma deles em todos os outros e não acho isso certo, na internet há monopólio gigante do inglês, estão até falando que o novo analfabeto é o que nao sabe ingles, também já li textos que falam que uma porcentagem enorme de idiomas serão extintos por causa desse monopólio.
Tem até uma tirinha da Mafalda que fala a respeito disso.
Esses estrangeirismo não estão sendo adotados de maneira natural estão sendo impostos.