Cem anos de solidão
─ Caralho! – gritou.
Amaranta, que começava a pôr a roupa no baú, pensou que ela tinha sido picada por um escorpião.
─ Onde está? – perguntou alarmada.
─ O quê?
─ O animal! – esclareceu Amaranta.
Úrsula pôs o dedo no coração.
─ Aqui – disse. (...)"
O amor nos tempos do cólera
"Metia-se debaixo dele e se apoderava dele todo para ela, encerrada dentro de si mesma, tateando com os olhos fechados em sua absoluta escuridão interior, avançado por aqui, retrocedendo, corrigindo seu rumo invisível, tentando outra via mais intensa, outra forma de andar sem naufragar no alagado de mucilagem que fluía do seu ventre, se perguntando e se respondendo a si mesma com um zumbido de varejeira em seu jargão nativo onde ficava essa alguma coisa nas trevas que só ela conhecia e ansiava só para ela, até que sucumbia sem esperar ninguém, se desbarrancava só em seu abismo com uma expressão jubilosa de vitória total que fazia tremer o mundo."
"Metia-se debaixo dele e se apoderava dele todo para ela, encerrada dentro de si mesma, tateando com os olhos fechados em sua absoluta escuridão interior, avançado por aqui, retrocedendo, corrigindo seu rumo invisível, tentando outra via mais intensa, outra forma de andar sem naufragar no alagado de mucilagem que fluía do seu ventre, se perguntando e se respondendo a si mesma com um zumbido de varejeira em seu jargão nativo onde ficava essa alguma coisa nas trevas que só ela conhecia e ansiava só para ela, até que sucumbia sem esperar ninguém, se desbarrancava só em seu abismo com uma expressão jubilosa de vitória total que fazia tremer o mundo."
Memórias de minhas putas tristes
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