O cientista

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Alquimia é jeito de deixar o termo mais brando, aquele cientista acordou e disse pro vento: sou bruxo. Abriu o notebook para comprar um par de asas, mas antes mesmo de pô-lo ligado já vinha a campainha com o pessoal do correios a entregar o pedido que ainda não fora feito.
Despenou umas tantas galinhas. Armou um colete de arame. Moldou em madeira oca o feitio das asas. Colou o colete de arame na madeira oca e cobriu-a com as penas. No cadinho fervendo ouro derretido, cuspiu; a mistura que deu-se foi usada para unir o colete às costelas. A pele dali fundiu-se àquilo e as asas já eram parte do corpo do cientista.
E o olho do astrônomo bem no centro, o que tem a ver? É, nem sempre as maiores coisas são feitas para brilhar na ribalta. Nem as centralizadas. Não preste atenção a isto, não. Dê atenção para a florzinha no vaso e para o líquido escuro que escorre dos poros do telefone. O enorme aparelho no centro mostra um olho que também está te vendo pelo telescópio e também se pergunta por que você está aí.

Um comentário:

  1. Gosto dos seus desenhos, apesar de não entender muita coisa, mas eles são criativos.

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