O amor é, sem dúvidas, uma das mais engenhosas
e belas composições arquitetônicas. Digo-o, pois dele estou saturado, não
cansado, cheio. O Amor tem o poder de enriquecer auricamente os pequenos
detalhes que antes passavam tão despercebidos, e não é esta uma das maiores
virtudes da boa arquitetura? Conferir valor ao simples, ao banal, ao besta?
É
o mais esplendoroso o mais ignóbil sorriso, de modo que entendemos porque o
amor é matéria para tantas músicas, poesias, filmes, livros e tanto tempo
investido. Fazer do simples, complexo; do lixo, luxo; do um, dois é sim perspicácia
que muitos batem o pé e se recusam a aceitar como sendo pura a simples reação
química. “Ora essa, só mesmo sendo obra de um deus para dar tanta alegria à
vida do homem” eles dizem, e não posso discordar que talvez seja verdade.
Amor,
razão de tantas angústias, mas que nem se fazem pesar quando comparadas ao
positivo de amar e ser amado; de entrelaçar os braços no corpo quente de alguém
que você sabe estar conectado consigo por algo que transcende as necessidades
da carne por fogo ou da psique por companhia, é alguém que supre
verdadeiramente os anseios da alma.
Como
ia dizendo, a arquitetura do amor é dotada de alta sofisticação, de modo que
confere luz esplendida a mínimos detalhes, colore pretos e brancos com
incontáveis megatons, dos quais muitas vezes nem temos notícias na paleta
universal das cores.
Se
outrora nos pegávamos a dizer que amor era coisa melosa, sem graça e
superestimada, que o bom era ser solteiros; e eventualmente somos enlaçados por
essa avalanche que o amor é; batemos na boca mil vezes e oramos a todos os
santos e cristos para que nossas palavras não tenham sido ouvidas por nenhum
conhecido próximo.
Ter
certeza do amor é praticamente impossível, a tênue linha que destila amor de
paixão só se faz mostrar depois de longa data de união, mas creio que o risco
valha a pena, e vale cada segundo investido.
Para
finalizar, há mais uma coisa que o amor é, pauta para quando não se sabe sobre
o que escrever.
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Ps: Peço aos leitores sinceras desculpas pela ausência de pós-zumbis ontem.
explico-me: Estar na faculdade tem me acarretado pequenas novas descobertas que têm me tomado tempo, mas não é essa a minha desculpa. A minha justificativa é que, sendo esta a última temporada, estou me esforçando ao máximo para tornar a série um trampolim perfeito para o final que idealizei, de modo que, em dados momentos, acabo empacando em alguns pontos e tendo de refletir bastante em como moldá-los para que se tornem condizentes com o final, do qual, caso queiram saber, não abro mão, mas é isso ai. Peço a todos os leitores da série que não desistam, que tenham apenas um pouco de paciência com este que vos escreve.
O amor é uma droga que torna quem a experimenta totalmente dependente desde a primeira vez. Tem a incrível capacidade de mudar as pessoas em vários sentidos. Engrandece, acrescenta e faz sofrer. Até hoje não entendo muitas coisas, talvez essas coisas nem existam para ser entendidas, talvez seja esse desentendimento que as torna tão interessantes ou ainda, o gosto pelo desconhecido torna a busca mais intensa.
ResponderExcluirUma coisa que ainda não consigo compreender: como superar tal sentimento? Vejo pessoas que se decepcionaram em relação a isso e mesmo assim conseguem se apaixonar novamente e aquilo que chamavam de amor simplesmente.... evapora!!! E depois afirmam que esqueceu!!! COMO ISSO É POSSÍVEL!!
Notem a voz da inesperiência, talvez o tempo me responda...
Quantos "talvezes"!
P.S.: muito boa sua descrição desse sentimento cruel.
Acho perfeita a descrição dos tribalistas:
ResponderExcluirhttp://www.youtube.com/watch?v=8p8Sk1KOkxI