Sinos dominicais de todos os dias


Domingo; tarde morna; vento frio; músculos exaustos e, ao mesmo tempo, quase atrofiados; vontade de não ser nada e de ser tudo; angústia e olhar perdido. Aonde foi o sol que, apesar de continuar ali, não me traz nada senão a luz? Onde foi que perdi a alegria da descoberta e o calor do reencontro? Tudo continua tão igual e tudo passa por mim sem dizer nada...
É aí que começa a música, a mesma de sempre, aquela que é a trilha sonora dos momentos sufocantes, dos desesperos sem nome, das xícaras de café vazias e profundas, de andar descalço no chão gelado e de meter a cabeça sob o travesseiro. Ela não tem refrão, não tem ponte e não tem desfecho, mas fica tocando repetidamente na minha cabeça. Quero que ela pare e tenho medo de que ela não volte mais.
Deve ser aquela sensação de não poder ter e não ser capaz de tocar o que rege a música e o que martela as teclas daquele gigantesco piano de cauda de seda e de flores murchas estampadas. Deve ser a tal angústia a culpada por dar socos ensandecidos no gongo e o frio o responsável por esfregar o arco nas cordas macias e no meu pescoço rijo. Devo ser eu o único espectador dessa medíocre orquestra de horrores. Deve ser, mas não devia.
Mas eu sei o que é a causa e o que é o efeito. Sei das regras da causalidade e das leis da impotência. Não é a rotina, nem é o tédio, não são as noites monótonas, os sonos perdidos e a indisposição, não é a depressão ou nenhuma dessas doenças pós-modernas. Eu sei bem o que é, mas tenho medo de dizer em voz alta. Tenho medo de que os meus próprios ouvidos ouçam o que a minha boca diz e aquela ignorância de mentira acabe e chegue a hora de encarar a podridão do meu reflexo no espelho. Lá, além de óculos embaçados e pele pálida, vou encontrar o remorso de estar triste sem nem mesmo compartilhar das menores desgraças que acometem a todos por aí.
Talvez eu saiba o nome da música; eu sempre soube, é verdade, mas demorei a conseguir colocá-lo em palavras. É incerteza. Tive que escrever sobre a Era das incertezas outro dia e tive muita dificuldade. Dessas incertezas que os espertos e os intelectualizados dissecam eu não compartilho. Minhas incertezas não interessam a ninguém, nem mesmo a mim, não me interessam, mas me afogam. É incerteza que eu talvez confunda com solidão, ou o contrário.
É que a vida parece não ter mais toda aquela admirável vitalidade que costumava ter. Nem os motivos têm a força de continuar existindo. Dia após dia, os pés vão se arremessando para frente: primeiro o direito e depois o esquerdo. E nem noto mais os estalos que o meu joelho esquerdo começou a fazer de uns tempos pra cá. Não há surpresa, não há sangue subindo de súbito à cabeça e não há choro por decepções. Não, há sim o choro e há a decepção, e ela vem da vida, de tudo que eu esperava dela e que ela não quis me dar ou que eu não fui forte o suficiente para esticar as mãos e pegá-lo.
Frustração é aquilo que, no fim dos dias, nos decompõe no leito de morte e põe um terço nas nossas mãos e algo sobrenatural nas nossas cabeças. Mas acho que nem isso vai me afetar, já que deixei pra trás as grandes aspirações. No lugar delas ficou um grande, inominável e imensurável vazio. E aquela antiga música ecoa e reverbera dentro desse abissal negrume dentro de mim. Vazio, desértico, oco, acabado, exaurido, abandonado, frio, bem frio...

Quando é que estarei na crista da tecnologia?

NUNCA JUQUINHA! NUNCA!

                Cada vez mais, eu fico ensandecido com a velocidade de atualização da tecnologia, o que não é mais do que uma estratégia comercial. Uma vez, quando eu era bem novo, eu li um artigo que me deixou revoltado. Li que, quando uma câmera de 10 Mpx (exemplo) era lançada, eles já tinham duas, ou mais, gerações posteriores na empresa. Além de tudo isso, ainda somos, de certa forma, ludibriados. Primeiro por que ter uma câmera PESSOAL de 14 Mpx não vai fazer a menor diferença de ter uma de 9Mpx e segundo, (aprendi isso no curso de Design gráfico) o Mpx não é o fator central na definição da Qualidade da Imagem, é o tamanho da lente. Mas enfim, não estou aqui para falar de câmeras.
                O que me motivou a escrever este post foi o lançamento do Ipad2. Bem, não sei se perceberam o alvoroço em cima do produto, mas pra quê mesmo ein? O Ipad é um produto de usos extremamente específicos. Além de ser uma “caixa fechada”, já que não tem entradas para pen-drive ou leitor de CDs, é caro pra caraleo e, TENHO CERTEZA, 90% das pessoas que compraram ele no Brasil vão usar ele só para futilidades que poderiam ser feitas em um NETBOOK, que é bem mais barato que um Ipad.
                A Seis meses atrás havia chegado ao Brasil o Ipad, e agora, seis meses depois, chega o Ipad2, sem grandes modificações no hardware, apenas uma ENORME modificação no preço. Francamente, acho isso uma palhaçada enorme, mas não por parte dos fabricantes, eles são uns filhos da puta mesmo e deles não se espera muita coisa, mas é uma palhaçada da parte de quem compra esses produtos. Não consigo de deixar de recorrer ao exemplo da câmera fotográfica: Uma pessoa que tinha uma câmera de 10 Mpx usava ela para tirar fotos escrotas (provavelmente na frente do espelho e com o flash ligado) e postar no Orkut, ai sai a de 14 Mpx e ela fica histérica pra compra uma e ela vai continuar fazendo a MESMA MERDA, postando fotos no orkut. “Ah Ian, mas tem mais qualidade né...”. Qualquer otário já deve ter percebido, que o Orkut compacta as fotos, então não adianta você comprar uma câmera com 1zilhão de MPX pra postar no Orkut, você só vai demorar mais tempo pra Adicioná-las.
                Quando saíram os leitores digitais (Kindle, Ipad e outros) eu até pensei “Poxa, isso pode ser interessante, até mesmo pro meio ambiente”, mas eu sou muito ingênuo mesmo, por que não me lembrei que quem desenvolve isso, está cagando pro meio ambiente. Se criássemos um leitor digital, por exemplo, com peças universais e que suportasse atualizações, estaríamos tranquilos e poderíamos dar Adeus ao velho livro de papel, mas não, por que a cada uma semana os fabricantes desses produtos vão até a África pegar metais sujos de sangue e os envia à China para algum adolescente escravo manufaturar. E ai no mês seguinte o Ipad2 chega pra gente, ai a gente joga os velhos no lixo e compra os novos, não preciso nem dizer o porquê do mundo estar do jeito que está né.
                Nós consumimos de uma maneira quase automática, precisar ou não do que é comprado é secundário.

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Ps: Desculpem, mas não consegui pensar neste texto de forma engraçada.
Ps2: Se você esperava Pós-zumbis hoje, é por que você não acessou o blog sabado, logo os zumbis comeram você. Bem, a Season Finale da primeira temporada saiu nsábado passado...

O amor por entre o verde


Não é sem freqüência que, à tarde, chegando à janela, eu vejo um casalzinho de brotos que vem namorar sobre a pequenina ponte de balaustrada branca que há no parque. Ela é uma menina de uns 13 anos, o corpo elástico metido nuns blue jeans e num suéter folgadão, os cabelos puxados para trás num rabinho-de-cavalo que está sempre a balançar para todos os lados; ele, um garoto de, no máximo, 16, esguio, com pastas de cabelo a lhe tombar sobre a testa e um ar de quem descobriu a fórmula da vida. Uma coisa eu lhes asseguro: eles são lindos, e ficam montados, um em frente ao outro, no corrimão da colunata, os joelhos a se tocarem, os rostos a se buscarem a todo momento para pequenos segredos, pequenos carinhos, pequenos beijos. São, na sua extrema juventude, a coisa mais antiga que há no parque, incluindo velhas árvores que por ali espapaçam sua verde sombra; e as momices e brincadeiras que se fazem dariam para escrever todo um tratado sobre a arqueologia do amor, pois têm uma tal ancestralidade que nunca se há de saber a quantos milênios remontam. 
Eu os observo por um minuto apenas para não perturbar-lhes os jogos de mão e misteriosos brinquedos mímicos com que se entretêm, pois suspeito de que sabem de tudo o que se passa à sua volta. Às vezes, para descansar da posição, encaixam-se os pescoços e repousam os rostos um sobre o ombro do outro, como dois cavalinhos carinhosos, e eu vejo então os olhos da menina percorrerem vagarosamente as coisas em torno, numa aceitação dos homens, das coisas e da natureza, enquanto os do rapaz mantêm-se fixos, como a perscrutar desígnios. Depois voltam à posição inicial e se olham nos olhos, e ela afasta com a mão os cabelos de sobre a fronte do namorado, para vê-lo melhor e sente-se que eles se amam e dão suspiros de cortar o coração. De repente o menino parte para uma brutalidade qualquer, torce-lhe o pulso até ela dizer-lhe o que ele quer ouvir, e ela agarra-o pelos cabelos, e termina tudo, quando não há passantes, num longo e meticuloso beijo. 
Que será, pergunto-me eu em vão, dessas duas crianças que tão cedo começam a praticar os ritos do amor? Prosseguirão se amando, ou de súbito, na sua jovem incontinência, procurarão o contato de outras bocas, de outras mãos, de outros ombros? Quem sabe se amanhã quando eu chegar à janela, não verei um rapazinho moreno em lugar do louro ou uma menina com a cabeleira solta em lugar dessa com os cabelos presos? 
E se prosseguirem se amando, pergunto-me novamente em vão, será que um dia se casarão e serão felizes? Quando, satisfeita a sua jovem sexualidade, se olharem nos olhos, será que correrão um para o outro e se darão um grande abraço de ternura? Ou será que se desviarão o olhar, para pensar cada um consigo mesmo que ele não era exatamente aquilo que ela pensava e ela era menos bonita ou inteligente do que ele a tinha imaginado? 
É um tal milagre encontrar, nesse infinito labirinto de desenganos amorosos, o ser verdadeiramente amado... Esqueço o casalzinho no parque para perder-me por um momento na observação triste, mas fria, desse estranho baile de desencontros, em que freqüentemente aquela que devia ser daquele acaba por bailar com outro porque o esperado nunca chega; e este, no entanto, passou por ela sem que ela o soubesse, suas mãos sem querer se tocaram, eles olharam-se nos olhos por um instante e não se reconheceram. 
E é então que esqueço de tudo e vou olhar nos olhos de minha bem-amada como se nunca a tivesse visto antes. É ela, Deus do céu, é ela! Como a encontrei, não sei. Como chegou até aqui, não vi. Mas é ela, eu sei que é ela porque há um rastro de luz quando ela passa; e quando ela me abre os braços eu me crucifico neles banhado em lágrimas de ternura; e sei que mataria friamente quem quer que lhe causasse dano; e gostaria que morrêssemos juntos e fôssemos enterrados de mãos dadas, e nossos olhos indecomponíveis ficassem para sempre abertos mirando muito além das estrelas.


            Vinicius de Moraes, meu e nosso poeta preferido. 

Pós-zumbis (9) Season Finale

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Em um mundo, mais especificamente em um país, que queria acabar com suas florestas...”

                Monquei: E agora?
                Japonês: Bem, a essa hora da madrugada os postos de gasolina estão, quase todos, fechados...
                Monquei: A gente pode roubar gasolina de outros carros...
                Japonês: Oo?... ... U.u. Ok, fazer o que.
                Era madrugada. Monquei e Japonês desceram do carro bem discretamente... Não sabiam se haveria zumbis por perto. Estavam atravessando a rua quando viram que um carro em extrema velocidade se aproximava.
                Camaleão: CONCORDOOOO!
                Camaleão, Capitaldoparaguay e Poeta K. estavam dentro do carro.
                Camaleão: Ouvi você acordando o Japonês, já ia levantar e dizer que achava uma boa ideia, mas vocês vieram muito rápido.
                Poeta K.: E neste instante, entre os ventos uivantes, estamos nesta discução sem sentido ou razão,por isso rogo-lhes então, QUE ENTREMOS NO CARRO PARA IRMOS EMBORA!
                Capitaldoparaguay: É, pergunta pra sua mãe, ela vai querer bons agurmentos pra você estar aqui a essa hora.
                Camaleão: Concordo!
                Japonês: Viemos por uma razão... Temos que resgatar o Fronrel...
                Monquei: Acho arriscado um grupo tão grande ir, não cobraria esse sacrifício de vocês, mas já que vocês estão aqui então foda-se. Vocês poderiam vir com a gente?
                Os três: Ok.
                E assim seguiram. Dividiram a gasolina que estava no outro carro (que era bem pouca, por sinal) e seguiram viagem. Mantiveram os dois carros, ao invés de irem todos em um só, porque se algum imprevisto ocorresse nem todos se ferrariam.
                Diretriz 8 - Não é viável concentrar todo o contingente de sobreviventes em um único lugar, por isso é importante que se faça um comboio de automóveis (de preferência modificados esteticamente com metralhadoras e lança foguetes) de grande e médio porte.
                Depois de atropelarem três zumbis, uma velha que se parecia com um e quase baterem em um cruzamento, chegaram à delegacia. Estacionaram às margens do “olho” da coisa toda. Era o caos. Policiais indo e vindo de todos os lados, zumbis por toda parte e o prédio lateral da cadeia queimando como uma fogueira.
                Monquei: Temos que achar o Fronrel. E temos que ser rápidos!
                Monquei estava triste. Não sabia se sairia dali vivo. Pensou em seus pais, desde a saída do colégio não sabia deles. Pensou também na R., ele ainda tinha tanto para dizer à ela, tanto para expressar. “Não. Eu não vou morrer aqui. Vou Resgatar o Fronrel e tudo vai dar certo.”
                Japonês: Vamos nessa!
                Camaleão: Concordo!
                Poeta K.: E para os portões do inferno marchamos, nesta epopéia épica. É, vamos!
                Capitaldoparaguay: Monqueis, qualquer coisa, fala pra sua prima que eu amo ela.
                Monquei: ¬¬ òÓ.
                E foram. Monquei ligou seu celular aos fones e ao som de High Hopes eles marcharam. Cruzaram a avenida. Foi automático. Um, dois, três, quatro Zumbis! Monquei sacou seu facão. Decepou a cabeça de um que veio direto em sua direção. Mais um. O terceiro foi morto por um chute certeiro do Camaleão. Outro zumbi se aproximava pela retaguarda, pronto para atacar o Capitaldoparaguay, Monquei virou-se para defendê-lo, o quarto zumbi segurou o braço do Monquei e estava pronto para mordê-lo quando o Japonês sacou a .22 e deu um tiro, por estar muito perto, certeiro entre os dentes do zumbi. Prosseguiram. Viram de longe o portão.
                Camaleão: Rápido, o portão está descendo!
                Estavam se aproximando do portão da delegacia... Até que uma gigantesca explosão ocorreu. Uma lufa de ar quente atingiu todos eles. A Delegacia estava em pedaços. Os cinco se olharam, perplexos. E Agora?
                O Caos se intensificou. O Fogo se alastrou para dois prédios vizinhos, da polícia, nem sinal. Zumbis.
                Monquei: MERDA!!!
                Monquei estava furioso, ensandecido, com sede de vingança. Fronrel estava morto. Sacou o facão. Um, dois, três, quatro zumbis mortos. O Quinto veio. Enfiou-lhe o facão no peito e com um chute fê-lo ir ao chão. Japonês correu em sua direção, precisava detê-lo.
                Japonês: Se matar agora não vai mudar as coisas.
                Monquei: “Se suicidar”. Este é o termo correto.
                Poeta K.: Enegrecidas as coisas estão, sugiro que rápido nos dispercemos.
                Monquei teve de ser praticamente arrastado para o carro. Estava contrariado, indignado, revoltado. Não havia vocabulário para expressar o que sentia naquele momento.
                Pouco mais de uma hora depois, chegaram à Biblioteca. Estavam todos acordados. Monquei não queria falar com ninguém. Só queria deitar e dormir.
                Bibliotecária: Por que a cara de tristeza?
                Monquei: Não sei se você percebeu, mas fomos cinco e voltamos cinco, fracassamos.
                A Bibliotecária estava sentada em frente ao computador. Virou o monitor para os cinco. Era a página inicial do blog deles: O Machado de Eugênio. Os posts estavam lá, nada de anormal.
                Monquei: Não sei o que diabo...
                Até que ele viu. Na Cbox, na lateral do blog, estava a mensagem “Fronrel – Relax people, estou vivo.”
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Ps: É isso ai pessoal! Assim acaba a primeira temporada de Pós-zumbis. Ela voltará, muito certamente, no final de julho. Enquanto isso, especulem, mandem e-mails, divulguem e, agora um pedido pessoal, mandem Crônicas. Um segundo pedido: Se algum leitor que saiba desenhar puder nos enviar um desenho da série, eu acharia muito legal XD.
Comentem! Enviem suas críticas também, para que eu possa aprimorar a série!
Vlw!
Ps Finale: Muito provavelmente, hoje gravaremos o podcast, se tudo correr conforme as previsões, ele será postado amanhã...

Blasfemar? Hoje não, Márcio


Sempre que uma criança nasce, nós tratamos de batizá-la naquele ritual primitivo e muito menos interessante do que uma iniciação maçônica. Se alguém morre, a explicação que damos aos pequenos é que o infeliz foi ao céu e, em alguns dos casos mais “abençoados”, ele até se torna uma estrela. Quando o papai não pode comprar um brinquedo qualquer, “se deus quiser” terá as condições para tal no futuro. Se o tempo fica feio, que “deus livre” a mamãe de pegar uma chuva. E por aí se seguem os deuses, as senhoras nossas, os cristos e os santos que são evocados a torto e direito.
A tudo isso estão sujeitas as pobres crianças, que não têm nada na cabeça senão espaço para absorver tudo que lhes for imposto. Estão sujeitas a ouvir até a exaustão essas expressões cujo valor semântico já foi para o além há um longo tempo, estão sujeitas a repetir maquinalmente orações que não conseguem nem mesmo entender e, o pior de tudo, estão sujeitas a sentir a culpa criminosa e torturante do pecado obsoleto e castrador.
Está certo que sou leigo nesses assuntos de espiritualidade e me dobro de esforços para tentar entender essas e outras coisas. Mas não consigo, em absoluto, conceber um deus que prima por obediência cega e adoração incondicional e injustificada. Se eu, que já não sou mais criança, não consigo compreender como funcionam esses processos dos deuses, imagine os novinhos! Por que esse deus ia querer o amor de alguém que nem faz ideia do que ele é?
É muito fácil vir justificar tudo isso dizendo que fé não é algo que se entende, mas se sente. Mas você é praticamente marginalizado se não for capaz de sentir o “toque” de Jesus. Tenho certeza que muitos desses que se dizem sensíveis estão só tentando escapar do tal ostracismo. E aí se vê o mesmo deus que oprime e exige subserviência. Esse deus combina perfeitamente com a sociedade medieval, com todos os senhores, servos, muralhas, temores e incertezas, mas não combina com a atual sociedade; talvez ele esteja fadado ao declínio, pois então oremos.
Voltando às “expressões santas”, só fui perdê-las há menos de dois anos. Aprendi a trocar “nossa senhora!” por um compacto “nóó!”, “deus me livre” por “sai fora, cara” e “Jesus!” pelo antiquado e consagrado “putz!”. Foi um grande esforço, eu confesso, largar disso aí, mas, se deus quiser, vai valer a pena...
Mas todo mundo sabe que Jesus é mesmo maneiro:

(Créditos ao Jesus Manero)

O Estigma do curso pouco concorrido.


"Este texto é dedicado aos forte de coração e de paciência!"

                Os leitores que já fizeram, ainda não fizeram, mas já optaram e os que estão fazendo um curso superior com menos de sete por vaga sabem do que estou falando.
                Ok Ok, façamos justiça. É Necessário grande esforço para se entrar em uma faculdade pouco concorrida? Não. Mas essa realidade, EM HIPÓTESE NENHUMA, deveria desmerecer, como desmerece, esses cursos (afinal, passar no vestibular não te garante um diploma). Eu sofro essa espécie de bullying social. Eu já aprendi a lidar com isso, mas vejo nessa “discriminação” uma espécie de tendencionismo econômico e psicológico.
Bem, ainda vivemos a síndrome do DMEA (Direito, Medicina, Engenharia e Administração). Do ponto de vista econômico, se você for um bom profissional, nada melhor, mas gostaria de colocar a seguinte questão. E se não existisse o físico? Onde estaria a Engenharia agora? E Se não existisse o psicólogo e o sociólogo? Aonde é que o Administrador estaria? É disso que estou falando. Algumas pessoas (que eu conheço, inclusive) adorariam fazer letras, por exemplo, mas optaram por fazer Direito. Não digo que não é sensato, poxa vida, olha só o salário de um bom advogado, mas não se deve, em virtude disso, condenar as pessoas que optaram por cursos mercadologicamente pouco viáveis. Até porque, vou parecer um sonhador falando isso, mas eu realmente acredito que boas ideias e empenho são bem remunerados em qualquer campo de atuação.
                Quando me perguntam qual curso estou pensando em fazer já falo logo “Vou fazer ciências sociais e serei vagabundo mesmo”. É necessário encarar os fatos. Não espere uma salva de palmas por escolher um curso pouco concorrido, vai ter zoação mesmo, vão surgir críticas e o escambal, o que você tem que fazer é analisar seus sonhos, tanto pessoais como financeiros.
                Eu sou zoado, o cidadão Marco Aurélio (que escreve para essa bagaça) vive fazendo piadinhas, eu não o culpo, se eu encontrasse alguém que quer fazer Museologia eu também zoaria. Dependendo das intenções da pessoa, uma piadinha pode ser levada na esportiva, mas se vier com pejorativos, eu saco meu 38 que carrego na canela e a coisa pode ficar tensa.
                Acho que a mensagem que eu gostaria de deixar mesmo pro pessoal que optou por um curso estigmatizado é a seguinte: Se você TEM CERTEZA da sua opção e não está fazendo a escolha só pela (suposta) facilidade, vá em frente! Acho que nossas escolhas devem ser feitas a luz das nossas vontades e não manipuladas. Um caso peculiar ocorreu no próprio Fórum de profissões da UFG (Universidade Federal de Goiás), o professor que ministrou a palestra de ciências sociais era formado em Direito, credenciado na OAB e havia exercido como advogado, mas, cansado da profissão, optou por fazer uma segunda faculdade (ciências sociais) e disse que não poderia ter sido mais feliz na escolha.
                No final das contas, você será zoado quando manifestar sua opção, enquanto estiver cursando o curso escolhido, quando já estiver formado e por ai vai, mas lembre-se que você fez aquilo que queria e SEJA FELIZ! Rico? Talvez.

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É isso ai pessoal! Comentem!
PS: Atualizem o calendário do campeonato apocalíptico, mais um confronto foi marcado. O mesmo pastor que disse que o mundo iria acabar dia 21 de Maio (e não acabou, que frustrante) disse que sua previsão estava adiantada e que a DATA CORRETA é dia 21 de Outubro! Fika a Dika.

25 anos, 109 curiosidades, 10.289 views e 114 seguidores.

       Ao rítimo de Raul Seixas, uma paródia que retrata os últimos vinte e cinco anos...:


       e abaixo vou deixar cento e nove dicas/curiosidades que vão mudar seus pensamentos e poderão mudar sua vida; recomedadas pelo meu amigo Jézus, conhecido vulgarmente como Victor Alexander, que assina como G-ZUZ...

       Vou deixar como no original, em inglês, pois nas traduções sempre se perde algo... Para quem tiver um pouco de dificuldades com o inglês, pode usar o tradutor do blog que fica ao lado direito (>>>), logo mais abaixo.


1
Look at your zipper. See the initials YKK? It stands for Yoshida Kogyo Kabushibibaisha, the world's largest zipper manufacturer.

2
A duck's quack doesn't echo. No one knows why.

3
40 percent of McDonald's profits come from the sales of Happy Meals.

4
315 entries in Webster's 1996 Dictionary were misspelled.

5
On the average, 12 newborns will be given to the wrong parents daily.
...

A trombeta de deus e o tubarão comunista


Há exatos sete dias, postei sobre um assunto um pouco polêmico (não tanto quanto mamilos). Fui execrado nos comentários e certos indivíduos blasfemaram contra o meu nome. Mas tudo bem, o que importa é que a votação foi encerrada e, por doze votos a dez, as mulheres “Poderosas e indiferentes” ganharam na preferência popular. Como podemos perceber, o volume de votos foi tão grande que congestionou os servidores do google em alguns momentos.
Eu disse no outro post que prefiro mulheres “Meigas e carinhosas” e o resultado da votação me deixa feliz, porque o meu gosto excêntrico me dá mais opções disponíveis. Não que eu precise de opções, já que a decisão já me veio bater à porta.

Toda essa história de apocalipse e Jesus voltando é muito complicada. Se o dia do julgamento chegar, o que vão fazer com os dois terços da população que não serão arrebatados? Ficaríamos por aqui na Terra pra sempre? Mas seria bom se todos os cristãos fossem abduzidos pela nave mãe. O mundo seria tão melhor... (não sintam-se ofendidos, isso é só uma piadinha). O jeito é esperar por dois mil e doze. Enquanto o fim do mundo no suposto calendário maia não chega, leia:

Degola

A noite cai sobre as cabeças fartas
E afunda os pés na areia seca e calma
Têm lâminas as últimas cartas
E suor macula faces e palmas

A lamúria dos iníquos retumba
O sorriso dos perversos conclama
Os heróis pusilânimes em tumbas
E as tochas de guerra em nenhuma chama

Não há mais louco que puxe o gatilho
Ou carne viva pra ser alvejada
Há remorso, surdez e mais nada

Não há pai para que se encontre um filho
Cruzes ou ameaça nuclear
Há homens a quem não se deve amar

                                                           (Marco Faleiro)


Na semana em que o mundo deveria ter acabado, atingimos a marca histórica de dez mil visualizações! Fora os mais de cem seguidores. Quero agradecer a todos que nos apoiam a continuar com isso aqui (ninguém, claro) e também pedir sugestões. Mandem para o nosso email (machadodeeugenio@gmail.com): sugestões de temas para posts, opiniões sobre o layout, imagens legais, vídeos, msn de meninas bonitas... Ah, o nosso podcast provavelmente vai sair semana que vem, então, se você quiser contribuir para a produção deste, também deixe emails com qualquer coisa ou vá ao twitter e nos xingue muito (@machadodeugenio).

Pós-zumbis(8)

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"  Em um mundo que não acabou no dia 21 de maio..."
                   Monquei: Bem... E agora? Talvez devêssemos seguir as viaturas... Discretamente...
                Camaleão: Concordo...
                Japonês: Acho complicado... Acho que primeiro deveríamos deixar o grupo em algum lugar seguro...
                Camaleão: Concordo...
                Monquei: É verdade... Onde seria bom? A Casa de alguém?
                Camaleão: É, acho um bom local...
                Japonês: Acho que um prédio pode ser interessante do ponto de vista defensivo...
                Camaleão: Concordo...
                Japonês: É demasiado difícil te entender!
                Camaleão: Concordo...
                Monquei: ¬¬.
                A presepada toda parecia ter se acelerado bastante nas últimas horas, a cidade estava um caos. Curiosamente, as lojas ainda estavam abertas e em pleno funcionamento, os shoppings nunca estiveram tão cheios e todo mundo agia normalmente.
                Japonês: Bem, eu tenho uma sugestão... Podemos ir à Biblioteca. Lá haverá lugar para todos.
                Monquei: Ok.
                Japonês passou as coordenadas e a caminhonete, guiada por Monquei e seguida pelo comboio, chegou ao seu destino. Entraram. Fazia muito tempo que o japonês não ia lá. Aparentemente fazia muito tempo que muita gente não ia lá.
                Japonês: Heyy!! Alguém?
                Bibliotecária: Sim...
                E lá estava ela. Poucos iriam entender a dimensão da importância de encontrar a Bibliotecária assim como o Japonês, e o Fronrel, se ali estivesse.
                Japonês: Graças a Deus te encontrei aqui... Eu realmente preciso da sua ajuda...
                Bibliotecária: Calma, tudo a seu tempo... o “abrigo” já está preparado e, sobre o Fronrel... Bem, isso é um assunto para ser discutido com calma...
                Japonês: oO? Como você sabia que viríamos para cá? E sobre o Fronrel?
                Bibliotecária: Não precisa ser nenhum gênio para saber quando os amigos pedirão ajuda... Sobre o Fronrel, é por que acaba de ser noticiado na Internet que um grande subversor da lei acaba de ser preso.
                Japonês: Mas, e a Biblio... Parece que está abandonada há décadas...
                Bibliotecária: Bem, vocês foram pegos de surpresa pela invasão zumbi, mas a verdade é que são poucos os que vêm à Biblioteca, ninguém mais tem interesse pela leitura... Bem, já é tarde, quem quiser ir para o “abrigo” descansar é só seguir por aquelas estantes de livros logo ao fundo, lá encontrarão colchões, alguma besteira para comer e, se quiserem ler alguma coisa, fiquem à vontade, SÓ NÃO TIREM OS LIVROS DA ORDEM!
                Os Sobreviventes foram devidamente acomodados. Era noite. Monquei não tinha sono, resolveu andar um pouco pela biblioteca.
                Bibliotecária: Também sem sono?
                Ele não havia percebido a presença dela, que estava sentada próxima a uma estante de livros.
                Monquei: Posso me juntar a você?
                Bibliotecária: Fique à vontade... tem café ali no...
                Antes da frase ser terminada, Monquei já havia se atirado na jarra e enchido um copo.
                Monquei: Faz muito tempo que não tomo um café.
                A Bibliotecária olhou para ele com um olhar cansado...
                Bibliotecária: Se as coisas continuarem como estão, será cada vez mais raro.
                Dessa vez foi Monquei quem esboçou um olhar triste.
                Monquei: Tínhamos que descobrir a origem dessa porra toda...
                Bibliotecária: A verdade é que, assim como tudo no mundo, esse é só mais um sistema que está entrando em colapso.
                Monquei: Oo?
                Bibliotecária: Os Zumbis são só uma expressão, uma caricatura do ser humano hoje. O Ser humano está cansado, ou melhor, estava. Nós trabalhamos dia e noite em empregos que não gostamos, consumimos produtos que não atendem a nossa necessidade, somos manipulados e ludibriados pela mídia. O Zumbi é só a expressão de desistência do ser humano. É sua entrega à loucura. E, como você mesmo pôde observar, mesmo assim as fábricas não param, as lojas não fecham as portas, por que o mundo em que vivemos é isso, nada pode parar, nada irá parar até que o último homem caia morto ou vire um zumbi.
                Monquei estava impressionado, nenhum erro de concordância nas colocações dela...
                Bibliotecária: Pobre Fronrel, se ele estivesse aqui, aposto que diria que o problema é a cultura...
                Monquei: Se tudo que você disse estiver certo, realmente, ele estava pensando errado.
                Bibliotecária: Vocês pensam em resgatá-lo?
                Monquei: A verdade é que nem sabemos por onde começar, sabemos que ele não está morto, mas...
                Monquei tomou um gole de café, estava ótimo, sem açúcar, como deve ser. A Bibliotecária ligou, no volume mínimo, a TV.
                “Nesse momento estamos aqui na porta da delegacia, onde uma invasão zumbi acaba de ocorrer, não sabemos ao certo, mas parece que, durante a invasão, acidentalmente, granadas foram detonadas no interior do prédio...”
                Monquei: Oh Droga! Fronrel!
                Monquei pegou o endereço, acordou o Japonês, explicou-lhe de forma condensada a situação e partiram.
                Deram partida na caminhonete e, por volta dos 5Km rodados, a gasolina acabou.
                Monquei e Japonês: OH DROGA!
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Ps: É isso aí pessoal, hoje o episódio foi bem curto porque, se eu desse início à próxima cena, ela definitivamente ia ficar enorme.
Comentem!

Enquanto isso...

"hoje é domingo, missa e praia, céu de anil..."


Neste domingo, presto minha homenagem a um dos maiores gênios da Música Brasileira!

Campeonato apocalíptico

Façam suas apostas e divirtam-se !

       Desde a vinda do messias (e/ou profetas), de todas e quaisquer religiões, surgiram inúmeras teorias e profecias para a data do fim do mundo.
       No século passado contendo as maiores e mais destrutivas guerras mundiais, tivemos milhões de relatos e escritos anunciando o fim dos tempos. Eis nos aqui!
       Quem não lembra da emblemática e aconchegante frase "2000 chegará e de 2000 não passará"?

       O século XXI começou e junto com ele o jogo do apocalipse. Então organize sua torcida, façam suas apostas e divirtam-se.

       Acompanhe conosco a agenda atual:
                • 21/05/2011 às 11h
                                Humanidade 1 x 0 Apocalipse

                • 21/10/2011  (upgrade dia 26/05)
                                                    .?.

                • 13.0.0.0.0 = 21/12/2012
                                                    ...

                 • Agendando...

De boca + ejar: os bocejos e o reflexo humano


O dicionário Aurélio define o bocejo como “Abrimento espasmódico da boca, com aspiração seguida de expiração prolongada do ar”.  O processo é bem sabido: sua boca abre e o queixo cai, permitindo que você inale a maior quantidade possível de ar; ao inspirar, o ar enche seus pulmões, seus músculos abdominais flexionam e seu diafragma é empurrado para baixo; o ar que respira faz seus pulmões se expandirem ao máximo, e depois uma parte deste ar é expelida para fora do seu corpo. Mas as causas dos bocejos são um mistério ainda não desvendado pela nossa mais requintada ciência.
Uma pesquisa feita por cientistas da Universidade de Birkbeck, em Londres, afirma que o ato de bocejar é uma maneira das pessoas demonstram empatia entre elas, como uma comunicação involuntária entre organismos próximos. Não é à toa que, segundo a Wikipédia, algumas crenças acreditam que o bocejo é a conexão de uma alma com outras. Certamente o processo de bocejar tem algo de muito sobrenatural no meio...
O que é legal nisso é que dá para perceber claramente como o cérebro é poderoso e controla os menores detalhes do funcionamento do corpo com uma precisão absurda. Até quando alguém boceja perto de outra pessoa qualquer, o efeito contagioso é quase certeiro. Isso confronta aquela ideia que temos de que os bocejos só são causados por tédio, cansaço ou indisposição. Um bocejo leva a outro e a menção de bocejos os traz à tona.
Outras ferramentas que funcionam involuntariamente são piscar e respirar, mas dessas pelo menos sabemos com certeza as causas e as consequências. Piscamos para evitar que algumas substâncias entrem em contato com a córnea e também para lubrificar a superfície ocular. E respiramos... bem, acho que nem preciso dizer pra quê.
Já reparou que, sempre que alguém começa a falar sobre a involuntariedade de piscar ou respirar, você acaba perdendo essa capacidade e fica refém de fazer tudo isso com um grande esforço? Parece que, por pura sacanagem, seu cérebro desliga o interruptor do automático e passa para o manual, onde tudo é precário e desesperador. Você começa a ter que se forçar a lembrar de piscar antes que os seus olhos disparem a arder e lacrimejar; também tem que controlar a respiração, antes de começar a ficar roxo e com sequelas no cérebro.
O objetivo do post não era deixar todo mundo sem piscar nem respirar direito e bocejando sem parar. Era só lembrar de como as coisas são perfeitas e isso só pode ser prova da existência de deus. E, se você acreditou que eu realmente queria provar a existência de deus, isso é uma prova de que minha ironia é muito deficiente.

Proponho que você faça um teste de cunho extremamente científico. Chame alguém para ler este post e, sem dizer nada, conte quantas vezes essa pessoa bocejou durante a leitura. É impressionante! Eu mesmo acho que já oscitei mais de vinte vezes. Só não pensem que esse bocejar todo é por causa do tédio; porque ninguém fica entediado no Machado de Eugênio...

2012, Religião e ateísmo...


                É, meus caros, 2012 o caráleo, Deus antecipou seus planos...


                 Sério, depois certas pessoas me pedem pra ser um pouco mais flexível com determinadas religiões... O CARA FAZ UM MERCHAN DA IGREJA DELE ENQUANTO FALA DO FIM DOS TEMPOS... Cara, não dá pra levar a sério... Musiquinha erudita de fundo, o cara anunciando tranquilamente o fim do mundo em 21 DE MAIO (desculpe Marco Aurélio, o post desse sábado era seu, mas Deus tem outros planos...) e quando você pensa que não podia ficar pior ele fala: “Se você quiser saber mais, vá...” e aparece o ENDEREÇO da Igreja dele, de verdade, se não fosse tão longe eu faria questão de ir lá, no dia 21, só pra falar “Eai, cadê?”.
                As religiões ocidentais têm certo preconceito com a religião indiana, mas elas, as ocidentais, pensam em Deus exatamente como uma Vaca leiteria, e nem um pouco sagrada, diga-se de passagem. Se eu fosse avaliar a reputação de Deus pelas religiões que o professam, a termologia adequada seria “profanam”, Deus não estaria em boa conta comigo.
                Só quero deixar bem claro, antes de prosseguir, que tudo que está sendo dito aqui é, de certo modo, generalizado. Eu acredito que existam religiões verdadeiras e legais, mas a maioria QUASE unânime é uma putaria só.
                Foi o vídeo que me fez escrever esse texto, mas foi só um pretexto. 
               Bem, vamos à outra crítica: MERCADO. Vivemos em um mundo capitalista, onde demanda e procura são duas coisas das quais ninguém e NEHUMA instituição está livre, inclusive a Igreja. Se você for nessas missas para jovens você percebe CLARAMENTE o que estou tentando dizer: OS CARAS SÃO MARQUETEIROS! Eu assisti uma missa dias atrás e fiquei estupefato com o Padre. Ele não disse mentiras, mas disse meias verdades, frases soltas. O que prova que ele não está tentando te expor algo que ele vê como verdade ou algo tentando te “salvar”, estava tentando te COMPRAR! É esse o segredo da Igreja católica, as religiões têm (são) a mercadoria, a religião católica é a que tem o maior desconto. É Só parar pra analisar e você verá que é possível contar nos dedos o número de católicos realmente praticantes.
                “Imagine no religions”. Já pensou a respeito? “Ah Ian, mas a religião ensina valores e ética” Como uma família de Ateus tem ética então? A Religião ensina uma ética de rebanho, uma ética pautada no medo do Inferno ou na ambição de ir para o céu. Pelo que eu me recordo, a própria bíblia diz que é seu coração que será julgado... Então quem tem mais chances de ir para o céu, meu caro? Um ateu que faz o bem simplesmente porque vê lógica nisso ou alguém que é compelido pelo medo de ir para o inferno?
                A História nos mostra que a religião nunca teve interesse na alma, mas sim no corpo. A Igreja se provou, ao longo da história, um excepcional meio de controle das massas. Impõe o medo, conforma a dúvida e castra o questionamento. Olha só que bom. Hoje a igreja está mudada, além do interesse nos corpos, ela agora está interessada no financeiro também. Como eu havia dito, não se pode criticá-la por isso, VIVEMOS O CAPITALISMO, se você é racional o bastante para entender que a igreja é feita de homens, vai entender também que ela precisa de dinheiro. Mas o problema é que a igreja extrapola os limites da paciência, se vale, hipocritamente, das mais variadas palhaçadas possíveis para arrancar dinheiro das pessoas. “Ah Ian, mas a Igreja não te obriga a doar”. É CLARO QUE NÃO, eles não são otários, muito pelo contrário, eles manipulam, criam uma situação que é praticamente impossível de refutar. Ou vai me dizer que quando aquela cestinha vem passando não é quase como uma arma apontada para a sua cabeça com um monte de urubus olhando em volta para ver quanto você vai tirar da carteira?
                O Outro ponto que convém ser discutido. FIÉIS EXTREMISTAS. Esses sim são a prova da existência do demônio. Você, muito provavelmente, já conheceu algum. “Nossa cara, que carne de porco gostosa”. “OO!! Imundo, herege! Sabia que os porcos não ruminam? Na santa Bíblia do meu senhor e Deus Todo Poderoso tem uma passagem...”. Enfim, vocês sabem do que estou a falar. Richard Dawkins disse, uma vez, mais ou menos assim “Me convenci da fragilidade da religião que professava quando percebi que se tivesse nascido na índia, ou em qualquer outro lugar, eu seria adepto de uma religião completamente diferente”. Faz todo sentido, penso eu. Como ter certeza? E, sem essa certeza, como pode se ter motivos de tanto sacrifício? Eu me pergunto, o vício em jogos de azar é criticado pela sociedade, mas, pra mim, é a mesma coisa. Você aplica tempo da sua vida em uma doutrina religiosa mesmo sendo IMPOSSÍVEL, ter absoluta certeza da sua veracidade.
                Já me estendi demais. Acho que esse é um tema adequado para um Podcast (que, com a graça do senhor, sairá em breve). Não vou ficar gastando meus dedos no teclado para falar de Universal e afins, afinal, todo mundo já está surdo de ouvir o que eu teria a dizer.
                Só pra não gerar possíveis confusões: Eu acredito em Deus.

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Ps: É isso ai pessoal! Comentem, exponham suas opiniõe. E façam isso tudo antes do Dia 21!
Ps²: To dando uma força aqui pro meu antigo Blog: O Chorei Largado. Acessem ele depois de terem lido nosso conteúdo, assim como todos os nossos parceiros.
Ps³: Quem estiver precisando de Serviços bancários..."Universal, nem parece banco!" (Humor Ateu)
Ps*: Um post só sobre a bíblia e suas interpretações is comming.

Uma partida de xadrez

       Eram treze horas e a última coisa que havia passado por sua boca foi um pão com Nutella e um suco de laranja. Ele por alguns instantes se distraiu e ficou pensando no seu café da manhã. Lembrou-se do sacrifício que havia feito, durante um mês inteiro economizando, só para realizar aquele profundo desejo que havia se estabelecido em sua mente de ter um café da manhã como mostravam aqueles nobres comerciais americanos.
       Nossa, que sede! Foi a primeira vez que havia pensado isso após quatro horas seguidas jogando uma difícil partida de xadrez com seu melhor amigo. Era um programa simples, mas que para ele estava sendo a melhor e mais agradável coisa que havia feito durante toda as férias. A conversa estava agradável, eles haviam trocado várias ideias e já tinham rido muito, mas a 10 minutos se encontravam em silêncio. Um silêncio quase mortal, que incomodaria qualquer um que estivesse observando-os, mas que estava naturalmente estabelecido, como se fosse um combinado.
       Uma gota de suor frio começou a se formar acima de sua orelha. Estavam em um momento de muita tensão no jogo. Isso acaba em três jogadas, pensou ele. Era um plano infalível. Esboçou um leve sorriso involuntário sem que seu adversário percebesse. Estavam muito concentrados. Sua boca estava seca.
       Seu amigo havia voltado de Portugal jogando melhor do que quando jogavam no bosque da universidade após suas aulas. Mas não tinha como, ele estava encurralado.
       Seu amigo move com o cavalo exatamente onde ele queria. Sem existar ou pensar duas vezes, move seu peão pra frente e involuntariamente engole sua própria saliva, o qual atravessa uma garganta seca quase aclamando por água e imediatamente lembra do chá mate na geladeira, que ele havia preparado na noite anterior. Como adorava chá (!).
       E quebrando aquele longo silêncio eis que ouve sua barriga roncar.
       Após rirem da situação e lembrarem que não havia almoçado ainda, de repente seu amigo fala em voz alta.
       — XAMATE !
       — Gelado e sem açúcar por favor. Tá na porta da geladeira.

       Seu amigo começou a rir sozinho e sem entender olha para o lado e vê seu poster do Pink Floyd balançar. Observa melhor e vê que toda a casa está a tremer levemente. Eis que o número 42 vem a sua mente e atrás de seu amigo surge...

Femmes Fatales vs. Lolitas, e os anos da Albinati e do Assunção

  
São dois os tipos de mulheres que mais encontramos por aí: as muito delicadas e as muito poderosas. Tudo bem, existem outras, os meios-termos, as exceções, as mutações. Mas a apenas essas duas vou limitar as análises, até porque os tais meios-termos não têm a mínima graça.
Não vou esconder minha preferência, mas nem por isso vou desmerecer alguém aqui. Eu prefiro as delicadas, as Lolitas, as meigas, as suaves e bonitinhas, mas que também sabem provocar e colocar seu homem nas rédeas se for preciso. São elas que te derretem o coração e todo resto aquecem. Já as poderosas, intensas, indiferentes e menos sensíveis (não diria brutas) te deixam sem saber o que fazer, sem saber o que pensam ou que pensar delas. 
A ideia de fazer esse post veio de alguém que se considera uma menina exageradamente meiga e sentimental e tem medo de que isso atrapalhe seus relacionamentos. Eu prontamente disse que ela estava procurando no lugar errado e pelos homens errados. Não vejo como ternura pode fazer mal a alguém. Certo, nada em demasia é bom, nem para um lado e nem para o outro, mas a dose certa não deve ser assim tão difícil de encontrar.
Mas e você, leitor cujo suor escorre testosterona, qual das duas prefere? Para que todos vocês (até as leitoras que não escorrem testosterona, mas gostam desse tipo de mulher ou daquele) possam se expressar, vou abrir uma enquete e, ao final de alguns dias, saberemos das conclusões. Deixe o seu voto aqui do lado direito, embaixo dos banners dos parceiros (nos quais você também deve clicar todos os dias).

            Ontem foi aniversário do nosso querido Pedro Henrique Assunção. Ele fez dezenove anos e, como todos sabem, essa é idade certa para escrever a Torre Negra! Um abraço pro meu companheiro de tantas e tantas merdas. Porque, como ele mesmo dizia, vagabundo que é vagabundo é vagabundo. Essas e outras tiradas filosóficas e um milhão de coisas boas que esse cara tem, fazem dele um dos meus melhores amigos.

Hoje é aniversário de outra pessoa. Quem teve o estômago de ler esse post até aqui deve ter percebido que eu não tinha muito o que escrever e fiquei fazendo notinhas sobre aniversários alheios. Pois bem, é a Raíssa Albinati, uma das nossas fiéis leitoras primeiras, quem completa mais um ano inteiro de existência no dia dezessete de maio. É uma menina legal, mas só escrevi isso aqui porque ela disse que compraria a camiseta do blog. Quem também tiver interesse em vender qualquer peça de roupa pra ela gostar dela faz um comentário aqui embaixo (que desespero por comentários, oh droga!).

Pós-zumbis(7)

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em um mundo que não tinha preocupação política...”

                Fronrel: Como assim procurado?
                Fronrel acelerou a caminhonete, já eram duas horas da manhã. “É realmente muito estranho que mesmo após tudo isso as pessoas continuem trabalhando normalmente, parecem não ligar!”. Ligou o som do carro, pegou seu pendrive e o conectou ao som. Ao som de Sheep, do Pink Floyd, continuou dirigindo. A música combinava ironicamente com aquela situação. Seguiu guiando rumo à casa do japonês. De repente pensou nas outras pessoas que corriam risco no seu circulo de amizades: Choreilargado, Loirah, Albinati...
                Fronrel: : (
                Chegou a casa do japonês, bateu na porta e esperou.
                Japonês: Hey cara! Estou tentando falar com você desde ontem à noite, achei que tivesse morrido! E isso são horas?
                Fronrel: Meu celular acabou a bateria e, sobre as horas, depois explico.
                Japonês: Pois é cara, temos que resolver um problema com a rotatividade de dias do blog, sab.....
                Fronrel: ¬¬. Temos coisas mais importantes para tratar. Seus pais entenderam a situação e vão deixar você sair?
                Japonês: A Imprensa, de uma hora pra outra, deixou de comentar a respeito e, a julgar pela programação, parece que querem a população sem noção da situação.
                Fronrel: Oo? Como assim? CARA! Eu estava vindo pra cá e descobri que sou foragido da polícia.
                Japonês: Oo² Wtf? Well, como você mesmo disse, temos que correr. Well, meus pais acham que eu vou dormir na sua casa de hoje pra amanhã, então boca fechada.
                Fronrel: Eles estão tão desinformados assim? E Amanhã não teria aula pra você?
                Japonês: Presumo que quase todo mundo esteja. Amanhã é conselho de classe.
               Fronrel: Pegue suas coisas e vamos, tenta não deixar eles virem aqui, eles não iriam entender eu dirigindo essa caminhonete.
                Japonês: Eles foram dormir cedo hoje e disseram que eu poderia ir assim que você chegasse.
                Zarparam. “Cara, pega ai ó, esse taco de basebol e o par de macboots, nunca se sabe”.
                Fronrel: Cara, não sei onde fica a casa do Monquei, acho que nós podemos encontrá-lo amanhã no meu colégio. Vamos à minha casa ver se existe algum sinal dos meus pais.
                Chegaram lá, olharam tudo, nenhum sinal. Fronrel, realmente entristecido, foi até seu quarto, pegou seu Blazer megafoda (se fosse matar zumbis, tinha de ser com estilo) e foi até o quarto de seus pais, era hora de pegar as ARMAS DE EMERGÊNCIA.
                Seu pai tinha duas armas que havia ganho de presente. Um .38 cano longo com cabo de madeira e uma pistola .22. Pegou a munição e colocou o 38 na calça. Agora se sentia um verdadeiro Pistoleiro. Era hora de ir. Antes de sair escreveu um pequeno recado para seus pais caso eles voltassem. Pegou alguns travesseiros e um cabo de carregar celular em carros.
                Fronrel: Acho melhor dormirmos no carro, nunca se sabe que hora será preciso sair às pressas. Acordaremos as seis.
                Seis horas do dia seguinte. “LET’S GO!”
                Chegaram ao colégio. Fronrel, como sempre, chegou atrasado. Tinha de ser cuidadoso já que estava com uma katana e um .38 debaixo do blazer. O Japonês resolveu esperar no carro executando a quarta diretriz em seu notebook.
Diretriz 4 – Para manter o conhecimento da espécie baixe uma grande quantidade de livros via internet e os armazene em HD, pois carregar livros físicos seria prejudicial a sua existência.

                Ao entrar na sala, fronrel cumprimentou seus colegas e sentou-se.
                Monquei: Cara! Não consegui falar com você ontem, havia uma série de erros ortográficos no seu post...
                Fronrel: ¬¬. DEPOIS! Cara, como todo mundo pode ter vindo à aula na atual conjuntura?
                Monquei: Cara, no mundo em que vivemos, as coisas não podem parar. E, alem disso, a manipulação que a mídia anda fazendo tem colaborado bastante. Dobraram o número e a agressividade das propagandas e dividiram por quatro a qualidade cultural dos programas...
                Fronrel: Talvez isso não seja a consequência da “invasão zumbi”, talvez seja a causa... Seria bom tratarmos disso no Blog...
Era aula de Ed. Física, o professor entrou na sala, estava ligeiramente atrasado, cumprimentou os alunos e desceram para o pátio. No pátio, os alunos jogavam voleibol. Fronrel estava tenso, fingiu uma dor de cabeça para não participar da aula, não podia deixar o blazer sozinho. Tudo corria bem até que, na tentativa de pegar um saque um pouco mais alto, a Pedreira tropeçou e quase caiu em cima do professor, este, foi ajudá-la a levantar-se, mas havia um estranho “opaco” em seus olhos. Fronrel levantou-se e correu. A Pedreira já ia agradecer a ajuda do professor, quando ele lhe tapou a boca e já dirigia a sua própria para o braço dela. Ele havia se transformado. Pouco antes de mordê-la um par de chutes foi desferido em sua face, mas não pelo fronrel, foram desferidos por dois alunos que também estavam atentos aos recentes acontecimentos: Poeta K. e Camaleão. Mais dois zumbis (dessa vez duas alunas de outra série, que estavam no recreio) apareceram. Uma delas veio pra cima do Capitaldoparaguay e este, ingênuo como é, não percebeu que eram zumbis e achou que elas tinham interesse nele. O Monquei torceu o pescoço de uma delas, mas a outra conseguiu morder o Capitaldoparaguay, que assustado, deu um soco na cara dela.
                Fronrel: Pessoal! Nós precisamos encarar os fatos! Essa poha toda vai ser cada vez mais frequente! Não dá pra tentar manter a rotina, é de sobrevivência que estamos falando!
                Fronrel tinha um discurso preparado para mais de meia hora, mas não tinha esse tempo todo.
Diretriz 7 – Tente montar grupos eficientes e que possam contribuir no futuro. Por exemplo: Professores e Fabricantes de bebidas.
                Formou-se ali um grupo de sobreviventes de mais ou menos 30 pessoas. Era gente demais, teria que dividir o grupo quando tivessem tempo. Estavam preparados para sair. Curiosamente, de novo, o Capitaldoparaguay ainda estava normal. Armaram-se com o que havia: Barras de ferro, cabos de rodo... Era hora de sair.
                TODOS: WTF?!
                Um grupo de policiais estava na porta.
                Policial: FRONREL! MONQUEI! JAPONÊS! Sabemos que vocês estão ai! Saiam com as mãos para o alto!
                Estavam com armas empunhadas, não havia escapatória. Fronrel já dava os primeiros passos e erguia as mãos quando o professor de química, do meio do grupo, começou a enunciar um exercício bem complexo de química orgânica. Os policiais colocaram as mãos nos ouvidos implorando clemência e urrando de dor!
                Monquei: Corram!
                O Grupo disparou em direção ao estacionamento, iriam pegar o maior número possível de veículos e sairiam dali o mais breve possível. Mas o inesperado ocorreu. Os policiais recobraram a ordem de pensamento por alguns segundos, um deles empunhou a arma e disparou um tiro, fronrel caiu, eles já estavam no encalço do grupo. Monquei parou para ajudar, mas antes de falar qualquer coisa Fronrel jogou-lhe uma chave “caminhonete branca, rápido!”.  Para chamar a atenção para si e dar ao grupo uma chance de escapar, fronrel começou a enunciar outro exercício de química que lhe foi extremamente pedante. Até que um dos policiais desferiu-lhe um chute na costela. O Grupo escapou. Fronrel foi pego.
                Fronrel: Oh Droga! T.T
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Ps: É isso ai pessoal, siguinte, os comentários tem sido poucos, mas gostaria de saber se a série tem conseguido prender a atenção de vocês... Exponham suas opiniões PLZ! e enviem Crônicas!
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